-- Bom, por favor, não acorde durante a madrugada, eu estou com expectativa de 'namorar' um pouquinho com a sua mamãe...-- Falo quase em um sussurro, colocando Théo no bercinho dele.
Após verificar se a baba eletrônica estava ligada, ascender o abajur em uma luz fraca, eu me direciono para o meu quarto.
Billie estava sentada na cama, lendo um livro sobre algum caso criminal aleatório.
-- Ele dormiu?-- Billie pergunta ao ouvir o barulho da porta.
-- Como um anjinho -- Respondo e ela sorri de lado.
-- Estou com uma dor de cabeça tão irritante -- Ela diz fechando seu livro e o deixando sobre a mesa de cabeceira. Eu suspiro sabendo que meus planos foram por água abaixo.
-- Quer que eu pegue um remédio para você?-- Pergunto, e ela concorda minimamente
Caminho até a cozinha, tentando não deixar transparecer minha frustração. Meus planos para a noite foram jogados de lado por uma dor de cabeça. Pego o remédio no armário e encho um copo de água, fazendo o caminho de volta para o quarto em silêncio.
Quando entro, Billie está deitada, esfregando as têmporas com os olhos fechados. Eu me aproximo e entrego o remédio e o copo a ela.
-- Obrigada -- ela murmura, tomando o comprimido e bebendo a água em goles pequenos.
Fico ali em pé por alguns segundos, observando-a. Queria fazer mais por ela, aliviar sua dor de algum jeito, mas ao mesmo tempo, eu queria mais do que apenas essa proximidade física; queria reconectar o que havíamos perdido nas últimas semanas.
-- Se quiser, posso te fazer uma massagem, tentar aliviar um pouco a dor...-- Ofereço, tentando encontrar uma maneira de ajudar.
Ela me olha com um sorriso cansado e assente.
-- Seria ótimo, na verdade.
Eu peço que ela deite de bruços, e quando o faz, eu me sento sobre sua bunda, começando a massagear suas costas com cuidado.
-- Eu esqueci de te dizer... O período de resguardo acabou tem quase um mês...-- Ela diz e suspira quando pressiono seus ombros que estavam tensos
-- Bom... Isso é bom -- Respondo baixinho
Billie solta um suspiro mais profundo quando minhas mãos descem pelas suas costas, relaxando sob meu toque.
-- É... É sim -- ela murmura, sua voz suave e ligeiramente arrastada pelo alívio que sente. Eu sorrio, vendo como ela parece mais tranquila.
-- Então, por que não me contou antes?-- Brinco enquanto continuo a massagem, pressionando os pontos mais tensos de suas costas.
-- Eu acho que... queria ver como você ia reagir. Além disso, andamos tão ocupadas com o Théo que... meio que passou batido -- ela responde com um leve riso, virando um pouco o rosto para me olhar.
-- Entendo -- digo, com um tom suave. Minhas mãos se movem mais devagar agora, apreciando o momento de paz entre nós.
-- Mas agora você sabe -- ela acrescenta com um sorriso no canto dos lábios, sua voz carregada de uma sugestão divertida. Eu dou uma leve risada, inclinando-me um pouco mais sobre ela.
-- Agora eu sei.
Quando percebo que ela estava totalmente relaxada, saio de cima de seu corpo.
-- Tava tão bom...-- Ela resmunga e eu riu baixo
-- Ainda não acabou... Faltam suas pernas -- Digo me sentando na cama -- Agora pode deitar de barriga para cima
Billie solta um suspiro suave e se vira lentamente, deitando-se de barriga para cima. Seu olhar está relaxado, mas cheio de curiosidade, enquanto observa meus movimentos.
-- Você sabe que eu não consigo resistir a uma boa massagem, né?-- Ela diz, com um sorriso travesso.
-- Sei muito bem -- respondo, enquanto começo a massagear suas pernas com cuidado, aplicando a pressão certa. -- Eu acho que estou começando a te mimar demais.
Ela fecha os olhos, deixando escapar um pequeno gemido de satisfação.
-- Mima mais, então. Não vou reclamar.
