Capítulo 51

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Hana suspira pesadamente, relembrando a proposta que fizera de realizar um evento festivo para arrecadar dinheiro para o orfanato e contribuir com uma doação. Quando planejou isso, ela estava brigada com Mun e, por isso, acabou esquecendo, já que sua mente mal funcionava naqueles dias.

—Claro, eu vou direto para lá — ela diz, recuperando a compostura.

Mateo, curioso, pergunta:

— Que evento é esse?

Mun também estava atento, esperando a resposta de Hana.

— Um orfanato que cuida de muitas crianças sofreu com uma grande chuva. Fica do outro lado da cidade e precisa de dinheiro para consertar o telhado e fornecer comida boa. Vou fazer uma doação, mas o evento terá jogos, barracas de comida, e todo o dinheiro arrecadado vai para o orfanato — explica Hana, com os olhos brilhando de determinação.

— Por que não faz só a doação? — Tane pergunta, intrigado.

Hana olha diretamente para ele e responde:

— Eu faria, mas a diretora não quer aceitar a doação diretamente. Ela prefere trabalhar pelo dinheiro, então sugeri o evento... ela não sabe, mas o palácio vai cobrir os custos das barracas de jogos e comidas.

Mun sente um orgulho profundo ao perceber como Hana é uma princesa tão dedicada ao seu povo. Mesmo estando brigada com ele até ontem e em meio à busca por um espírito perigoso, ela não deixou de cuidar daqueles que necessitam.

— Devia ter nos falado — diz Isabelle com um falso drama. — Eu poderia ter pedido ajuda ao meu pai.

Hana se desculpa rapidamente:

— Perdão, eu esqueci. Ninguém sabia... eu estava aérea esses últimos dias.

Mun se sente triste por tê-la deixado assim e por não ter resolvido as coisas mais cedo. Hana continua, tentando suavizar o clima:

— Se vocês quiserem, estão convidados a ir... será legal!

Mun pega a mão de Hana com um sorriso caloroso:

— Estou ansioso, noona...

Os dois se olham apaixonadamente, até que a voz de Luca os interrompe:

— Vão me soltar?

Mun faz um sinal de confirmação a Hana, que responde com firmeza:

— Vou pedir para Woong-min liberá-lo depois. Claro, vamos invocar e, dependendo da sua situação, você volta para a Itália. Deixaremos eles o julgarem.

O espírito não parece feliz com essa perspectiva, mas assente, aceitando seu destino.

Todos os representantes se mostram interessados em participar do evento. Assim, todos saem da sala e começam a se preparar rapidamente.

Hana decidiu que não iria ocultar sua presença no evento, mas optou por um visual discreto e confortável. Vestiu uma calça cargo preta e uma blusa branca, completando o look com um casaco preto e branco e botas pretas. Rapidamente arrumou seu cabelo, deixando-o solto, e, claro, colocou o colar que Mun lhe dera. Sem as luvas, seu lindo anel de safira ficava à mostra, e ela adorava que as pessoas soubessem que estava noiva.

Hana saiu do quarto e encontrou todos esperando do lado de fora. Os representantes entraram na limusine, e Hana e Mun, de mãos dadas, seguiram o mesmo caminho. Ao se dirigirem para o local do evento, um carro com guardas seguia atrás e outro na frente da limusine, garantindo a segurança do grupo.

Durante o trajeto, Do-whi não conseguia deixar de sentir uma pontada de inveja ao ver Hana feliz ao lado de Mun. Nunca superou o fato de ela ter cancelado o noivado. Do-whi realmente queria fazê-la feliz, mas sabia que Hana nunca o suportou.

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