Gabi narrandoSexta-feira 12:45
Começamos a subir o morro mas chegamos a conclusão que não fazíamos ideia de onde ficava o restaurante da Rosa, e ainda para ajudar não tinha ninguém na rua para pedir informação, a não ser um cara saindo de um beco qualquer com um fuzil nas costas.
sé vocês pensaram que eu não iria pedir informação para ele se enganaram. Abaixei o vidro e chamei.
Eu: Ei, você do fuzil, me dá uma informação aqui - Falo e vejo Bifão rir da minha cara, já o guri deu uma risadinha e falou.
Desconhecido: Porra achei bem Zika uma patricinha pedir ajuda para um traficante.
Eu: Primeiramente não sou uma patricinha e segundamente deixa de ser babaca e me ajuda vai - Falo e ele rir - Me fala como faz pra chegar no restaurante da Rosa.
Desconhecido: Claro que ajudo docinho - falou olhando nos meus olhos - Estou indo pra la agora almoçar, me da uma carona ai e ficamos quites.
Eu: Claro entra ai - Ele vai pra abrir a porta de traz mas está trancada, dou uma gargalhada e digo - Mas por favor sem essas cantadinhas fajutas de pedreiro - Ele concorda e entra.
Desconhecido: Muito corajosa você de deixar um cara armado entra no seu carro, e você vai subir o morro direto e virar a próxima esquerda lá em cima - Ele falou e eu parei o carro no meio do morro e olhei para trás vendo ele com cara de assustado.
Eu: Não tenho medo - Falei grossa - Ja estou acostumada.
O carro ficou em silêncio por alguns míseros segundos até Bifão abri a boca.
Bifão: Nossa o clima pesou né - Deu uma risadinha sem graça - Me chamo Beatriz, mas me chamam de Bifão e qual teu nome - perguntou olhando para trás.
Desconhecido: Neto - Falou e eu olhei pelo retrovisor.
Bifão: Ah para, perguntei seu nome não sua vulgo.
Neto: Ta eu falo meu nome mais só se tua amiga marrenta ai falar o nome dela - Dito isso foi a vez da Bifão me olhar profundamente e me da um soco leve no ombro.
Demorou alguns segundos ate eu abrir a boca.
Eu: Me chamo Gabriela Rippi, mas me chamam de Rippi ou até mesmo Gabi - Falei e ele sorriu.
Neto: Agora sim - deu uma gargalhada - Me chamo Caíque Neto e por sinal já estamos chegando - Falou apontando para a frente.
Assim me dando vista de uma rua bem larga com várias crianças jogando bola e um restaurante bem bonitinho e aconchegante com uma placa em cima bem grande escrito "Restaurante da Rosa" olhar aquela cena me veio um rápido flashback de minha infância, eu correndo por ali com algumas outras crianças isso acabou fazendo eu abri um pequeno sorriso.
Neto: Oh marrentinha pode estacionar ali - Apontou para uma vaga q tinha perto do restaurante.
Eu: Gostei do apelidinho - dei uma risada enquanto estacionava o carro - Aeh Bifão, vamos fumar um cigarro antes de ir falar com Tia Rosa - Dito isso Neto fez uma cara de chocado muito engraçado.
Bifão: Eu animo - Falou isso e eu vejo q geral ta olhando pro carro, deve ser pq ele é completamente preto.
Neto: Porra não sei com oq to mais chocado - Falou e eu rir do seu tom de voz - Se é pelo fato de duas Patricinhas fumarem, pelo fato de Rosa ser sua tia ou se é pelo fato de todo mundo ta encarando seu carro - Dou uma risada da cara dele após ele falar.
Eu: Não somos patricinhas ja falei, e longa história esse negócio da Rosa e vão olhar mais ainda quando o Gerente sair do carro - Olho pra traz e ele levanta uma sobrancelha
Neto: Como vc dabe que sou Gerente do morro sendo que não falei.
Bifão: Ja moramos na favela antes então conhecemos bem - Falou e ele apenas concordou.
Neto: agora vamos que também quero fumar e almoçar, não tenho o dia todo madames - Dito isso saiu do carro e várias pessoas olharam mais ainda pro carro agora estão cochichando.
...
Espero que estejam gostando, o meu jeito de escrever é bem detalhado então talvez demore um pouquinho para sair capítulos novos, é isso, Beijinhos
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No Complexo do Alemão
RomanceMe chamo Gabriela tenho 24 anos, moro em São Paulo e faz dois meses que minha mãe morreu, meu pai nunca conheci pois sou filha de estupro! Sim é um historia pesada mas acontece, vou me mudar de São Paulo com minha melhor amiga para ir morar no compl...