Silent Obsession (Billie/You G!p)

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Eu havia acabado de chegar da farmácia. Eu fui comprar alguns lencinhos umedecidos, sabonetes e shampoo para Théo. Eu aproveitei e comprei alguns chocolates para minha namoradinha.

-- Eu vi uma ex-colega de escola hoje na farmácia -- Comento animada, colocando em cima do balcão as barras de chocolate com um pequeno post-it escrito "Eu te amo" colado.

-- Sério?-- Billie pergunta, não parecendo muito interessada no assunto.

-- Sim... Ela era uma das únicas garotas da escola que não fazia bullying comigo -- Comento conferindo nas sacolas se não esqueci nada na farmácia. -- O nome dela é Karla... Karla Camila... Ela preferia ser chamada de Camila... Ela esta bem diferente, sabe?

-- Imagino -- Billie responde simplista, sem desviar o olhar da televisão. Eu suspiro entendendo que ela não quer conversar.

-- Qualquer coisa estou no quarto, trabalhando, ok?-- Digo quase em um suspiro, indo para o quarto.

Ao entrar no quarto, me aproximei silenciosamente do berço de Théo, observando seu rostinho tranquilo enquanto ele dormia. Eu me sentia tão em paz quando o via assim, tão pequeno e vulnerável, mas também cheio de vida e curiosidade. Passei a mão suavemente pelo cabelo, ajeitando a coberta em volta dele com cuidado.

Sentei-me à mesa do quarto, abrindo meu laptop para continuar trabalhando. Tentei afastar o incômodo da conversa com Billie. Eu sabia que ela estava cansada, talvez distraída, mas às vezes sentia falta das conversas leves e do interesse mútuo em pequenas coisas do cotidiano.

De vez em quando, eu olhava para Théo, certificando-me de que ele estava bem. Mesmo concentrada no trabalho, era difícil não me distrair com a tranquilidade que ele trazia para o ambiente.

-- O que será que a gente pode fazer pra melhorar as coisas por aqui, hein, pequeno?-- murmurei para mim mesma, sorrindo. Théo apenas suspirou em seu sono, como se estivesse respondendo com o silêncio pacífico que tanto me encantava.

Eu decidi me focar nisso: na calmaria que ele nos trazia, mesmo nos dias em que tudo parecia distante e confuso entre mim e Billie. Afinal, tínhamos construído uma família juntos, e isso valia mais do que qualquer conversa esquecida.

Assim que ouvi os primeiros resmungos de Théo, fechei o laptop com um sorriso, já esperando sua habitual manha. Levantei-me devagar, caminhando até o berço com passos leves. Ele me olhou com aqueles olhinhos curiosos, sem chorar, apenas esperando a minha atenção.

-- Ei, mocinho, acordou?-- murmurei suavemente, pegando-o no colo. Théo imediatamente se aconchegou contra mim, soltando um som baixinho de satisfação. Eu ri baixinho, sabendo que ele estava começando sua rotineira manha. -- Vamos lá, o que você quer agora? Um passeio? Ou será que está com fome?-- perguntei, acariciando suas costas enquanto ele se aninhava mais perto.

Ele não respondia, claro, mas sua maneira de se aconchegar contra mim me dizia tudo.

-- Acho que quer um pouco de carinho, né?-- Continuei, sentindo meu coração se aquecer.

Voltei para a mesa com Théo aconchegado no meu colo, seu corpinho pequeno e quentinho descansando contra mim. Enquanto ele mexia de vez em quando, resmungando baixinho, me sentei e abri o laptop novamente, tentando me concentrar no trabalho. Era engraçado como ele tinha esse poder de me fazer desacelerar, mesmo quando eu tinha várias coisas para resolver.

Com Théo em meus braços, a prioridade mudava. Uma mão no teclado e a outra segurando o pequeno, eu ia equilibrando as responsabilidades enquanto ele se ajustava, com seus olhinhos curiosos observando o ambiente. Cada tanto, eu dava uma olhada nele, sorrindo ao ver seu rostinho tranquilo e a sensação gostosa de tê-lo tão perto.