(...)

S/n foi tomar banho para dormir, porém ela esta demorando mais que o normal. Eu decido ir ver se esta tudo bem. Dou leves batidas na porta, mas não ouço nada, então vou abrindo a mesma lentamente.

Minha namorada tinha uma de suas mãos apoiadas na parede, a agua do chuveiro escorria por seu corpo, enquanto a outra mão fazia movimentos rapidos em seu membro, massageando-o de forma frenetica.

-- P-Porra...-- Ela geme baixinho, é então que vejo seu líquido jorrando em jatos, parte fica em sua mão e parte cai no chão, sendo levada pela agua.

Ela vai diminuindo o ritmo aos poucos até parar por completo. A respiração pesada e ofegante.

Eu suspiro em saber que poderia estar ajudando ela com isso. E me praguejo por simplesmente travar em todas as vezes que ela tentou algo mais intimo.

Eu fico ali, parada por alguns segundos, sem saber exatamente como reagir. S/n ainda não tinha percebido minha presença, focada em sua própria frustração e alívio momentâneo. A imagem dela me atingia de forma intensa, o desejo e a culpa se misturando dentro de mim de uma maneira que eu mal conseguia entender.

Era óbvio que ela estava tentando respeitar meu espaço, meus limites, mas, ao mesmo tempo, estava buscando formas de liberar a tensão que acumulava. Isso me fazia sentir ainda pior.

Eu dou um passo para trás, tentando não fazer barulho, mas meu corpo hesita, como se uma parte de mim quisesse entrar e fazer algo. Quisesse deixar todas as inseguranças de lado e ser a parceira que ela merecia. Mas, mais uma vez, eu me travo.

Ao invés de entrar, decido me afastar e voltar para o quarto, deitando na cama e puxando o cobertor até o queixo. Meu coração acelerado e a mente tomada por pensamentos contraditórios.

Não demora muito até que ouço S/n sair do banheiro, caminhando em direção ao quarto, ainda enrolada na toalha. Ela sorri quando me vê deitada, mas algo em seu olhar diz que, talvez, ela soubesse o que eu tinha visto.

Eu sinto o calor do corpo dela contra o meu quando S/n se ajeita atrás de mim. Seus braços me envolvem de maneira suave, mas firme, e o suspiro que escapa de seus lábios enquanto ela beija meu pescoço me faz arrepiar. Mesmo sem dizer nada, o carinho no gesto me faz entender que ela está ali, presente, respeitando meu espaço, mas ao mesmo tempo demonstrando que sente falta de algo entre nós.

S/n me aperta um pouco mais contra si, e por um momento eu quase consigo sentir a culpa dissolver no calor de seus braços. Quase.

-- Eu amo você...-- Ela sussurra baixinho contra a minha pele, como se quisesse que eu soubesse disso mais uma vez, me reconfortando sem pressão.

Eu fecho os olhos, desejando poder simplesmente me entregar àquele momento, mas uma parte de mim ainda se sente presa. Mesmo assim, me viro de leve em seus braços, buscando seu olhar.

-- Eu também amo você...-- respondo, quase num murmúrio, e me aproximo para lhe dar um beijo suave, selando meus lábios nos dela por um instante.

S/n sorri de leve e me dá mais um beijo no canto da boca, antes de me aconchegar mais uma vez contra seu peito. Eu me deixo ficar ali, aproveitando a sensação de segurança que ela sempre me traz.

Sinto o calor do corpo dela aumentar conforme minha mão desliza para dentro de sua blusa, repousando sobre o abdômen. Sua pele é quente e macia, e por um momento, penso que ela pode se afastar, mas S/n apenas tenciona levemente, como uma reação automática, antes de relaxar novamente. O beijo suave que ela deposita no topo da minha cabeça é reconfortante, quase como uma forma de dizer que está tudo bem, que ela está ali comigo, em qualquer ritmo que eu quiser.

Silent Obsession (Billie/You G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora