Capítulo 50

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Ao amanhecer, os representantes estavam devidamente animados. Woong-min os conduziu à prisão do palácio, uma sala particular onde acorrentaram o espírito maligno.

Mun e Hana já estavam presentes, encarando o homem que ainda dormia, ou fingia.

Amara, impaciente, indaga:

— Não vão acordá-lo?

Mun, com as mãos nos bolsos e postura ereta, responde:

—Estávamos esperando vocês.

Sofia se aproxima de Mun, olhando nos olhos dele e piscando, tentando ser fofa.

— Você está bem diferente da primeira vez que nos vimos, hein?

Mun se sente desconfortável com o comentário e se mantém em silêncio, preocupado com o que Hana está pensando. Hana, por sua vez, sabe que só há espaço para uma pessoa no coração de seu noivo e não vai repetir o erro de não confiar. Ela apenas olha para Sofia e diz:

— Ele sempre foi assim. Agora, pare de se concentrar no que não é seu.

Sofia fica calada ao perceber que os outros representantes riam e cochichavam baixo.

Mun então se aproxima do espírito maligno e lhe dá um soco no rosto. O espírito grita em italiano:

— Pra quê isso?!

Mun ri e começa a conversar com ele em italiano.

— Para você parar de fingir que está dormindo. Sei que sabe ocultar memórias. Leonardo me ensinou isso, minha noiva não consegue ler. Então, me diga, onde está Leonardo?

— Não vou falar nada — o espírito maligno cospe.

Tane então pergunta, esperando que alguém responda:

— E se ele não trabalhar para Leonardo? Qualquer espírito pode ocultar as memórias sem precisar ser ensinado.

— É ele.

Uma nova voz invade o ambiente. Do-whi se aproxima deles e repete:

— É ele. Quando Leonardo matou meu pai, eu o vi. Estavam juntos.

Mun fica mais próximo de Hana ao perceber Do-whi caminhar em direção a ela.

Isabelle, confusa, fala:

— Tá, então como faremos ele falar? E além disso, temos que invocar Leonardo em breve.

— Sem pressa — sussurra Sofia.

O espírito começa a se mexer, tentando de maneira inútil se soltar.

Do-whi propõe:

— Torturá-lo, então. Ele tem que falar. Temos que achar Leonardo. Ele tem que ser julgado o quanto antes.

Hana diz:

— Não é ético torturá-lo.

Mun, olhando para Hana, concorda:

— Precisamos encontrar uma maneira de fazê-lo falar sem recorrer à tortura. Vamos encontrar outra solução.

Mateo, cético com as boas maneiras deles, pergunta:

— Então o que vamos fazer?

Mun coloca o dedo na frente dos lábios pedindo silêncio. Ele já foi um espírito maligno, então entende o outro e vai tentar manipulá-lo para obter qualquer informação. Por fim, ele diz a todos:

— Quero silêncio. Eu falo com ele.

Todos olham uns para os outros e começam a se afastar, encostando-se nas paredes e observando Mun se sentar no chão na frente do espírito, com as pernas cruzadas como uma criança. Ele sorri para o espírito e diz:

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