Capítulo 7

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Mun mexe na máscara, sentindo um desconforto, mas se recompõe quando todos os jovens são convidados para dançar juntos. Ele inicia a dança com sua irmã, Joo-yeon, ao seu lado, enquanto Do-whi dança com Hana. Conforme a música animada começa, Hana sente um calor crescendo ao estar cada vez mais próxima de Mun.

A dança segue o ritmo alegre, e em um determinado momento, os pares trocam de parceiros. Woong-min, embora normalmente sério, entra no espírito festivo e se junta à dança. Joo-yeon troca de par com Mun, agora dançando com Woong-min. Mun se vê frente a frente com Hana, suas mãos repousando respeitosamente no quadril dela, quase sem tocá-la.

Hana, surpresa pela mudança, sente uma onda de curiosidade e nervosismo. Mun, tentando manter a compostura, respira fundo, sentindo o perfume suave que emana dela. Enquanto giram pelo salão, o contato visual entre eles é inevitável, e ambos se perdem momentaneamente no olhar um do outro.

A música parece diminuir o ritmo, criando um ambiente mais íntimo. Hana sente o coração acelerar, enquanto Mun tenta controlar a turbulência de emoções dentro de si. Ele, que estava ali com um propósito de vingança, agora se vê distraído pela presença da princesa.

— Eu não esperava essa troca — sussurra Hana, quase como se falasse consigo mesma.

— Nem eu — responde Mun, a voz firme, mas o olhar revelando um misto de curiosidade e algo mais profundo.

Eles continuam a dança, cada movimento fluindo com uma estranha e inexplicável sincronia. O mundo ao redor parece desaparecer por alguns instantes, deixando apenas os dois em uma bolha de mistério e emoção.

Enquanto a música termina, os dois se afastam lentamente, ambos sentindo que algo inexplicável passou entre eles. Mun, com um leve sorriso, faz uma reverência discreta antes de se afastar, enquanto Hana permanece parada por um momento, sentindo o resquício do toque de Mun em seu quadril.

A dança tinha acabado, mas a marca daquele breve encontro ficaria em ambos por muito mais tempo.

Enquanto a dança termina, o rei Jung-hyun se levanta, a sala aos poucos silenciando em respeito. A rainha So Min se aproxima do rei, ambos com sorrisos largos, prontos para fazer um anúncio importante. Hana, ainda recuperando-se da intensa dança com Mun, sente um frio na espinha, pressentindo o que está por vir.

— Queridos convidados — começa o rei, sua voz ressoando pelo salão. — É com grande alegria que temos uma notícia especial para compartilhar nesta noite maravilhosa.

Hana aperta os dedos ao redor do leque que segura, o coração batendo acelerado. Do-whi, ao seu lado, observa-a com um sorriso que só aumenta seu desconforto.

— Estamos honrados em anunciar o noivado de nossa querida filha, princesa Hana, com o nobre e corajoso Park Do-whi — proclama o rei, aplaudido pelos convidados que aplaudem com entusiasmo.

A rainha se volta para Hana e Do-whi, seu olhar carinhoso mas firme, como se estivesse pedindo à filha para aceitar seu destino com graça. Hana tenta manter um semblante sereno, mas seus olhos brilham com lágrimas que ameaçam cair. Ela sente um aperto no peito, a tristeza e a sensação de impotência tomando conta.

Do-whi segura delicadamente a mão de Hana, inclinando-se para sussurrar:

— Você está bem?

Hana força um sorriso, embora sinta que está à beira de se desfazer.

—Sim... estou — mente, sua voz um sussurro quebrado.

Enquanto todos os olhos estão voltados para eles, a princesa respira fundo, tentando reunir forças para manter a postura. A pressão dos olhares, a expectativa da corte, tudo parece pesar sobre ela. Sentindo-se sufocada, ela procura pela senhora Chu e Woong-min, encontrando apoio em seus olhares compreensivos.

