Capítulo 36

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No dia seguinte, ao cair da tarde, os representantes chegaram à Coreia, e Hana foi recebê-los imediatamente.

Ha-na cumprimenta cada um dos representantes com um sorriso caloroso, observando atentamente cada um dos novos rostos que irão dividir o mesmo espaço nos próximos dias.

—Bem-vindos, representantes dos continentes. Sou a Princesa Do Ha-na, da Coreia, representante da Ásia. Estamos reunidos aqui para formar uma aliança temporária em busca de um objetivo em comum: capturar Leonardo, o responsável por tantas tragédias. Vamos unir nossas forças para garantir que ele não cause mais danos em nenhum lugar do mundo.

Antes que os outros pudessem falar algo, Mun aparece na sala de reunião, olhando para o seu caderno.

— Noona, pode me ajudar aqui?

Ha-na sorri para ele. Mun está usando um moletom, bem diferente dos outros que usam roupas formais.

"Tão fofo", ela pensa.

Mun finalmente olha ao seu redor e vê príncipes e princesas e suas comitivas, todos com olhares curiosos ou de suspeita sobre ele.

Uma das princesas, Sofia da Rússia, com seus olhos azuis claros, pergunta:

— Quem é essa criança, princesa Ha-na?

Ha-na logo fecha a cara ao ouvir isso. Se é para alguém vê-lo como criança, somente ela pode vê-lo assim.

Mun fala baixo:

— Me desculpe, noona. Acho que atrapalhei, vou sair. — diz envergonhado.

Antes que ele saísse, Ha-na o segura, fazendo-o ficar ao seu lado.

— Não atrapalha, são os representantes. Que bom que está aqui. — Agora, ela olha diretamente para a garota que fez a pergunta anteriormente e lhe lança um olhar frio, digno de seu título "princesa do gelo". — E ele não é uma criança.

— Parece uma — comenta um dos príncipes.

Ha-na respira fundo.

— Ele é So Mun, meu namorado. Está longe de ser uma criança. Agora, gostaria de saber os nomes de vocês.

O jovem negro, que antes disse que Mun parecia uma criança, diz com a voz calma e autoritária:

— Sou Príncipe Amara Nwosu da Nigéria, representante da África.

Sofia, que antes o chamou de criança, lança um olhar de flerte para Mun.

— Sou a Princesa Sofia Petrov da Rússia, representante da Europa.

A outra jovem, de cabelos pretos e sorriso nos lábios, diz confiante:

— Princesa Isabella Rodriguez dos Estados Unidos, representante da América do Norte.

— E eu, da América do Sul — começa um dos jovens, com aparência mais jovial e, com certeza, impaciente, continua a dizer — Príncipe Mateo Rojas do Brasil.

O último parece tímido e diz mais baixo que os outros:

— Sou... Príncipe Tane Mahuta da Nova Zelândia. Representante da Oceania.

Isabella então pergunta:

— Você disse So Mun? Não era esse que trabalhava com o Leonardo?

Mun respira fundo, fechando suas mãos com tanta força que as unhas machucam a pele pelo nervosismo. Hana rapidamente intervém:

— Sim, mas não mais. Ele é um caçador agora.

Amara ergue uma sobrancelha, cético.

— O perdoou tão fácil assim?

Hana mantém a calma, mas há uma firmeza em sua voz.

— Sim, ele foi enganado e ajudou ao palácio, não fez mal a ninguém... agora, mudando de assunto. Minha mãe, a rainha, quer um jantar formal com vocês hoje à noite. Minha dama vai conduzir vocês para seus quartos e nos vemos à noite. Amanhã, discutiremos sobre a nossa aliança.

Os representantes são conduzidos para fora, deixando Mun e Hana sozinhos na sala. Mun fala baixo, olhando para o chão:

— Isso foi tão vergonhoso, noona... estou péssimo, pareço uma criança. — Ele olha para suas roupas. — Está na cara que a maioria me reprova, não gostam nada de mim. Eu fui um espírito maligno... isso vai me assombrar para sempre.

Hana se coloca na frente dele, seus olhos fixos nos dele.

— Não, você está ótimo, meu amor. — Ela coloca a mão na bochecha dele, acariciando suavemente. — Não ligue para eles... você não é uma criança. Você é um homem forte, habilidoso, meu homem.

Mun sente o calor da mão dela e a sinceridade em suas palavras. Ele respira fundo, sentindo-se um pouco mais calmo.

— Obrigado, noona. Vou me esforçar para provar a eles que sou digno de estar aqui.

Hana sorri, encorajando-o.

— Eu sei que você vai, Mun. Estamos nisso juntos, e eu acredito em você.

Hana então se lembra do motivo pelo qual Mun  veio até ali.

— De que ajuda precisa?

— Francês. Queria ajuda no vocabulário, Jeok-bong disse que você é muito boa.

Hana sorri e diz:

— Je vais vraiment bien, mon amour. (sou muito boa mesmo, meu amor)

Mun fica vermelho, e Hana se aproxima mais dele, com um olhar provocante.

— Quel était mon amour?(O que foi,meu amor?)— ela pergunta, ainda o provocando.

— Noona...

— Eu posso te ensinar outra língua. — ela diz, com um brilho malicioso nos olhos.

Mun larga se caderno sobre a mesa e segura os braços de Hama delicadamente. Com um movimento rápido, ele inverte as posições,  colocando-a em cima da mesa e avançando sobre ela, seus rostos agora muito próximos.

— Me ensine... — ele sussurra, os olhos fixos nos dela.

Hana sorri, deslizando as mãos pelos o ombros dele.

— avec plaisir, mon amour (com prazer meu amor). — Ela responde, antes de selar os lábios dele com um beijo apaixonado.

👑♠️

A mesa de jantar está preenchida com todos os jovens representantes. A rainha So-Min ocupa agora o lugar que antes era do rei. Hana se senta ao seu lado direito e Mun ao esquerdo. Os outros jovens se distribuem pelos assentos restantes. Antes da comida ser servida, So-Min se levanta e diz:

— Que bom que chegaram bem de viagem. Se necessitarem de meu auxílio, estarei disponível para ajudá-los. Não hesitem em pedir qualquer coisa enquanto estiverem aqui.

Todos assentem, curvando levemente a cabeça em sinal de respeito.

A comida é finalmente servida, mas Mun não consegue ignorar os olhares fixos sobre si. Ele se sente vulnerável, como uma criança tola. Todos os outros têm a idade de Hana, ou são um ano mais velhos, o que o torna o mais novo e menos experiente entre eles. Nunca foi um príncipe e mal sabe como se portar como um. Esse sentimento de inadequação o faz se sentir inferior.

Hana percebe o desconforto de Mun e, discretamente, coloca a mão sobre a dele, apertando-a levemente.

— Você está indo muito bem, Mun — ela sussurra, oferecendo-lhe um sorriso encorajador.

Mun respira fundo, tentando se acalmar, mas os pensamentos ainda o atormentam. Os olhares julgadores e as comparações são difíceis de ignorar. Ele finge se concentrar na comida, tentando se afastar do peso das expectativas e das dúvidas que pairam sobre ele.

Oiii, capítulo pequeno, eu sei, mas queria atualizá-los. Espero que tenham gostado. Não esqueçam de votar e comentem se gostaram.
A

té breve!

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