Capítulo 39

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Ao amanhecer, um dos pátios ao ar livre do palácio, geralmente reservado para os bailes de fim de ano, foi transformado para a competição. No centro, foi colocado um grande ringue, mas sem cordas em volta, e várias espadas e adagas dispostas em suportes, ao lado. O cenário, antes destinado à dança e celebração, agora estava preparado para a batalha.

Servos diligentes montaram uma tenda improvisada, criando uma área sombreada com cadeiras confortáveis para a rainha So-Min, seus conselheiros, e sua dama de companhia. Sob a proteção da tenda, a rainha podia observar confortavelmente a competição que se desenrolaria diante dela.

Os jovens representantes, cada um vestindo roupas apropriadas para a luta, estavam reunidos ao redor do tatame, trocando olhares de determinação e antecipação. Entre eles, Ha-na se destacava, não apenas por sua postura confiante, mas também pela escolha de suas vestimentas: calças e uma blusa confortável, sem as usuais luvas de seda, prontas para a batalha que estava por vir.

A atmosfera estava carregada de expectativa. Murmúrios de curiosidade e excitação percorriam a multidão de servos e espectadores. Todos sabiam que essa competição não seria apenas uma simples exibição de habilidades, mas uma prova decisiva para determinar quem lideraria a missão crucial contra Leonardo.

Enquanto os preparativos finais eram feitos, a rainha So-Min observava com uma expressão de mista preocupação e orgulho. Ela sabia que sua filha estava prestes a enfrentar um desafio significativo, e apesar de confiar em suas habilidades, não podia deixar de se preocupar com os perigos envolvidos.

Mun finalmente chega ao pátio, ligeiramente nervoso, sentindo os olhares dos outros representantes pesando sobre ele. A tensão no ar era palpável, e cada olhar de julgamento parecia aumentar seu desconforto. Respirando fundo, ele tenta se concentrar no objetivo à sua frente.

Motak, o chefe dos treinos, avança para o centro do tatame. Com uma presença autoritária e voz firme, ele chama a atenção de todos.

— Olá a todos — começa Motak, apontando para uma mesinha próxima à tenda onde a rainha e seus conselheiros estavam sentados. — Aqui nesta caixa estão os nomes de vocês. Irei sortear os nomes, e os escolhidos irão lutar. Quem perder será eliminado da competição imediatamente. E lembrem-se: se caírem do ringue, também estarão eliminados.

Os representantes trocam olhares, cientes de que cada luta poderia ser decisiva. Motak continua, explicando a segunda parte da competição:

—Também iremos decidir qual grupo de caçadores ficará na liderança. Os caçadores que vocês escolheram irão competir da mesma forma. O último a permanecer de pé representará seu grupo na liderança.

Os participantes assentem, compreendendo a seriedade da competição. Mun, apesar do nervosismo, sente um resquício de determinação se acender dentro dele. Ele olha para Ha-na, que lhe oferece um sorriso encorajador, lembrando-o do motivo pelo qual está ali. Ele não pode decepcioná-la.

Motak começa a mexer nos papéis dentro da caixa, preparando-se para sortear os primeiros nomes. A competição estava prestes a começar.

— Muito bem, os primeiros são o príncipe Amara e o príncipe Mateo — anuncia Motak, retirando os nomes da caixa.

Imediatamente, os dois príncipes se dirigem ao centro do tatame, suas expressões revelando uma rivalidade evidente. Eles se encaram de forma nada amigável, cada um medindo o outro com olhos determinados.

Sem perder tempo, Amara e Mateo retiram suas espadas da bainha. O som metálico ecoa pelo pátio, silenciando os espectadores. Eles assumem posições de combate, prontos para a batalha que decidirá o próximo líder. As espadas brilham sob a luz do sol matinal, refletindo a tensão e a antecipação no ar.

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