Sorrio, satisfeita em vê-la relaxada depois da tensão que passamos, e continuo minha tarefa com carinho. O silêncio entre nós é confortável, e sinto que, mesmo sem palavras, estamos lentamente reconstruindo aquela conexão que parecia perdida.
O momento fica carregado de um toque íntimo, um contraste com a tensão de antes. Billie suspira levemente ao sentir o alívio proporcionado pela massagem, mas mesmo assim o peso do que não foi dito ainda paira entre nós.
-- Você sempre soube como me acalmar -- ela murmura, sua voz soando mais suave, quase como um pedido de desculpas.
Continuo a massagear sua panturrilha, o silêncio entre nós preenchido apenas pelo som de nossas respirações.
Billie suspira suavemente ao sentir minhas mãos massageando sua panturrilha, seus músculos relaxando sob meu toque. Ela fecha os olhos, se inclinando um pouco mais para trás, permitindo que eu continue. O silêncio entre nós agora é tranquilo, como se o simples ato de estarmos conectadas assim, mesmo que sem palavras, fosse o suficiente para aliviar um pouco da tensão.
-- Você tem as mãos mágicas -- ela murmura com um sorriso leve, seus dedos deslizando pelos meus cabelos enquanto eu continuo o movimento na panturrilha dela.
Eu olho para ela por um momento, absorvendo o momento, a calma temporária entre nós. Talvez não resolva todos os problemas, mas esses pequenos gestos de cuidado e carinho são, às vezes, tudo o que precisamos para encontrar um ponto de paz em meio ao caos.
-- Vem cá -- Billie me chama, me puxando pela mão. Meu corpo fica sobre o dela, seus olhos fixos nos meus. -- Eu te amo tanto...-- Diz baixinho, quase um sussurro. Então seus lábios encontram os meus em um beijo que me desarma por completo, me deixa rendida por ela.
Meus pensamentos se perdem por um momento quando nossos lábios se tocam. O beijo de Billie é suave, cheio de uma intensidade que parece dissolver todas as minhas frustrações. É como se, por um instante, tudo ao nosso redor deixasse de existir, e fosse apenas eu e ela, nesse espaço que compartilhamos.
Quando nos separamos, nossos rostos ainda estão próximos, e posso sentir a respiração dela misturada com a minha.
-- Eu só quero você -- ela sussurra, seus olhos me prendendo, carregados de sentimentos que não precisam ser explicados.
Suas mãos adentram minha camisa, desenhando padrões imaginários em minhas costas.
-- Eu também te amo... Muito -- Sussurro de volta, sentindo meu coração bater mais forte por ela.
-- Eu estou com tanta saudades de sentir você -- Ela diz, arranhando minha cintura, muito próximo ao cós de minha cueca
O clima entre nós se torna mais íntimo, como se, de alguma forma, nossos corpos estivessem buscando um entendimento além das palavras. Billie continua a me tocar de forma suave, explorando cada curva minha, como se quisesse fazer com que eu sentisse o que ela sente. Seus dedos na minha pele provocam uma reação em meu corpo, um desejo que cresce a cada toque.
-- Billie...-- sussurro, meu corpo reagindo automaticamente ao calor dela. Minha voz é rouca, embargada pela intensidade do momento, mas eu não consigo afastá-la. Eu quero isso. Quero ela.
Ela sorri de forma suave, os olhos brilhando com uma mistura de ternura e desejo.
-- Eu preciso de você, S/n. Mais do que você imagina.-- A proximidade entre nós torna tudo ainda mais difícil de ignorar. O toque dela me envolve, e o resto do mundo parece desaparecer.
As palavras não são mais necessárias. O desejo é palpável, e em cada movimento dela, eu sinto a conexão que compartilho com Billie, essa mistura de amor e desejo que vai além de qualquer explicação.
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Silent Obsession (Billie/You G!p)
FanfictionRecém-chegada a um bairro perigoso de New York, a detetive Billie enfrenta seu primeiro grande caso: o brutal assassinato de um homem que deixa a cidade em alerta. Enquanto mergulha na investigação, Billie encontra refúgio inesperado em sua nova viz...