Intentions

074

Any Gabrielly

Sento na borda da piscina, vendo Josh nadar até mim, parando entre minhas pernas.

— Se refrescou? - Questiona ao pousar sua mão na minha coxa, apertando a mesma.

— Um pouco. - Digo, prestando atenção nos seus lábios.

Que inferno, não consigo me concentrar quando estou com ele.

— Se eu convidasse você pra sair, você iria?- Questiona, acariciando minha coxa.

— Depende, pra onde seria?

— Um parque de diversões. Topa?

— Assim, do nada?

— Me deu vontade de ir em um parque de diversões, e queria que você fosse comigo. - Justifica.

— Então tá. Eu aceito.

— Vamos sair as oito. Tudo bem?

— Quanto tempo ainda até lá? - Questiono procurando meu telefone.

— Umas quatro horas.

— Ótimo.

Josh deixa seu telefone de lado, se aproximando dos meus lábios, iniciando um beijo lento, sem malícia, somente um beijo.

Se fosse um beijo com malícia eu não diria nada, pois Josh é assim, ele sempre vai pro lado da malícia. Mas o mesmo não está agindo assim, e eu não sei lidar com isso.

— Quer tomar alguma coisa? - Questiona ao depositar um beijo no meu ombro.

— O quê você sugere?

— Um drink com Morango. Aceita? Meu irmão me ensinou a fazer esse drink tem algum tempo.

— Me parece bom.

— Beleza, eu já volto. - Diz ao sair da piscina, seguindo pra dentro da sua casa.

Brinco com meus pés na água, enquanto penso em coisas aleatórias. Minha mãe vem em minha mente de repente, o quê será que ela está fazendo agora? Como será que ela está se virando com a minha irmã? Será que ela lembra que tem outra filha?

Talvez não, só quem importa pra ela é a Isabela.

Afasto esses pensamentos, pois não quero estragar meu dia, por incrível que pareça, está ótimo. Quem diria que eu, uma aluna exemplar, estaria matando aula pra ficar na piscina do vizinho.

— Aqui, sua bebida. - Josh diz ao se sentar do meu lado, entregando o copo pra mim.

— Valeu.

— Prova aí, se ficou ruim a culpa é do Jonah, ele quem me ensinou errado. - Se defende, me fazendo rir.

Bebo um gole da bebida, sentindo a mistura de morango, cabela e um pouco de gengibre.

— Wow, nunca imaginei uma combinação como essa.

— Gostoso né?

— Muito, e ainda é refrescante.

— Como é bom ter a casa só pra mim.

— Digo o mesmo. - Afirmo, o fazendo  rir.

— O quê quer almoçar?

— Não sei, o quê sugere?

— Talvez devemos pedir uma comida. Assim ninguém cozinha.

— Acho plausível. - Afirmo, o fazendo rir.

Sua mão pousa na minha coxa e diferente das outras vezes, sinto um toque menos provocante do mesmo, como um carinho sutil. Assim como fez na escola, seu toque foi diferente.