capítulo 9

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O sol da manhã aquecia suavemente o grande jardim do palácio, onde flores de todas as cores desabrochavam em um esplendor vibrante. Hana, ainda com a conversa com a rainha de Yung em mente, decidiu dar um passeio para clarear seus pensamentos. Vestida em um simples vestido azul, seus passos eram leves e silenciosos sobre a grama verde.

Enquanto caminhava, Hana avistou Mun sentado em um banco de pedra, aparentemente perdido em um livro grosso que segurava. Sua presença ali parecia deslocada, mas ao mesmo tempo, ele parecia em paz com o ambiente ao redor.

Hana hesitou por um momento, observando-o de longe. A luz do sol destacava seus cachos e os traços definidos de seu rosto. Ela sentiu seu coração bater um pouco mais rápido e uma leve cor tomou suas bochechas. Respirou fundo e caminhou até ele, tentando parecer casual.

—Bom dia, Mun. — Sua voz saiu suave, mas firme.

Mun ergueu o olhar, surpreso por um momento, antes de reconhecer Hana e dar-lhe um leve sorriso.

— Bom dia, princesa. — Ele fechou o livro e se levantou respeitosamente. — O que a traz ao jardim tão cedo?

Hana sorriu, tentando esconder sua timidez.

— Apenas precisava de um pouco de ar fresco. E você? — Ela olhou para o livro em suas mãos. — O que está lendo?

Mun mostrou a capa, revelando um título sobre estratégias de combate e táticas antigas.

— Só um pouco de leitura sobre táticas de guerra. Achei que poderia ser útil. — Ele deu de ombros, com um toque de modéstia.

Hana assentiu, impressionada.

— Parece interessante. Gosto de livros, mas os meus são mais sobre histórias de caçadores. — Ela riu suavemente, um som que fez Mun relaxar um pouco mais.

— Histórias de caçadores? — Mun perguntou, genuinamente interessado. — Você deve ter lido muito sobre suas habilidades e táticas, então.

— Sim, mas ler e fazer são coisas bem diferentes. — Hana suspirou, olhando para o horizonte. — Às vezes, sinto que sou só uma observadora, nunca a protagonista da minha própria história.

Mun percebeu a tristeza em suas palavras e, por um momento, quis dizer algo para confortá-la. Em vez disso, ele apenas assentiu, respeitando seus sentimentos.

— Entendo. — Ele disse calmamente. — Mas, às vezes, os observadores aprendem mais do que os protagonistas. E quando chegar a hora certa, você estará mais preparada do que imagina.

Hana olhou para ele, surpresa pela profundidade de suas palavras.

— Talvez você tenha razão. — Ela sorriu, sentindo-se um pouco mais leve.

Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas apreciando a companhia um do outro. Hana sentiu um calor confortável ao lado de Mun, algo que ela não sentia com frequência.

— Mun, você... — Ela começou, mas hesitou. — Você gostaria de caminhar um pouco comigo? O jardim é grande e bonito nesta época do ano.

Mun sorriu novamente, dessa vez com um toque de gentileza que fez o coração de Hana bater um pouco mais rápido.

— Claro, princesa Hana. Seria um prazer.

E assim, eles começaram a caminhar lado a lado pelo jardim, compartilhando histórias e risadas, sem saber que aquele momento seria o começo de algo muito especial.

Enquanto caminhavam, Mun decidiu que era a oportunidade perfeita para se aproximar de Hana e descobrir mais sobre o reino da Coreia.

— Princesa, me fale mais sobre o reino. — Ele começou, tentando soar casual. — Sempre me interessei pela história daqui, especialmente porque nasci na Coreia, mas morei muitos anos na Itália. É como se eu tivesse duas casas.

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