Capítulo 17

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Hana voltou do passeio de carruagem com Do-whi, ainda refletindo sobre a ausência do fio vermelho do destino entre eles. Assim que entrou no palácio, seus pensamentos voltaram-se para Mun. Havia algo nele que a atraía de maneira inexplicável. Talvez ele fosse a pessoa conectada ao seu destino?

Com o coração batendo acelerado, ela se dirigiu ao jardim, onde Mun estava parado, perdido em pensamentos.

Determinada a descobrir a verdade, Hana concentrou-se, tentando visualizar o fio do destino. Quando focou em Mun, viu uma névoa fria e preta envolvendo seu pulso, obscurecendo a conexão. No entanto, tudo indicava que o fio estava ali, conectando-a a ele.

— Mun? — chamou ela suavemente.

Ele se virou rapidamente, um olhar de surpresa e, por um breve momento, algo parecido com dor passou por seus olhos.

—Princesa — disse ele, tentando sorrir, mas havia uma rigidez em sua expressão. — Como foi o passeio?

— Foi... foi bom — respondeu ela, hesitando. — Mas eu queria falar com você.

Mun engoliu seco, sabendo que precisava afastar-se dela para focar no plano de Leonardo.

— Princesa, nós precisamos conversar — disse ele, tentando manter a voz firme.

Ela franziu a testa, sentindo que algo estava errado.

— O que foi? — perguntou ela, sentindo um nó formar-se em seu estômago.

— Eu... acho que precisamos de um pouco de distância — começou ele, tentando encontrar as palavras certas. — Tenho me envolvido demais, e isso pode comprometer nossos objetivos. Eu não posso me permitir distrações.

Hana sentiu o chão se abrir sob seus pés. Ela não conseguia entender por que ele estava dizendo isso.

— Distrações? Mun, o que você está dizendo? — perguntou ela, a voz trêmula.

— É inapropriado estar tão próximo de você, princesa — disse ele, evitando seus olhos. — Especialmente depois do que aconteceu mais cedo. É melhor assim. Para você e para mim. Precisamos nos focar no que realmente importa.

Hana sentiu as lágrimas se acumularem em seus olhos, mas ela tentou manter a calma.

— Mun, eu... — começou ela, mas foi interrompida por ele.

— Por favor, princesa — disse ele, a voz baixa e quase suplicante. — Não torne isso mais difícil do que já é.

Ela mordeu o lábio, sentindo-se confusa e magoada. Algo dentro dela dizia que ele não estava contando tudo, que havia mais por trás dessa decisão.

— Está bem — disse ela finalmente, a voz tremendo. — Se é isso que você quer...

Ela se virou e começou a se afastar, mas não pôde deixar de olhar para trás, esperando que ele mudasse de ideia. Mun ficou parado, lutando contra o impulso de correr atrás dela e dizer a verdade. Mas ele sabia que precisava manter distância para não comprometer o plano.

Quando Hana estava fora de vista, Mun sentiu o peso de sua decisão. Ele sabia que estava fazendo a coisa certa, mas isso não tornava a dor menos intensa.

Hana foi para seus aposentos, sentindo uma mistura de tristeza e confusão. A visão da névoa fria e preta no pulso de Mun continuava a assombrá-la. Por que não conseguia ver claramente? O que significava aquela escuridão?

Ela sabia que precisava de respostas. Algo em Mun a atraía, e ela não podia ignorar isso. Mas primeiro, teria que descobrir por que o fio do destino estava tão difícil de ver.

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