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Any Gabrielly

Entramos na cabine, e me sento em um dos bancos enquanto Josh sentado no banco em minha frente, e a porta do brinquedo se fecha.

— Nada melhor do que ver o Pier de Santa Mônica a noite.

— Por que se sentou do outro lado? - Josh questiona de imediato, me encarando com uma expressão desapontada.

— Pra equilibrar a cabine. - Digo simples.

— Que se foda o equilíbrio dela, vem pra cá.

Suspiro cansada, me levantando e sentando ao seu lado.

— Pronto.

— Agora sim. - Afirma, levando sua mão a minha coxa.

— Acho que sua mão tem um imã com a minha coxa.

Era pra ser um pensamento meu, mas meu cérebro quis expulsar e se tornou uma frase dita pela minha boca.

— É mais forte do que eu.

Dou risada, me encostando no banco.

Olho ao redor, vendo a paisagem linda daqui de cima. Não teria outro lugar que quisesse morar além da Califórnia.

Quando morávamos no interior, não tínhamos nada disso, praias, parques de diversão, shopping e etc. Tudo isso era só imaginação. Não lembro muito disso pois era muito pequena, minha memória é mais forte depois de me mudar pra aquela casa.

Foi onde conheci minhas amigas, frequentei um colégio e me adaptei melhor a essa rotina. Depois que meu pai morreu, a minha rotina se tornou outra.

— Está gostando? - Josh me tira dos meus devaneios repentinos.

— Tô, aqui em cima é tão calmo e bonito. Acho que quero ficar aqui pra sempre. - Afirmo, o fazendo rir.

— Pode ficar se quiser.

— Não dá, tem pessoas esperando pra se pegarem nessa cabine.

— Como você sabe que elas vão se pegar aqui dentro?

— E a roda gigante serve pra outra coisa?

— Então, se é por isso... - Josh diz ao se aproximar, selando nossos lábios em um beijo urgente, como se ele almejasse isso há horas.

Retribuo o beijo sem reclamações, suspirando contra seus lábios quando borboletas invadem meu estômago, causando um alvoroço nele.

É assim que me sinto toda vez que estou com Josh, sinto que meu estômago virou um borboletário repleto de borboletas inquietas.

Quando Josh fianliza o beijo, instintivamente me movo pra frente, querendo mais. Ainda bem que Josh não percebeu isso.

— Espero que esteja aproveitando sua liberdade. - Diz enquanto sua mão permanece na minha nuca, enquanto seu polegar acaricia minha bochecha.

Esses toques, esses beijos, esses momentos não deveriam ser tão marcantes pra mim, nós não temos anda, só desestressamos em forma de pegação, só isso.

Só que os toques dele me fazem relaxar, os lábios dele tem um poder calmante e seu corpo tem um imã que me puxa com força pra perto do seu corpo. Eu sou praticamente uma folha lutando com o vento da tempestade, qual é a chance de vitória nesse caso?

— Depois da roda gigante você vai querer ir em outro brinquedo? - Josh questiona, me tirando dos meus devaneios.

— Acho que não.

— Tudo bem.

Josh envolve seu braço na minha cintura enquanto observo a paisagem, vendo as estrelas que me lembram meu pai. Quando era criança, eu via a estrela mais brilhante no céu e conversava com ela, achando que era meu pai.

IntentionsOnde histórias criam vida. Descubra agora