Capítulo 28

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Trancados no observatório, era assim que ficavam desde a ameaça de Do-whi. O tempo estava acabando; já era véspera de Natal. Ha-na e Mun deveriam estar na sala de jantar festejando, pois em uma hora seria Natal. Todavia, ali estavam eles, Ha-na com a cabeça apoiada no colo de Mun.

—Noona, temos que voltar para a festa. Do-whi será o primeiro a perceber que não estamos lá — disse Mun, com preocupação na voz.

— Eu sei, eu só quero ficar mais um pouco aqui — ela se aconchegou mais ao colo dele, fazendo-o reagir com um leve estremecimento.

Ha-na, relutante, se levantou rapidamente e se sentou.

— Tá, vamos voltar então...

Antes que ela pudesse se levantar novamente, Mun a segurou pelo quadril, fazendo-a sentar-se na perna direita dele.

— Que foi? Não era você que disse que tínhamos que ir? — perguntou Ha-na, surpresa.

Mun sorriu de canto, analisando cada parte do rosto dela antes de responder.

— Sim, mas é que lá eu não terei a oportunidade de te dar um presente de Natal.

— Presente? — ela perguntou, curiosa.

— Sim — ele retirou uma caixa azul com um laço vermelho do bolso.

Ela sorriu amplamente e começou a desembrulhar. No final, revelou-se um colar com um pingente minimalista de espada, adornado com uma safira no punhal.

— Céus! Mun, isso é perfeito! — num momento de euforia, ela beijou a bochecha dele.

Mun sentiu o calor subir pelo corpo, misturado com desejo e surpresa.

— Me desculpe, me empolguei...

— Não, tá tudo bem. E que bom que gostou.

— Eu amei, é tão perfeito.

Mun sabia que o máximo que ela usaria aquele colar seria por mais cinco ou quatro dias, antes de ela o odiar pelo resto da vida. Mas de uma coisa ele estava certo: jamais a mataria caso ela interferisse. Seria capaz de morrer pela espada dela ao invés disso.

Ele saiu do transe depressivo e voltou a sorrir ao receber o pedido de Ha-na.

— Coloca em mim.

Mun pegou o colar, passou os cabelos dela para a frente e colocou o colar nela, não antes de passar delicadamente seus dedos pelo pescoço dela. Ele respirou fundo, se controlando ao sentir a pele macia e o cheiro maravilhoso que só ela tinha.

Ha-na se virou ainda na perna dele.

— Um dia, Mun, serei só sua... eu tenho esperanças.

Mun assentiu várias vezes, com um brilho nos olhos.

— Sim, só minha, apenas minha.

Eles se levantam e saem do observatório, encontrando Woong-min esperando pelos dois do lado de fora.

— Vamos lá, princesa. Temos que ir bem rápido — disse Woong-min, apressado.

Mun olhou para Ha-na e disse suavemente:

— Até depois...

Ele pegou outro caminho e foi direto para a sala de jantar.

Assim que chegou, Leonardo se aproximou e sussurrou em seu ouvido:

— Onde estava?

— Pegando ar puro — respondeu Mun, tentando manter a calma.

Leonardo deu um sorriso sarcástico.

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