Mun estava no pátio do palácio, praticando com sua espada. Ele tinha que manter sua aparência e habilidades humanas impecáveis para não levantar suspeitas. Enquanto treinava, Hana apareceu, observando-o de longe antes de se aproximar.
—Você realmente é talentoso com a espada, Mun — disse Hana, sorrindo ao se aproximar.
Mun parou de treinar e abaixou a espada, sorrindo de volta.
— Obrigado, princesa. A prática constante ajuda.
Hana franziu a testa levemente.
— Eu já disse que pode me chamar de Hana.
Mun assentiu, um pouco desconcertado.
— Claro, Hana noona.
Ela se aproximou mais, seus olhos fixos nele.
— Posso perguntar algo? Algo que me intriga?
— Claro, pergunte o que quiser.
Hana hesitou por um momento, escolhendo suas palavras cuidadosamente.
— Você parece ter uma aura diferente. Algo que não consigo definir. É quase como se você tivesse uma energia... especial. De onde você realmente vem, Mun?
Mun sentiu um frio na espinha. Ele precisava manter a calma.
— Eu nasci na Coreia, mas morei muitos anos na Itália. Talvez tenha adquirido alguma influência de lá.
Hana o observou atentamente, não completamente convencida.
— Interessante. Mas essa energia... parece mais profunda. Algo que sinto nas profundezas do meu ser.
Mun tentou disfarçar seu nervosismo com um sorriso.
— Deve ser apenas a sua intuição, Hana noona. Eu sou apenas um guerreiro comum.
De repente, Hana notou que o território estava aparecendo, luzes brilhantes surgindo na frente deles. Ela sabia que os caçadores podiam ver essas luzes em cores diferentes.
— Mun, você vê essas luzes? — perguntou Hana, apontando para as luzes ao redor.
Mun olhou, tentando não demonstrar nervosismo. Ele só via luzes vermelhas, uma característica de espíritos malignos.
— Sim, eu vejo. É o território...
Hana inclinou a cabeça, suspeitando mais do nervosismo repentino na voz dele.
— Qual é a cor que você mais gosta das que apareceram aqui?
Mun ficou em silêncio por um momento, sem saber como responder. Ele não via cores diferentes, apenas as luzes vermelhas.
— Bem... todas são bonitas de sua própria maneira.
Hana estreitou os olhos, percebendo que algo estava errado.
— Só os caçadores conseguem ver as cores das luzes. Mun, você realmente sabe do que está falando?
A tensão aumentou. Mun tentou manter a compostura, mas sentiu que estava prestes a ser descoberto. Antes que pudesse responder, Joo-yeon apareceu correndo, fazendo uma reverência rápida à princesa.
— Mun! Leonardo está chamando, o rei pediu um jantar informal conosco.
Hana percebe que eles devem ter bastante intimidade para chamar Leonardo pelo nome.
— Ah, está bem — Mun se vira para Hana — Hana noona, nos vemos no jantar.
Hana acena com a cabeça, mas seus pensamentos estão longe. Enquanto Mun e Joo-yeon se afastam, ela se pergunta o que exatamente está acontecendo e por que Mun parece tão evasivo.
👑♠️
A lua cheia brilhava esplendidamente no céu, sua luz suave entrando no vasto palácio, iluminando a sala de jantar com um brilho branco brando. O rei Jung-hyun e sua família compartilhavam a refeição com Leonardo e sua família de espíritos malignos.
Mun estava pensativo, lembrando de como Hana o encurralara algumas horas atrás, quase comprometendo todo o plano. Ele refletia sobre as palavras de Leonardo: se a princesa interferisse, ela teria que ser eliminada. Observando Hana agora, comendo com seus cabelos azuis presos em um coque e a franja bagunçada, ele sentia uma tremenda vontade de afastar o cabelo dos olhos dela, para que se sentisse confortável e pudesse ver melhor seus olhos.
— E quando fará a cerimônia de coroação? — o rei perguntou a Leonardo, quebrando o silêncio.
— Depois do Ano Novo, é quando vamos retornar.
Para os outros, essa data parecia apropriada, mas para Leonardo e Jade soou como uma piada interna de quando ele pegará para si o trono da Coreia.
Hana notou que só veria So Mun por menos de dois meses e sentiu um vazio, antecipando uma vida sem graça e um noivado sem amor com Do-whi. Mun percebeu a mudança repentina de humor dela e seu silêncio.
O rei continuou:
— Espero que vocês possam retornar para participar do casamento de minha filha.
O som da colher de metal caindo fez todos olharem para Hana.
Hana pegou a colher rapidamente, e a conversa retomou.
— Será um prazer, casamentos são sempre tão alegres, uma dádiva — comentou Leonardo.
Hana, começando a perder a paciência, começou a comer com mais força. Mun percebeu sua irritabilidade e disse:
— Peço licença, estou indisposto.
Ele se levantou, uma atitude que não agradou Leonardo. Antes de sair, Mun lançou um último olhar para Hana, que logo depois de uns minutos também se levantou da mesa. O rei observou a situação com desagrado, mas disfarçou, continuando a conversa com Leonardo.
Hana seguiu para o jardim. A brisa fria fez seu vestido parecer inadequado para o clima. Ao entrar, ela se deparou com uma cena assustadora.
Oiii, Hana quase pega Mun outra vez, coitado kkkk. Estou ansiosa pelo próximo capítulo, por que me diverti escrevendo ele, querem saber o que Hana viu de assustador? Votem e comentem e talvez eu publique ainda hoje o próximo.
Até breve!
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Destino Impossível
FanfictionNum mundo onde reis ainda governam, a princesa Do Hana anseia por ser mais do que uma figura decorativa. Determinada a ser uma caçadora em campo de batalha, ela se vê presa por um destino cruel: foi prometida a Park Do-whi, um príncipe distante e in...