Justiça

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A tensão no ar era palpável; todos reunidos na sala podiam sentir. Apesar das melhores intenções do diretor, o que começou como uma discussão pacífica transformou-se quase em um julgamento, cada um argumentando a favor e contra o recém-resgatado Pettigrew.

Sirius cerrava os punhos com raiva, parecendo pronto para socar algo. Se ele ainda tivesse uma varinha, provavelmente estaria lançando feitiços agora.

Sirius: ELE MATOU JAMES E LILIAN! - gritou. - ELE TENTOU MATAR HARRY! E TODOS AQUELES TROUXAS. ELES NÃO MERECEM JUSTIÇA? SE NÃO O MATARMOS, ELE MERECE IR PARA AZKABAN. PASSEI DOZE ANOS NAQUELE LUGAR POR SEUS CRIMES!

Tom: Voldemort matou os Potters - apontou, grato por terem sido convidados para participar dessa discussão, em vez de serem mandados embora por terem sido pegos espionando. Claramente, Pedro precisava de algumas pessoas do seu lado. - Então, tecnicamente, eu poderia ser considerado mais responsável do que ele.

Fred: Você não é responsável pelas ações de Voldemort - insistiu.

Lupin: Foi a traição de Pedro que levou à morte de James e Lilian - rosnou, tão irritado quanto Sirius. - Ele deve confessar seus crime.

Snape: Isso certamente limparia o nome do Black - ressaltou. - Devolveria a liberdade a ele.

Os olhos de Sirius se arregalaram de surpresa antes de lançar um olhar fraco para o outro homem, irritado que seu antigo rival da escola estivesse do seu lado. Por que Snape não podia ser apenas um idiota para que ele pudesse continuar odiando-o sem interrupções? Por que ele tinha que complicar as coisas? Por que ele... Snape simplesmente mostrou a língua para ele?

Severus virou a cabeça rapidamente, suprimindo uma risada diante do olhar perplexo de Black. Ele realmente precisava parar de se envolver com essas crianças; isso estava tendo um efeito terrível em sua personalidade.

Tom lançou um olhar duro para Sirius, posicionado entre o homem enfurecido e Pedro, quase como um guarda.

Tom: Ele merece uma chance de redenção. Ele tem nos ajudado.

Luna assentiu em concordância, virando-se para Pedro com um olhar implorante.

Luna: Ele está arrependido pelo que fez. Diga a eles, Sr. Pettigrew, você não está arrependido?

Todos os olhos se voltaram para Pedro, uma mistura de esperança e ódio nos olhares. Pedro olhou para cima, encontrando cada um deles. Foi preciso toda a sua coragem grifinória para encarar Sirius e Remus novamente, para enfrentá-los de frente e aceitar a realidade dos crimes que havia cometido contra seus amigos.

Estranhamente, foi preciso ainda mais coragem para olhar para a jovem aluna ao lado de seu Mestre, olhos gentis e cheios de um perdão que ele tinha certeza de que não merecia. Ele se perguntou se ela sabia que ele uma vez se ofereceu para matá-la. Isso o fez se sentir mal.

Cinco minutos se passaram em silêncio enquanto Pedro considerava cada pessoa à sua frente, refletindo sobre cada decisão que havia tomado e sobre as consequências que enfrentou, e não enfrentou, desde então.

Pedro: Sinto muito... - admitiu, olhando para os amigos para não ter que encarar o olhar encorajador dos alunos. - ... Sinto muito, muito mesmo. Sei que fiz algo terrível. Não posso justificar. Não agora. Na época, pensei... pensei... - Pedro fechou os olhos em angústia, desejando poder explicar a eles como havia caído tão baixo a ponto de trair seus amigos daquela maneira.

Houve uma pausa tensa enquanto Pedro reunia coragem, sabendo o que precisava fazer.

Pedro: Sinto muito - repetiu. - É por isso que concordo com Sirius e Remus. Tenho que confessar meus crimes e limpar o nome de Sirius.

Luna Lovegood e o Diário do Lorde das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora