(...)
-- Beijo... Até mais tarde babe -- Digo, selando meus lábios aos de S/n.
-- Tchau minha princesa -- Ela diz sorrindo contra meus lábios.
Nós nos despedimos e então ela se afasta, atravessando a rua após olhar para os dois lados.
-- Você parece bem relaxada heim?!...-- A voz de Chris se faz presente.
-- Sai daqui, seu pervertido -- Falo rindo, enquanto empurro seu ombro.
-- Eu sabia! Sua coelhinha, por isso desapareceu no horário de almoço -- ele diz e eu dou risada negando com a cabeça.
-- Você não tem jeito, Chris...-- respondo rindo. -- A gente só almoçou, tá bom?
Ele levanta as sobrancelhas, claramente duvidando de mim.
-- Aham, claro, só almoçou... E eu sou o Papa.
Reviro os olhos, tentando mudar de assunto enquanto seguimos de volta para a delegacia.
-- Você devia focar no trabalho e parar de fofocar. Temos muito o que investigar hoje.
Chris ainda me olha com aquele sorriso travesso, mas ao menos finge estar sério.
-- Claro, chefe, sem mais fofocas... por enquanto.
Ele ri baixinho, me seguindo
-- Eu estava pensando. Talvez estamos interpretando tudo errado... Nós encontramos o corpo de Martin e ja interpretamos que ele era a vítima. Mas agora, com Madalene, tudo indica que ele estava envolvido em coisa errada... E se a mulher que o matou, foi mais uma vítima e agora esta se escondendo por medo?-- Chris sugere.
-- Pode ser uma possibilidade, sim -- respondo, ponderando sobre o que ele disse. -- Se Martin estava realmente envolvido em atividades ilícitas, isso poderia explicar por que Madalene se viu em uma situação tão complicada.
Chris balança a cabeça em concordância.
-- E se ele tivesse algo que poderia incriminá-la ou a mantinha sob controle? Talvez a mulher que o matou não tenha tido escolha.
-- Exatamente. Se essa mulher estava presa em um ciclo de abuso ou chantagem, a última coisa que ela poderia querer era ser descoberta -- digo, começando a sentir a conexão entre os casos. -- Precisamos descobrir mais sobre o passado de Martin e a relação dele com Madalene. Isso pode nos levar a respostas.
-- Vamos ver o que conseguimos descobrir no relatório de Madalene -- Chris sugere. -- E talvez conversar com alguém que a conhecia possa ajudar também.
-- Ótima ideia. Vamos para a sala de evidências e ver o que encontramos -- digo, já imaginando quais pistas poderíamos descobrir.
(...)
-- O que... O que sabem sobre o assassinato da minha filha?-- A mulher pergunta, secando suas lágrimas com um lencinho.
-- Senhora Silveira... No momento as pistas são escassas... Precisamos da sua ajuda -- Eu digo, tendo cautela com minhas palavras. Ela ja fez o reconhecimento do corpo de Madalene. Foi um momento comovente.
-- Estamos aqui para entender o que aconteceu e encontrar quem fez isso com sua filha -- continuo, tentando manter a compostura diante da dor visível da mulher. -- Qualquer detalhe que você lembrar sobre Madalene pode ser importante. Vocês notaram algo estranho antes do desaparecimento dela? Alguma mudança de comportamento ou alguém suspeito?
A mulher respira fundo, tentando controlar a emoção.
-- Não... Madalene era uma garota de luz. Ela estava empolgada pois havia conseguido uma bolsa de estudos em sua faculdade dos sonhos... Ela só tinha dezenove aninhos...
-- Entendo -- digo, tentando mostrar empatia. -- É normal que os adolescentes passem por mudanças, mas se ela estava tão feliz com a bolsa de estudos, pode haver algo mais que ela não compartilhou. Você tem ideia de quem eram os amigos dela? Ou se ela mencionou alguém específico que estava se aproximando?
-- Antes... Antes de desaparecer... Ela mencionou que estava se sentindo perseguida quando voltava da academia. O pai dela passou a leva-la e a busca-la todos os dias... E teve o fatídico dia em que meu marido ficou horas parado em frente a academia, e ela simplesmente não saia...
-- Isso é um ponto crucial -- digo, fazendo anotações rápidas. -- Você sabe se ela mencionou alguém em particular que a deixava desconfortável? Alguém que a seguia ou a observava? Isso pode nos ajudar a identificar a pessoa que estava causando esse medo.
A mulher respira fundo, parecendo cada vez mais angustiada.
-- Ela não me contou muitos detalhes, mas mencionou um homem que sempre parecia estar por perto. Ela achou que era só sua imaginação, mas, com o tempo, ficou preocupada. Era como se ele a estivesse seguindo. Eu deveria ter prestado mais atenção...
-- É compreensível sentir que poderia ter feito mais. Mas agora precisamos dessas informações. Esse homem, você consegue se lembrar de como ele era? Alguma característica específica?-- pergunto, mantendo o foco.
-- Ela descreveu um cara alto, de cabelo escuro, e disse que ele sempre usava uma jaqueta de couro. Às vezes, ele estava de bicicleta, outras vezes apenas caminhando. Nunca soube o nome dele -- ela responde, as lágrimas voltando a encher seus olhos.
-- Essa descrição pode ser útil. Vamos investigar sobre ele -- digo, tentando oferecer um pouco de esperança. -- A senhora alguma vez já viu esse rapaz?-- Pergunta e ela concorda
-- Eu vi ele uma vez quando fui com meu marido buscar Madalene... Era um homem muito mais velho, ele devia ter por volta de uns cinquenta anos...-- Ela diz tentando se recordar.
-- Sabe me dizer se esse homem é ele?-- Eu coloco uma foto de Martin sobre a mesa. Ela analisa a imagem por alguns segundos e então concorda com a cabeça.
-- Sim, é ele mesmo... Esse era o homem que estava seguindo minha filha -- Ela diz convicta
-- Isso é uma informação muito valiosa -- digo, anotando rapidamente. -- Agora temos um ponto de partida. Precisamos investigar a relação de Martin com a Madalene e se ele tinha alguma ligação com as atividades dela.
A senhora Silveira suspira, claramente abalada.
-- Mas o que ele queria com ela? Por que ela foi escolhida?
-- Essa é uma das perguntas que precisamos responder -- respondo, tentando ser o mais tranquilizadora possível. -- Vamos explorar todas as possibilidades. Se ele a estava seguindo, pode haver mais pessoas envolvidas. Alguém que conhecia Martin ou que também possa estar atrás dela.
Ela olha para mim, seu olhar cheio de esperança e desespero ao mesmo tempo.
-- Eu só quero que isso acabe. Que a verdade venha à tona. Minha filha não merecia isso.
-- Vamos fazer o nosso melhor para descobrir o que aconteceu -- digo, tentando reforçar a determinação dela. -- Se você lembrar de mais algum detalhe sobre Madalene, não hesite em nos contatar.
Após nos despedirmos, saímos da sala de interrogatório. Chris e eu trocamos olhares, e ele quebra o silêncio.
-- Acho que temos uma direção agora. Precisamos juntar tudo que sabemos sobre Martin e ver se há alguma conexão com outros casos. Ele estava por trás de algo maior, tenho certeza.
-- Sim, e precisamos encontrar testemunhas que possam ter visto Martin com Madalene ou que saibam mais sobre o que ela estava fazendo -- concordo. -- Vamos para a delegacia e tentar puxar o histórico dele. Se ele tinha algum envolvimento em atividades suspeitas, devemos conseguir encontrar algo.
Enquanto dirigimos, a tensão do caso se instala mais uma vez. A pressão para resolver o assassinato de Madalene é palpável, e não podemos nos dar ao luxo de deixar escapar qualquer pista. Chegamos à delegacia e começamos a revisar os arquivos de Martin, na esperança de encontrar respostas que levem até o verdadeiro culpado.
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Silent Obsession (Billie/You G!p)
FanficRecém-chegada a um bairro perigoso de New York, a detetive Billie enfrenta seu primeiro grande caso: o brutal assassinato de um homem que deixa a cidade em alerta. Enquanto mergulha na investigação, Billie encontra refúgio inesperado em sua nova viz...