Maratona 2.0

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Me fala se essa maratona não tá linda melhor que a outra, uma maratona com os capítulos 95,96,97,98,99,100,101.//

Capítulo 95~

Ele chegou aos aposentos de Snape cerca de quinze minutos mais tarde do que o planejado e entrou tropeçando pela porta, um pouco sem fôlego, mas estranhamente feliz – sua conversa com Minerva havia se sentido tanto como... como uma mãe aprovando que ele não pôde evitar sentir-se feliz, de uma maneira bastante infantil.
Esse sentimento se dissipou rapidamente quando ele olhou ao redor dos aposentos de seu parceiro e não o encontrou... em lugar nenhum.
"Severus?" Ele chamou, olhando ao redor, até espiando no quarto. Ele não estava em lugar algum. O que era... estranho. Ainda assim, ele decidiu continuar procurando, foi até a sala de aula dele, até mesmo a sala de armazenamento de poções.
Foi lá que ele teve sorte – ou melhor, que encontrou o homem mais velho.
Severus não estava sozinho – com ele estava Ramona Windlehunt. Instintivamente, ele se escondeu ao redor da esquina quando percebeu que eles estavam conversando.
"-Professora por favor, deixe-me cuidar deles." Severus disse friamente.
"Planos... envolvendo Harry Potter?" Ela perguntou, a voz bem diferente de antes.
"Planos que não são da sua conta, independentemente de quem envolvam."
"Eu tinha ouvido rumores de que ele estava envolvido com alguém antes, mas não pensei que seria... você." Ela disse com um risinho, o tom abrasivo. Harry quis lançar um feitiço nela.
"Minhas – ou as – relações de Harry não são da sua conta."
"São quando eu estou interessada nele. Adoraria saber que poções você o fez tomar para que ele seja tão... leal." Ela disse. Ele podia ver de relance ela jogando o cabelo por sobre o ombro, assim como antes – exceto que agora ela parecia arrogante, em vez de flirtar.
Harry rangeu os dentes, os dedos coçando para pegar a varinha.
"Poções? Eu sou um mestre das artes das trevas. Por que você presumiria que eu perderia meu tempo com uma poção quando existem feitiços mais rápidos que fariam o mesmo efeito?" Snape perguntou zombeteiramente.
Ele teve que conter uma risada enquanto a outra professora engasgava em choque.
"Você... ele sabe o quão desagradável você é?" Ela perguntou.
A última gota de autocontrole de Harry se quebrou e ele deu um passo em torno da esquina. "Eu conheço meu amante muito bem, na verdade. Descobrir que você é uma pessoa desagradável é uma surpresa, no entanto." Ele disse alegremente, entrando no espaço pessoal de Snape e enlaçando um braço ao redor da cintura do outro homem.
Severus ficou tenso por alguns segundos antes de relaxar e se inclinar nele.
"Oh! H-Harry! Nós estávamos apenas..."
"Discutindo como Severus estava me coagindo a namorar com ele, eu ouvi. Não sei o que você não entende sobre eu ter te recusado, mas deixe-me ser claro – vá se ferrar. Eu não estou interessado, e não estaria mesmo se eu fosse solteiro." Ele sibilou, furioso em defesa de seu amante crescendo constantemente. Dedos pressionando suas costas, escondidos da vista, mas...
Ramona balbuciou algo, e Harry balançou a cabeça. "Esqueça. Estou namorando o homem mais brilhante que já conheci, um que me faz incrivelmente feliz, e você acha que tem uma chance, porque você é o quê? Bonita? Porque eu gosto de ruivas? Por favor. Me poupe." Ele sibilou. "Vou contar a Minerva sobre isso, a propósito, e vou dar depoimento sob Veritaserum, tanto sobre isso quanto sobre o que aconteceu mais cedo." Ele declarou.
"Saia." Severus disse simplesmente – uma palavra conseguiu o que o discurso de Harry não conseguiu – ela girou e praticamente fugiu.
Harry tentou se virar para enfrentar seu amante, mas descobriu que não conseguia – Severus o estava pressionando muito perto, segurando-o com muita força. O homem deixou sua cabeça cair fortemente no ombro de Harry, o suficiente para que ele grunhisse – isso tinha que ter machucado o Sonserino também. "Severus?" Ele perguntou baixinho – ele foi ignorado, por vários momentos, ficando parado no aperto de ferro em que se encontrou.
"Eu... te faço feliz?" Severus finalmente disse – sua voz não soava nada como Harry esperava. Ele parecia quase infantil, tão dolorosamente inseguro que Harry queria chorar.
Ele engoliu em seco. "Eu... sim? Claro que sim. Você deveria saber disso." Ele disse – porque certamente o outro homem tinha que saber o quão estupidamente feliz Harry estava, como de alguma forma o homem mais velho lhe dava exatamente o que ele precisava, exatamente quando ele precisava.
Severus fez algum tipo de som que Harry não conseguiu identificar, não realmente. Seu abraço ao redor de Harry apertou ainda mais, e ele percebeu que o outro homem não estava prestes a soltar – ou se mover.
"Vamos, vamos para seus aposentos." Ele incentivou, gentilmente. Surpreendentemente, o homem mais velho veio de bom grado, embora mal tenha soltado Harry o suficiente para andar.
Assim que a porta se fechou atrás deles e estavam na sala de estar do outro homem, Harry se viu pressionado contra a porta. Ele meio que esperava ser beijado até perder os sentidos de novo, mas não – Severus simplesmente o segurou, o queixo desconfortavelmente pressionado no ombro de Harry. "Severus?" Ele verificou gentilmente – sem resposta. O homem mais velho deixou-se ser empurrado para trás, pelo menos, quando Harry tentou. Havia algo... perturbado em sua expressão, embora Harry não soubesse o que era. "Por favor, fale comigo." Ele pediu, esperando não soar tanto como uma criança quanto ele achava que soava.
Severus bufou. "Sobre o quê?" Ele perguntou, a voz um pouco áspera.
"Sobre o que está acontecendo."
"E o que seria isso?" O outro homem perguntou quase zombando.
"Eu... não sei? É por isso que estou perguntando." Ele disse.
Severus riu fracamente. "Você nunca parece saber, não importa o quão óbvio seja, não é, Harry?" O outro homem perguntou.
Ele abriu a boca para protestar, mas... será que o outro homem estava errado?

Blowing Smoke [TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora