Em uma semana, os reis dos demais continentes enviarão seus filhos para a Coreia como representantes para lidar com Leonardo.
Mas no momento, Ha-na está em seu quarto, esperando que Mun apareça. A raiva já não existe, apenas a saudade. Ela está mergulhada em pensamentos profundos.
"Mun... por favor, retorne. Eu não estou zangada... eu preciso de você. Já faz tanto tempo. Por que você não voltou? Você está vivo?"
Pensamentos como esses não cessam, acompanhando-a em todas as vinte e quatro horas do dia.
Ha-na olha para o desenho que fez de Mun e decide sair, tentando, de alguma forma, esquecê-lo. Faz tempo que ela não sai do palácio; seus momentos fora eram apenas como caçadora. Até mesmo a senhora Chu percebe a tristeza da jovem e como a frieza a dominou de forma implacável.
Ao seu lado, Woong-min também está triste, pois quando Joo-yeon partiu, ela não se lembrava dele, não teve a sorte de recuperar as memórias naquele momento, como Mun.
Ha-na está prestes a entrar na galeria de arte quando vê um homem ruivo de costas. Ela anda apressadamente e, quando ele se vira, o brilho nos olhos que há tempos não sentia desaparece na mesma velocidade que veio. Não é ele.
Como? Como funciona o destino? Ha-na, diversas vezes, vislumbrou o seu fio vermelho, na esperança de mostrar onde Mun estava, mas ele estava longe demais. Muito distante, tornando o destino impossível.
Ha-na, triste, entra na galeria. Ela deslumbra os quadros e vê uma obra de arte que retrata uma pedra preciosa azul: uma safira. Claro que isso a mata mais uma vez por dentro. Mun a chamava assim porque, como ele dizia, ela era sua joia azul, preciosa e única. Mas ele não está aqui para tê-la.
Depois de vagar por vários andares, Ha-na e Woong-min decidem ir embora. Percebem a chuva forte lá fora, então Woong-min diz:
— Princesa, vou buscar um guarda-chuva para guiá-la até o carro.
Ha-na apenas assente. Woong-min sai, e ela começa a andar em direção à chuva. A água começa a cair, umedecendo seus cabelos azuis. Até que, de repente, a chuva para. Ela olha para cima e vê um guarda-chuva vermelho e diz:
—Que bom que voltou, Woong-min. Que tal um duelo quando chegarmos?
Uma voz suave e familiar responde:
— Eu vou amar, minha safira.
O coração dela para. Ha-na se vira abruptamente e vê ele. Mun está ali, sorrindo para ela, com os olhos brilhando de emoção. Ela toca o rosto dele, sem acreditar que é real, sentindo a textura quente da pele dele sob seus dedos trêmulos.
— É você? — A voz dela é um sussurro, carregada de incredulidade e esperança.
— Sou eu, minha safira — Mun responde, segurando a mão dela, mesmo por cima das luvas, apertando-a com força, como se temesse que ela desaparecesse. Ele sente o calor da pele dela e um arrepio percorre seu corpo.
— Por que demorou? Eu pensei que tinha morrido! Estava com tanta saudade — A voz de Ha-na quebra, lágrimas ameaçando cair. Ela sente uma mistura de alívio, alegria e raiva reprimida.
Mun desvia o olhar, a dor e a culpa refletidas em seus olhos.
— Eu estava com medo... te machuquei tanto... nada vai apagar o que eu fiz. Eu deveria ser condenado, Ha-na.
Ela segura a bochecha dele, forçando-o a olhar para ela, os olhos dela queimando de intensidade e determinação.
— Não... não apaga. Não foi sua culpa. E se você quer uma condenação, eu te dou — Ela diz com uma firmeza surpreendente, a dor transformando-se em resolução.
Ele fica surpreso, o coração batendo mais rápido. Aquelas palavras o atingem como uma onda, trazendo um novo sentido de esperança e redenção.
— Te condeno a passar toda sua vida comigo — Ha-na declara, com seu olhar frio suavizando-se enquanto ela esboça um leve sorriso. As palavras dela são um pedido, uma promessa e uma declaração de amor tudo ao mesmo tempo.
Mun sente uma mistura de alívio e felicidade, lágrimas de emoção surgindo em seus olhos. Ele puxa Ha-na para um abraço apertado, sussurrando em seu ouvido:
— Eu prometo, minha safira. Eu nunca mais vou te deixar.
Woong-min apenas observava a cena, um sorriso de alívio se formando em seus lábios. Se Mun está aqui, Joo-yeon também deve estar perto. Ele decide voltar para o carro, deixando o casal sozinho.
Ha-na e Mun se separam do abraço, e Ha-na sorri, sentindo a alegria florescer em seu coração.
— Ah! Finalmente está aqui, Mun... Eu senti tanto a sua falta... tanta! — A voz dela é uma mistura de felicidade e alívio, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas.
— Eu também... todos os dias — Mun responde, a sinceridade em sua voz profunda.
Mun gentilmente coloca o cabelo dela atrás da orelha, o toque de seus dedos enviando um arrepio pela espinha dela. Ele pergunta, um pouco sem jeito:
— Se desfez mesmo daquele noivado?
Ha-na assente, um sorriso suave nos lábios.
— Sim, já acabou tudo. Foi difícil, mas ia acontecer. Meu pai já tinha permitido que eu o desfizesse depois do Ano Novo...
Mun sorri maliciosamente, seus olhos brilhando com uma intensidade nova. Ele se aproxima, seus lábios quase tocando os dela, e murmura:
— Ótimo, finalmente meu desejo será realizado — ele arfa, o desejo palpável em sua voz. — Posso?
Ela não responde com palavras. Em vez disso, avança contra os lábios dele, puxando-o para um beijo apaixonado. O guarda-chuva escorrega de sua mão, caindo no chão, enquanto a chuva os envolve. A água não atrapalha; pelo contrário, intensifica a conexão entre eles, fazendo do beijo algo memorável e ardente.
Mun sente o gosto dos lábios dela, doce e familiar, e puxa-a ainda mais para perto, seus corpos colados. Ha-na corresponde com igual fervor, sentindo cada batida de seu coração se alinhar com a dele. A chuva cai ao redor deles, mas eles mal notam, perdidos na intensidade do momento, finalmente juntos de novo.
Oii, capítulo pequeno, mass saiu o primeiro beijo deles kkkk. Espero que tenham gostado do capítulo. Até breve!
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Destino Impossível
FanfictionNum mundo onde reis ainda governam, a princesa Do Hana anseia por ser mais do que uma figura decorativa. Determinada a ser uma caçadora em campo de batalha, ela se vê presa por um destino cruel: foi prometida a Park Do-whi, um príncipe distante e in...