Capítulo 14

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Alguns minutos antes, Mun se deparou com um espírito maligno tentando ter acesso ao quarto da princesa. Com um movimento rápido ele o trouxe  para si com sua psicocinese.

O homem magro sorri maliciosamente e disse:

—Um espírito maligno reconhece outro... o que faz aqui ?

— Cala a boca! — respondeu Mun com ferocidade.

— Que foi ? Tá com medo de ser descoberto ? Tá tentando ser um deles ?

— Não é nada disso, e se você não desaparecer, vai estragar tudo.

O espírito se desprendeu dele e disse:

— Olha, não tô muito afim, é que eu tava quase conseguindo pegar a alma da princesa.

A raiva queimava dentro de Mun. Ele não sabia com o que se enfurecer mais: a ameaça ao segredo dele ou a  ameaça direta a Hana. Com os olhos brilhando de fúria, Mun retirou uma adaga da parte de trás da calça. Em um movimento rápido e preciso, cortou o pescoço do espírito maligno, deixando o corpo cair pesadamente no chão.

O sangue quente espirrou, manchando o rosto de Mun. Ele respirou fundo, o cheiro metálico do sangue misturando-se com o ar frio da noite. Limparia depois, mas agora, precisava garantir que ninguém mais chegasse perto de Hana.

Mun se virou e viu o rosto horrorizado de Hana. Ele respirou fundo, limpando o sangue da adaga antes de guardá-la.

— Mun... o que você fez ?— perguntou Hana, com a voz trêmula.

Ele então percebe que, se ela tivesse ouvido a conversa entre ele e o espírito maligno, provavelmente já estaria lutando contra ele. Mas Ha-na parecia apenas assustada, horrorizada pela frieza com que ele havia matado.

Mun então sabia que precisava mentir para proteger o seu segredo. Olhou diretamente nos olhos dela e disse com uma voz controlada:

— Ele estava tentando entrar no seu quarto. Era um espírito maligno de nível quatro. Como caçador, sou permitido ceifar.

Hana ainda estava chocada, mas a preocupação em seus olhos era clara. Ela deu um passo à frente tentando processar tudo o que estava vendo.

Mun exitou por um momento, antes de perguntar:

— Estou assustador ?

Hana olhou para ele seu coração acelerado. Apesar da situação, ela não podia negar a verdade em seu coração.

— Não — ela disse suavemente, seus olhos se encontrando com os dele — É lindo.

Mun ficou surpreso com a resposta, a intensidade de suas palavras reverberando em seu peito. Ele se aproximou, ainda tentado entender o que estava acontecendo entre eles.

— Vamos sair daqui. — disse ele.

— Claro, mas eu tenho que falar para Woong-min limpar essa bagunça. — diz Hana, apontando para o espírito maligno morto.

👑♠️

Após a tensão no jardim, Hana e Mun caminharam em silêncio até o observatório do palácio. O local era um refúgio tranquilo, onde as estrelas brilhavam intensamente no céu noturno, proporcionando uma vista deslumbrante da noite.

Hana abriu a porta do observatório, revelando o vasto céu estrelado através da cúpula de vidro. Ela se dirigiu a um dos telescópios e começou a ajustá-lo, tentando distrair sua mente dos eventos recentes.

Mun se aproximou, observando-a em silêncio por alguns momentos antes de finalmente falar:

— Este lugar é incrível. As estrelas parecem tão próximas daqui.

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