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Théo estava aninhado contra mim, sua pele macia e quentinha se apertava contra o meu peito enquanto a água morna caía sobre nós, criando um som relaxante no banheiro. Eu segurava seu pequeno corpinho com cuidado, sentindo sua respiração suave e rítmica contra mim. De vez em quando, ele resmungava baixinho, sem abrir os olhos, ou levava o dedinho à boca, fazendo aquele som doce de sucção que parecia ecoar no ambiente.

Era uma sensação indescritível. A conexão entre nós dois era algo que eu nunca havia experimentado antes — a pureza e a confiança com que ele se aninhava, sabendo que estava seguro nos meus braços. O vapor da água criava uma atmosfera tranquila, e eu apenas ficava ali, sentindo o calor do momento e o peso da nova realidade que agora era a nossa vida.

S/n estava no quarto, arrumando tudo com uma eficiência carinhosa que me deixava sem palavras. Desde que Théo chegou, ela se tornou ainda mais dedicada, se isso fosse possível. Ela era simplesmente perfeita. Fazia questão de trazer as refeições na cama para mim, sabendo o quanto eu ainda estava me adaptando à maternidade. Quando eu precisava descansar, ela se oferecia para ficar com ele, me dando aqueles momentos de respiro, sem nunca reclamar, sem nunca demonstrar cansaço, mesmo que eu soubesse que ela também estava exausta.

Eu olhei para o rostinho de Théo, tão tranquilo em meus braços, e sorri. Ele era tão pequeno, mas tinha trazido uma transformação tão grande em nossas vidas. O amor que eu sentia por ele era avassalador, mas também, eu me sentia tão incrivelmente grata por ter S/n ao meu lado.

As lágrimas ameaçaram aparecer enquanto a realidade de tudo aquilo me atingia de novo. Nós éramos uma família agora. E com S/n cuidando de nós dois, eu sabia que Théo tinha tudo o que precisava para crescer cercado de amor.

-- Eu te amo, pequenino -- sussurrei, beijando o topo de sua cabeça molhada antes de desligar a água, já sentindo a saudade do calor de seu corpinho contra o meu. Sabia que, assim que saíssemos, S/n estaria pronta para recebê-lo, envolvê-lo em seu amor, assim como sempre fazia comigo.

E por um segundo, enquanto sentia a água escorrer de nossos corpos, me peguei pensando o quanto eu era sortuda por ter eles dois na minha vida.

Théo resmungou baixinho, esfregando seu rostinho contra mim, e em poucos segundos ele encontrou meu peito, começando a mamar com aquela fome tranquila de recém-nascido. Eu sorri, sentindo aquele pequeno puxão suave em minha pele.

-- Você é bem espertinho, hein?-- murmurei, rindo baixinho enquanto o observava. Era incrível como ele sabia exatamente o que fazer, e como cada momento parecia ser uma nova descoberta para mim também. -- Amor... pode me ajudar aqui?-- chamei, sabendo que S/n já estaria pronta para entrar em ação. Não demorou muito para que ela aparecesse na porta do banheiro, e eu senti o conforto imediato de saber que ela estava por perto.

-- O que foi, princesa?-- ela perguntou com aquele tom carinhoso, me chamando pelo apelido que sempre me fazia sorrir, mesmo nos momentos mais simples.

-- Théo decidiu que é hora do jantar -- expliquei, ainda com um sorriso nos lábios. -- Pode me ajudar com a toalha?

S/n assentiu com aquele olhar tranquilo e amoroso, pegando a toalha com a mesma delicadeza de sempre. Ela se aproximou, pronta para envolver Théo assim que ele terminasse, e eu não conseguia deixar de me sentir grata por tê-la ao meu lado, especialmente em momentos como esse. Ela era o suporte que eu nem sabia que precisava, mas que fazia toda a diferença.

Depois de me trocar no closet, optando por uma das camisas de S/n e minha calcinha, voltei para o quarto e me deparei com uma cena que quase me fez rir alto. Théo estava vestindo um macacãozinho do Homem-Aranha, o mesmo que S/n insistiu para comprarmos, dizendo que ele ficaria adorável.

Silent Obsession (Billie/You G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora