Eu chego na D.P e logo sou recepcionada por Chris.

-- Oi branquela. Estavamos pensando sobre aquele caso, tudo aponta para a namorada dele -- Ele diz e eu balanço a cabeça em concordância.

-- Pensei que só eu tinha pensado nisso... O depoimento dela é inconsistente -- Respondo e vejo o sargento se aproximando.

-- Podemos conversar, detetive O'Connell?-- Pergunta e eu concordo, logo ele se afasta em direção a sua sala.

-- Chamou pelo sobrenome... É algo serio -- Chris diz e eu suspiro

Eu suspiro, sentindo o peso das palavras de Chris. Quando o sargento chama alguém pelo sobrenome, geralmente significa que a conversa não vai ser leve. Eu aceno de leve para Chris antes de seguir em direção à sala do sargento. Ele já está sentado atrás da mesa quando entro, e seu olhar sério só confirma minhas suspeitas.

-- Feche a porta, detetive O'Connell --ele diz com a voz firme, e faço o que ele pede. Sento-me na cadeira em frente a ele, tentando manter a calma.

-- O que houve, sargento?-- Pergunto, esperando o pior.

-- É sobre o caso... E sobre como você está conduzindo as coisas -- ele começa, e sinto meu estômago revirar. -- Precisamos discutir a abordagem e também algumas questões pessoais que estão interferindo no seu trabalho.

-- Questões pessoais?-- Questiono e ele concorda minimamente.

-- Não só eu, mas alguns de seus colegas têm dito que você anda um pouco mais... Emocional... Por muitas vezes vem passando mal e, bom... Acredito que isso esteja interferindo em seu desempenho... Esta acontecendo alguma coisa que gostaria de compartilhar? Talvez possamos resolver -- Ele diz calmamente

Eu sinto um aperto no peito ao ouvir as palavras do sargento, meu instinto imediato é negar, dizer que está tudo bem. Mas sei que ele não diria isso sem uma razão. Respiro fundo, tentando manter a compostura.

-- Não... Não acho que haja algo que precise ser resolvido, sargento -- começo, escolhendo as palavras com cuidado. -- Sim, estou passando por algumas mudanças pessoais, mas estou lidando com elas. Não acho que isso tenha interferido no meu trabalho de forma significativa.

Ele me observa por um momento, os olhos analisando cada detalhe.

-- Entendo, mas é importante que, se precisar de algo, você se sinta à vontade para pedir. Nosso trabalho já é pesado o suficiente sem adicionar mais pressão. Então, se tiver algo que queira discutir, ou até mesmo tirar um tempo, as portas estão abertas.

Assinto lentamente, sem saber ao certo como responder.

-- Eu agradeço, sargento. Prometo que, se precisar de algo, vou avisar.

Ele me dá um leve aceno de cabeça antes de mudar de assunto.

-- Agora, sobre o caso... Vamos revisar o depoimento da namorada da vítima.

Apos uma longa discussão sobre o caso, e ambos chegarmos a mesma conclusão, eu saio da sala dele. Chris disfarça no exato momento em que abro a porta.

-- Pare de bisbilhotar -- Digo tentando parecer seria.

-- Não estava bisbilhotando... O que... O chefe queria?-- Pergunta curioso

-- Me pedir um nome para por em primeiro na lista de demissão e eu dei o seu -- Digo brincalhona

-- É serio branca de neve!-- Ele diz risonho

-- Falar sobre questões pessoais minhas -- Dou de ombros

-- Você esta grávida -- Ele constata

-- O que?!-- Pergunto levemente surpresa. Como ele sabe?

Silent Obsession (Billie/You G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora