Hana, de volta ao seu quarto, sentia-se completamente sem rumo. Respirou fundo, tomou um banho relaxante e, após o jantar em família, vestiu uma calça e um moletom. Pegou sua espada e, com cuidado, saiu do quarto indo para o salão de treino.
—Ei, Motak, bora treinar? — disse Hana, tentando esconder a raiva em sua voz.
— A princesa quer treinar a essa hora? Está bem? — perguntou Motak, notando a expressão visivelmente zangada dela.
— Tô ótima — respondeu Hana, claramente contrariada. — Só preciso treinar.
— Tá bem, vamos lá, mas bem... eu estava com o So Mun.
De repente, Mun saiu de uma sala adjacente, onde ficava a geladeira, segurando uma garrafa de água. Ele paralisou ao vê-la, seu coração batendo mais rápido. Veio treinar para esquecê-la, mas ali estava ela, intensificando sua confusão interna.
— Mun, o que faz aqui? — perguntou Hana, a voz firme, mas com um tremor subjacente de emoções reprimidas.
— O mesmo que você. Treino — respondeu ele, tentando parecer calmo, mas sentindo o peso da tensão entre eles.
— Ótimo, vamos para um duelo — disse Hana, desafiadora, a raiva transparecendo em seu olhar.
— Não acho uma ótima ideia... — tentou argumentar Mun, preocupado com a intensidade da situação.
— Eu sou a princesa aqui, e tô te desafiando — cortou Hana, sua determinação e frustração claras em cada palavra.
Hana, sentindo-se traída e confusa, queria extravasar suas emoções através do treino. Cada movimento dela estava carregado de uma mistura de dor e determinação. A proximidade de Mun fazia seu coração bater ainda mais rápido, aumentando sua raiva por ele conseguir mexer tanto com suas emoções.
Mun, por outro lado, sentia um turbilhão de culpa e desejo. Ele sabia que tinha magoado Hana e via a dor nos olhos dela. Queria protegê-la, mas também não conseguia ignorar os sentimentos que tinha por ela. A decisão de treinar com ela era uma tentativa de consertar algo, mesmo que soubesse que um duelo poderia trazer mais complicações.
Mun entrou na sala de treino, sua postura tensa. Ele viu Hana brandir a espada, seus movimentos precisos, mas carregados de emoção. Ela o encarou, seus olhos faiscando com uma mistura de raiva e algo mais profundo.
— Vamos lá, Mun — disse Hana, levantando a espada em posição de ataque. — Mostre o que você tem.
Mun levantou sua espada, sentindo o peso não apenas da arma, mas também das palavras não ditas entre eles. Cada golpe que trocavam era mais do que um simples treino; era uma comunicação silenciosa de sentimentos reprimidos, raiva, culpa e desejo.
O duelo foi intenso, com ambos tentando não apenas vencer, mas também entender o que sentiam. Hana, em um movimento rápido, desarmou Mun, a ponta da espada dela apontando para o peito dele.
— E agora, So Mun? — disse Hana, ofegante, mas com um brilho de determinação nos olhos. — Vai continuar me evitando?
Mun olhou para ela, seus sentimentos à flor da pele. Ele abaixou a espada e deu um passo para trás, sentindo a dor da distância que ele próprio criou.
— Eu... sinto muito, Hana — disse ele, a voz carregada de emoção. — Só quero o melhor para você.
Hana abaixou a espada, sentindo um misto de frustração e tristeza. Ela sabia que as palavras de Mun eram sinceras, mas isso não diminuía a dor que sentia. Ela virou-se abruptamente, saindo do salão de treino sem olhar para trás, deixando Mun para enfrentar seus próprios demônios.
Motak que observava aquele duelo, diz:
— Ei muleque, você enfureceu a princesa ? Se eu fosse você, tomava cuidado em.
Mun olha para ele, com um misto de irritação, mas só solta um suspiro e sai do salão de treino.
👑♠️
Jung-hyun convidou Park Min-Woo e seu filho, além de Leonardo com sua comitiva, para um jantar informal. Nunca houve tempo para um encontro com as três famílias reais, mas finalmente iria acontecer.
Hana estava se preparando para o jantar, totalmente desanimada. Ela colocou um vestido lilás e suas luvas cotidianas, prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e aplicou apenas um batom claro nos lábios. Com um suspiro, ela saiu acompanhada da Senhora Chu.
Enquanto caminhavam em direção à sala de jantar, as duas ouviram vozes alteradas vindo do quarto de Park Min-Woo, que parecia estar discutindo com seu filho Do-whi. Hana, curiosa, queria ouvir melhor e então disse à Senhora Chu:
— Senhora Chu, o colar que Do-whi me deu, traz para mim. Acho melhor usá-lo.
Senhora Chu se curvou e voltou para o quarto. Hana se aproximou discretamente da porta para ouvir a conversa.
— Não me entra na cabeça isso, meu filho! Não entendo... é estranho.
— Pai, do que está falando? O que tem de errado com o Príncipe Leonardo?
— Tudo! Ele disse que espíritos malignos atacaram Roma, mas foram soldados sul-coreanos.
— Soldados do pai da Hana? — Do-whi interrompeu o pai.
— Não, os meus... eu tinha uma pequena rixa, mas não importa. Leonardo também está mentindo... ele sabe, ou acha que foi o pai da Hana, mas desde que cheguei, nunca tivemos um jantar formal. É a primeira vez que vou vê-lo.
— Se ele sabe, não estaria bravo?
Senhora Chu voltou e Hana rapidamente se afastou da porta, recebendo um olhar de reprovação da senhora, que sussurrou para Hana:
— Já devia saber que você não gosta deste colar, já que foi Do-whi quem deu.
— Não gosto, mas eu vou usar mesmo assim.
Hana pegou o colar e o colocou, tentando se convencer de que tudo isso era para esquecer So Mun e começar a aceitar seu futuro com Do-whi. Mas a revelação que acabara de ouvir a deixou inquieta. Dentro de si, a confusão e a desconfiança aumentavam. Será que Leonardo sabia a verdade? E quanto a Mun, que parecia esconder segredos dela?
Enquanto se dirigia para a sala de jantar, Hana sentia seu coração acelerado, não apenas pela expectativa do jantar, mas pela turbulência das informações recém-descobertas. Ela precisava manter a calma e disfarçar suas emoções, mas por dentro, sua mente estava a mil, buscando respostas para as perguntas que surgiam incessantemente.
Ao entrar na sala de jantar, viu Leonardo e Mun já presentes, conversando discretamente. Mun ergueu o olhar e seus olhos encontraram os de Hana por um breve momento. Ela desviou o olhar rapidamente, sentindo um misto de dor e determinação.
Ela sabia que aquele jantar seria crucial. Precisava manter a compostura, mas a desconfiança já começava a minar a confiança que tinha em Mun e na própria família real. Algo grande estava para acontecer, e Hana estava decidida a descobrir a verdade, custe o que custar.
Oii, espero que tenham gostado do capítulo, cara tenho escrito tanto e tô ansiosa para capítulos lá na frente, mas enfim devo dizer que uma pessoa lá no cmc da história criou uma teoria e de fato sua teoria está certa kkkk.
Votem e comentem. Até breve!
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Destino Impossível
FanfictionNum mundo onde reis ainda governam, a princesa Do Hana anseia por ser mais do que uma figura decorativa. Determinada a ser uma caçadora em campo de batalha, ela se vê presa por um destino cruel: foi prometida a Park Do-whi, um príncipe distante e in...