Capítulo 20

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A festa continua, com o sol se pondo no horizonte agora iluminada pela luz suave das lanternas. A música ressoa pelo jardim, e os convidados se movimentam graciosamente pelo salão ao ar livre.

Depois de ajudar a princesa durante um ataque de pânico e silenciar uma ouvinte intrometida para sempre, a festa está calma, e ninguém suspeita que um certo caos aconteceu.

Mun observa Hana de longe, tentando manter a compostura. Ele está irresistivelmente atraído por ela, mas sabe que deve manter a distância. No entanto, Hana tem outros planos. Determinada a não deixá-lo se afastar, ela se aproxima dele, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e ternura.

—Mun, você dança comigo? — ela pergunta, estendendo a mão.

Mun hesita, mas não consegue resistir. Ele pega a mão dela, sentindo um arrepio percorrer seu corpo.

— Claro, princesa.

Assim que os dois se posicionam para dançar, o violino começa a tocar suavemente as notas musicais, transmitindo o desejo que ardia no coração de ambos. Eu quero ser seu. As notas delicadas e melódicas parecem sussurrar os sentimentos que ambos tentavam esconder.

Eles se movem para o centro da pista de dança, e a música suave os envolve. Enquanto dançam, Mun sente a intensidade do olhar de Hana. Ela se aproxima, sua respiração leve em seu ouvido.

— Eu não vou desistir de você tão facilmente, Mun.

Ele engole seco, tentando manter o controle.

— Hana, isso não é apropriado. Você é prometida a Do-whi.

— Não me importo. Eu quero você.

A declaração dela é uma faca no coração de Mun. Ele quer mais do que tudo corresponder aos sentimentos dela, mas sabe que não pode. O violino continua a tocar, as notas enchendo o ar com um anseio silencioso, refletindo os desejos não ditos dos dois.

Enquanto giram na pista, Hana aproxima ainda mais o corpo de Mun, seus olhos brilhando com determinação.

— Não vou deixá-lo escapar, Mun. Eu sinto que há algo especial entre nós.

Mun fecha os olhos por um momento, tentando afastar o turbilhão de emoções. Quando os abre, encontra o olhar de Hana fixo no seu.

— Você não entende, Hana. Isso não pode acontecer.

— Por que não? — ela sussurra, a voz carregada de emoção. — O que nos impede?

Mun olha para ela, a dor e o desejo misturados em seus olhos.

— Tudo.

Após a dança, Do-whi se aproxima, interrompendo o momento entre Mun e Hana. Ele leva Hana para longe, deixando Mun sozinho com seus pensamentos tumultuados.

Mun sai discretamente da pista, caminhando pelo jardim até encontrar Joo-yeon.

— Tudo resolvido? — ela pergunta, ainda preocupada.

— Sim, mas isso está ficando mais complicado. — Ele suspira, a tensão visível em seu rosto.

Joo-yeon coloca uma mão reconfortante no ombro do irmão.

— Lembre-se do nosso objetivo. Não podemos deixar nossos sentimentos interferirem.

Mun acena com a cabeça, embora a batalha interna continue a ferver dentro dele.

Mais tarde, quando a festa está quase terminando, Do-whi convida Hana para uma última dança. Ele a conduz graciosamente pela pista de dança, suas intenções claras.

— Hana, sei que temos nossas diferenças, mas quero que saiba que farei de tudo para te fazer feliz.

Hana força um sorriso, tentando esconder seu desconforto. Ela vê Mun à distância, observando-os com uma expressão indiscernível.

Quando a dança termina, Do-whi se inclina para um beijo, mas Hana vira o rosto no último segundo, evitando o contato.

— Desculpe, Do-whi. Ainda não estou pronta.

Do-whi esconde sua frustração e sorri.

— Tudo bem, temos tempo.

Enquanto a noite avança, Mun e Hana trocam olhares furtivos, ambos sabendo que a situação está se tornando insustentável. A tensão entre eles aumenta, preparando o terreno para os eventos explosivos que estão por vir.

Nas últimas horas da noite, o jardim do palácio estava iluminado por lanternas e tochas, criando um ambiente mágico. O rei levantou-se e, segurando uma taça de vinho, declarou para sua amada:

— Parabéns, querida! Saiba que eu te amo com todo o meu ser... Você é a minha rainha, mãe da minha preciosa filha. Sei que posso ser superprotetor, mas amo ambas com todas as minhas forças e quero mantê-las seguras. Felicidades, querida, e que muitos anos venham, e que esteja sempre ao meu lado.

A rainha So Min sorriu, emocionada, e ergueu sua taça de vinho. Assim que colocou a taça nos lábios, vozes grotescas começaram a ecoar ao redor, interrompendo a serenidade da celebração.

Um grupo de cinco espíritos malignos irrompeu na festa, espalhando caos e medo entre os convidados. Um dos espíritos avançou diretamente em direção à rainha, mas Hana rapidamente se posicionou à frente dela, protegendo-a com determinação. Sem hesitar, ela lançou um chute poderoso que arremessou o espírito para longe.

Do-whi, tentando se mostrar protetor e valente, interveio:

— Fique aí, eu te protejo.

Hana riu ironicamente, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e confiança.

— Não preciso da sua proteção.

Enquanto isso, alguns dos espíritos se dirigiram a Mun, Joo-yeon, Ji-woo, Leonardo e Jade, reconhecendo sua energia maligna. Eles sabiam que não podiam usar seus poderes de invocação, pois não são caçadores, então apenas deixaram que os caçadores do palácio fizessem o trabalho.

Tiveram sorte, pois todos os espíritos eram de nível 1 e não iam revelar que havia mais espíritos presentes, mantendo assim o segredo deles.

Mun observou a cena com atenção, especialmente quando Do-whi tentou proteger Hana.

Mun, vendo a confiança e habilidade de Hana, lançou-lhe uma espada que estava próxima, suas palavras cheias de confiança e apoio:

— Use isso, Hana!

Ela pegou a espada no ar com facilidade, seus movimentos graciosos e precisos. Com uma destreza impressionante, começou a enfrentar os espíritos, ferindo-os superficialmente e deixando-os vulneráveis para que Woong-min ou outro guarda pudesse invocar e destruí-los completamente.

Os espíritos eram poderosos, mas a combinação das habilidades de todos os caçadores fazia a diferença. Hana se movia com graça e força, cada golpe demonstrando seu treinamento e habilidade. Mun observava, seu coração batendo rápido ao ver a coragem e destreza de Hana.

Com um último golpe, Hana dissipou o espírito que estava enfrentando, o jardim retornando à calma. Ela se virou, seu olhar encontrando o de Do-whi.

— E agora, quem precisa de proteção? — ela disse, com um sorriso desafiador.

Do-whi, ainda em choque e com uma expressão de dor, apenas observava. Ele sabia que nunca subestimaria Hana novamente.

A rainha So Min, recuperando-se do susto, aproximou-se de Hana.

— Minha filha, você foi maravilhosa. — disse ela, com lágrimas nos olhos.

Hana sorriu, ainda segurando a espada.

— Eu sempre disse que queria lutar, mãe. E agora, todos sabem que posso.


Oiii, espero que tenham gostado do capítulo. Votem e comentem! Até breve!

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