Estabelecendo-se

171 30 1
                                    

A primeira coisa que Sirius notou ao acordar foi uma dor de cabeça intensa.

A segunda foi que não conseguia se mexer. Em pânico, começou a lutar, tornando-se gradualmente consciente de que estava sentado em uma cadeira, seus braços amarrados o imobilizando.

Estava escuro, mal conseguia enxergar... ele não conseguia...

Snape: Pelo amor de Merlin, Black, abra os olhos.

Sirius: O quê?

Ah.

Sirius piscou diante da luz súbita, pontos flutuando brevemente enquanto suas pupilas se ajustavam à mudança. Snape estava parado a alguns metros de distância, expressando uma mistura de irritação e preocupação.

Snape: Acho que você pode ter sofrido uma concussão - disse com uma carranca. - Ou então você é mais estúpido do que eu lembrava.

Sirius tentou encará-lo de volta, mas a dor de cabeça o fez mais careta do que outra coisa.

Snape: Aqui, beba isso - Snape trouxe um cálice aos lábios de Sirius. - É para sua cabeça.

Sirius virou a cabeça abruptamente. - Você quer dizer que é veneno!

Snape: Não, seu idiota. É uma poção de cura. Por que eu te envenenaria? Você estava apenas inconsciente. Se eu quisesse você morto, você já estaria.

Bem, ele não podia negar essa lógica, mas ainda assim não beberia aquela poção.

Sirius: Eu não aceitarei nada de um maldito Comensal da Morte.

Nesse momento, Severus ergueu uma sobrancelha e afastou o cálice, ainda cheio.

Snape: Comensal da Morte?

Sirius: Sim - disse, encarando-o com um olhar duro. - Eu segui o Pedro até aquela casa com aquele outro Comensal da Morte, e lá estava você com eles, pronto para me atacar e me trazer aqui. Seja lá onde for esse lugar. Não sei qual é o seu plano, assassino, mas eu prometo que não facilitarei para você. Então, pode pegar sua poção e...

Snape revirou os olhos novamente para ele, e Sirius continuou a lançar olhares de desdém até que o outro homem se afastou e gesticulou em volta da sala.

Snape: Parece familiar, Black? Deveria, considerando quantas vezes você foi enviado aqui por mau comportamento durante seus anos escolares.

Pela segunda vez desde que acordara, Sirius piscou para clarear sua visão, desejando que sua mente entendesse o que estava vendo.

Sirius: Este é o escritório de Dumbledore - disse, olhando ao redor, confuso e maravilhado.

Severus aplaudiu de forma lenta e irônica.

Sirius: Mas eu... é um truque.

Snape: Não é um truque, seu idiota. Eu te trouxe aqui.

Sirius: Por quê?

Snape beliscou a ponta do nariz com impaciência.

Snape: Perguntei-me isso várias vezes na última hora, acredite em mim.

Sirius olhou ainda mais furioso, completamente confuso sobre o que estava acontecendo.

Snape: Você seguiu o Pettigrew até aquela casa, disse?

Sirius: O outro cara aparateu com eles lá. Eu os rastreei.

Snape: O que você parece não perceber é que o próprio Voldemort também estava lá.

Sirius: Voldemort está morto - argumentou.

Snape: Infelizmente não. Ele está vivo, mas enfraquecido. Pettigrew estava agindo como parte de um pequeno grupo lutando contra ele. Assim como eu. Não posso te contar mais sobre isso no momento. Tenho certeza de que o diretor vai lhe explicar, mas para resumir, Voldemort capturou Pettigrew. Dumbledore e eu fomos buscá-lo, lutamos contra o Lorde das Trevas e seus seguidores, incapacitando-os. Ambos estão agora nas mãos dos Aurores e a caminho de Azkaban, e você estaria lá também se eu não tivesse te tirado de lá - disse com um suspiro resignado.

Luna Lovegood e o Diário do Lorde das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora