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Any Gabrielly

Desço as escadas sentindo o cheiro do Bacon sendo frito e vejo minha mãe conversando no celular. Deixo minha mochila sobre o sofá e sigo até a cozinha, pegando a espumadeira e a frigideira da sua mão, ajudando a mesma a finalizar o café da manhã.

Minha mãe deposita um beijo na minha cabeça, seguindo até a sala onde com uma mão ela arruma os papéis do seu trabalho, os colocando dentro da pasta.

Depois que frito o Bacon coloco o alimento no prato da minha irmã que come enquanto assiste algo no seu Tablet.

— Come. - Ordeno ao baixar o Tablet com o dedo.

— Já vai começar? - Minha irmã questiona ao me olhar com o rosto baixo, com aquele olhar de quem me odeia.

— Você vai se atrasar pro colégio.

— E daí? A mamãe sempre me leva mesmo.

— Any, eu recarreguei seu cartão do ônibus! -  Minha mãe grita da sala.

— Ok, obrigada.

Minha mãe sorri levemente, voltando a falar no telefone enquanto organiza os papéis.

Frito mais Bacon e faço ovos mexidos, os colocando no prato quando minha mãe se senta ao lado da minha irmã.

— Você é a melhor. - Minha mãe diz ao pegar o garfo e comer um pouco do omelete ainda falando ao telefone.

Sirvo o meu prato e como em pé, já vendo que se não me apressar vou perder o ônibus. Lavo a louça rapidamente e pego minha mochila, seguindo pra fora de casa.

— Achei que estava adiantada, mas parece que você quem está atrasada.- Sabina diz ao olhar seu relógio.

— Desculpa aí, eu tive que preparar o café da manhã. - Informo ao colocar a outra alça da mochila no ombro. — Ah, minha mãe recarregou o meu cartão, eu pago pra você hoje. - Informo Hina que assente.

— Eai, como você está? - Sabina questiona ao envolver seu braço no meu pescoço.

— No que se refere?

— Ao fato de ter que fazer o trabalho de Artes com a pessoa que você mais odeia no mundo.

— Estou tentando focar que preciso da nota máxima em Artes pra ingressar na faculdade. O resto é só detalhe. - Digo como um mantra pra mim.

— Você é corajosa, eu não teria paciência... - Sina diz ao cruzar os braços.

— Eu não tenho alternativa, se eu tiver que fazer trabalho com todas as pessoas arrogantes e sem um pingo de compaixão daquela escola, eu farei. Eu preciso entrar na faculdade a todo custo.

— Você tá se forçando demais, relaxa, você é inteligente e vai conseguir entrar em uma faculdade.- Hina garante.

— Que os diretores das universidades te ouçam.

— Pra onde quer ir? - Sina questiona quando chegamos ao ponto de ônibus.

— UCLA.

— Tá zoando?! - Sabina diz ao segurar meus ombros.

— O quê foi?

— Eu quero muito ir pra lá!- Sabina exclama ao me sacudir.

— Eu também quero ir pra UCLA.- Hina diz com um sorriso simples.

— Eu e a Heyoon também!- Sina diz animada.

— Já que querem ir pra UCLA, terão que esforçar, pois é difícil entrar naquela faculdade com uma carta de recomendação, imagina sem. - Informo fazendo o sorriso de Sabina sumir. — É exatamente o quê você está pensando Hidalgo, se não colocar a cabeça nos livros e continuar dormindo nas aulas você não vai pra UCLA.

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