Mun, observando de longe, percebe a tensão e a tristeza nos olhos de Hana. Seu próprio coração se aperta, o ódio pelo rei misturado com uma nova e inexplicável preocupação pela princesa.

— Que todos celebremos esta união com alegria e esperança para o futuro! — declara o rei, erguendo sua taça de vinho.

Todos os presentes levantam suas taças em um brinde, mas Hana mal consegue erguer a sua. As lágrimas ameaçam cair a qualquer momento, e ela sabe que precisa sair dali antes que sua tristeza se torne evidente.

— Com licença — murmura Hana, curvando-se levemente antes de sair apressada, a senhora Chu seguindo-a de perto.

Enquanto ela se retira discretamente, a música volta a tocar, e os convidados retomam a dança, embora alguns sussurrem entre si sobre a emoção visível da princesa. Hana, agora no corredor, deixa uma lágrima solitária escorrer, seu coração pesado com a perspectiva de um futuro que ela não escolheu.

Leonardo, com um olhar astuto, sussurra para Mun:

— Talvez seja bom que alguém se aproxime da princesa, descubra seus segredos. Sua irmã Joo-yeon já está fazendo isso com Woong-min — disse, gesticulando discretamente em direção a Joo-yeon, que conversava animadamente com Woong-min no meio do salão.

Mun assentiu, mas a tensão em seu rosto era evidente. A ideia de manipular Hana o deixava inquieto, mas ele sabia que precisava seguir o plano para que tudo funcionasse. Respirando fundo, ele se virou e começou a seguir os passos de Hana.

Hana, ainda abalada pelo anúncio do noivado, se afastava da multidão em direção aos jardins do palácio, buscando um momento de solidão para processar seus sentimentos. Mun, mantendo uma distância segura, a observava, notando cada gesto de tristeza e frustração que ela tentava esconder.

Ela parou ao lado de uma fonte, seus olhos fixos na água que refletia as luzes do salão. Mun hesitou por um momento antes de se aproximar. A noite estava fria, e ele sentia a umidade da grama através dos seus sapatos. Aproximando-se de Hana, ele forçou um sorriso, tentando parecer amigável.

— Princesa — chamou, sua voz baixa e respeitosa.

Hana se virou, surpresa ao vê-lo ali. Ela reconheceu Mun imediatamente, seus cachos ruivos e olhos penetrantes inconfundíveis. Seus sentimentos se misturavam entre a tristeza pelo noivado forçado e a curiosidade pelo estranho que havia visto mais cedo.

— Ah, você... — começou ela, sem saber como continuar.

— Eu sou So Mun, dos convidados italianos — ele se apresentou, inclinando levemente a cabeça em respeito. — Percebi que você parecia precisar de um momento de paz. Posso me juntar a você?

Hana hesitou, mas a sinceridade nos olhos dele a fez acenar com a cabeça. Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas ouvindo o som suave da água na fonte.

— Às vezes, tudo parece demais, não é? — Mun disse, quebrando o silêncio com uma voz gentil.

Hana suspirou, seu olhar voltando para a água.

— Sim, especialmente quando se é uma princesa. Há tantas expectativas, tantas responsabilidades... e agora, um noivado que eu não pedi.

Mun sentiu uma pontada de culpa, mas manteve sua expressão neutra.

— Deve ser difícil. Mas saiba que você não está sozinha. Mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre alguém disposto a ajudar, mesmo que seja apenas para ouvir.

Hana olhou para ele, um pequeno sorriso se formando em seus lábios.

— Obrigada, Mun. Às vezes, apenas saber que alguém entende já é um alívio.

Eles ficaram ali, em silêncio, mas o silêncio agora era confortável, uma trégua temporária das pressões que ambos enfrentavam. Enquanto isso, Mun sentia uma confusão interna, uma batalha entre seus deveres e a crescente simpatia que sentia por Hana.

Oii, finalmente esses dois estão se aproximando, mas Mun por motivos sombrios digamos assim kkk enfim espero que tenham gostado. Até breve!

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