Silent Obsession (Billie/You G!p)

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S/n entra, fechando a porta atrás de si e vindo ate mim. Eu ergo o cobertor para que ela se sente, então e volvo-a no cobertor, o que nos faz ficar um pouco mais proximas do que o habitual, mas ela não reclama, e eu não me importo com a proximidade, pelo menos não com ela.

-- O que vamos assistir?-- Pergunta curiosa

-- Eu pensei em assistirmos 'Todos menos você -- respondo e ela sorri

-- Comédia romântica?-- Questiona risonha.

-- Você não gosta?...-- Pergunto e ela ri

-- É um dos meus gêneros favoritos -- diz simplista

-- Ótimo! Então acho que acertei na escolha. -- Digo sorrindo, aliviada por ela gostar. Ajusto a TV e começo o filme enquanto a chuva continua lá fora, criando um clima ainda mais aconchegante. S/n se ajeita debaixo do cobertor, e sinto o calor confortável de seu corpo próximo ao meu.

A cada piada do filme, ela solta um risinho suave, e me pego rindo junto, não só por causa do filme, mas pela forma como a risada dela me faz sentir leve. Pego uma pipoca e ofereço para ela, sem tirar os olhos da tela.

-- É engraçado como esse filme faz o amor parecer tão... simples -- comento, tentando quebrar o silêncio casual.

S/n olha para mim por um momento e, com um sorrisinho, responde:

-- Às vezes, as coisas mais simples são as que fazem mais sentido.

Eu me aproximo um pouco mais, deitando minha cabeça em seu ombro. S/n se ajusta, passando um braço sobre meu ombro e me fazendo deitar em seu peito.

Seus dedos se embrenhan por meus cabelos, em um carinho suave e relaxante.

Sinto uma onda de tranquilidade me envolver enquanto me aconchego em seu peito, o som da chuva lá fora misturado ao ritmo suave da sua respiração. Seus dedos entrelaçados nos meus cabelos trazem uma sensação de segurança que eu nem sabia que precisava. Fecho os olhos por um instante, permitindo-me aproveitar o momento sem pressa.

-- Você é surpreendentemente boa nisso -- murmuro, a voz baixa, mas o suficiente para que ela escute.

S/n ri baixinho.

-- Acho que é o mínimo que posso fazer depois de te jogar no ombro mais cedo -- diz em tom de brincadeira, mas o carinho em seus gestos continua.

Eu sorrio, sentindo a tensão do dia se esvaindo. A proximidade, o toque, tudo parecia mais natural do que eu esperava, e isso me deixa confortável, como se eu finalmente estivesse onde deveria estar.

A medida que o filme avançava, eu me sentia cada vez mais próxima de S/n. Ela parecia tão confortável quanto.

-- Seu cabelo tem cheirinho de chocolate -- ela comenta rindo fraco, eu lhe encaro e então ela beija minha testa.

O toque dos lábios de S/n na minha testa me pega de surpresa, mas de uma maneira suave e aconchegante. Sinto uma onda de calor se espalhar pelo meu corpo, misturada com um nervosismo bom, como se algo estivesse prestes a acontecer, mas sem pressa. Apenas deixo o momento fluir.

-- Chocolate, é?-- brinco, tentando aliviar a tensão repentina que senti dentro de mim. -- Vou precisar trocar o shampoo, então.

Ela sorri, e seu olhar é tão terno que quase faz meu coração parar por um instante.

-- Eu não trocaria -- responde em um tom que me faz perceber que, por menor que fosse o comentário, tinha algo mais ali.

Eu sorrio de volta, tirando alguns fios de cabelo de seu rosto. Sem querer, deixo meu olhar cair para seus lábios, e percebo S/n umidecendo seus lábios antes de sorrir de lado... Ela percebeu meu olhar...

Meu coração acelera, e por um momento, o mundo parece ficar em silêncio ao nosso redor. Tudo o que consigo focar é nela. S/n permanece ali, tranquila, mas com um brilho nos olhos que revela que ela também está sentindo a mesma eletricidade percorrer o ar entre nós.

Sem desviar o olhar, sinto meus dedos ainda em seu rosto, traçando suavemente a linha de sua mandíbula. Meu corpo parece agir por conta própria, me inclinando levemente em sua direção. É quando S/n quebra o silêncio com uma voz suave, quase sussurrada:

-- Billie...-- Meu nome nos lábios dela soa diferente, mais íntimo.

Por um segundo, penso em recuar, mas então sinto seu corpo relaxar sob o meu, como se estivesse me permitindo aproximar ainda mais. Ela umedece os lábios novamente, dessa vez com mais intenção, e eu percebo que estamos a um fio de distância de algo que pode mudar tudo.

Respiro fundo e tomo coragem, perguntando com um sorriso leve:

-- Posso...?

-- P-Pode...-- Ela diz baixinho, quase em um sussurro

Minhas mãos tremem levemente enquanto me aproximo, meus lábios roçando suavemente os dela, como se pedissem permissão mais uma vez. O toque é suave no começo, hesitante, mas logo sinto S/n corresponder, seus lábios se movendo com os meus em um ritmo delicado, quase tímido, como se estivéssemos descobrindo algo novo juntas.

O beijo é gentil, mas carrega uma intensidade subjacente, como se ambos estivéssemos segurando emoções há muito tempo. S/n pede passagem com sua língua de forma tímida, e eu não hesito em conceder, suspirando em seus lábios.

O beijo aprofunda-se lentamente, e a tensão que estava entre nós dissolve-se, dando lugar a um misto de desejo e carinho. Cada toque de sua língua no meu paladar me faz estremecer, e sinto meu corpo relaxar ainda mais contra o dela. A proximidade de nossos corpos, o calor compartilhado, tudo parece tão certo, tão natural.

S/n mantém seus movimentos suaves, como se estivesse saboreando o momento, sem pressa, enquanto uma de suas mãos desliza delicadamente até minha cintura, segurando-me com firmeza, mas com um carinho palpável.

Quando finalmente nos afastamos, com o fôlego escasso, nossos rostos ainda estão próximos, e posso sentir sua respiração quente contra minha pele. Nossos olhares se encontram de novo, e a intensidade no olhar de S/n faz meu coração bater mais forte.

-- Isso... foi inesperado, mas... perfeito -- ela murmura, quase sem voz, os olhos brilhando de uma maneira que eu não havia visto antes.

Eu sorrio, sem conseguir esconder o quanto aquilo também mexeu comigo.

-- Sim... foi.

O silêncio que segue não é desconfortável, e, por um momento, ficamos apenas ali, desfrutando do calor uma da outra, sabendo que algo entre nós havia mudado — para melhor.