Eu me levantei da cama devagar, cuidando para não fazer barulho e acordar Billie. Ela tinha feito tanto durante a noite, e eu sabia que precisava deixar ela descansar um pouco mais. Olhei para o lado e vi Théo no berço, resmungando baixinho, seus bracinhos se movendo de forma descoordenada enquanto ele explorava o pequeno mundo ao seu redor.
Aproximei-me silenciosamente, meu coração derretendo com a visão daquele rostinho tão inocente e curioso.
-- Bom dia, meu amor -- murmurei, inclinando-me para pegar Théo no colo. Ele imediatamente parou de resmungar assim que sentiu meu toque, seu corpinho relaxando contra o meu. -- Você está acordado faz tempo, hein?
Ele me encarou com aqueles olhinhos curiosos, como se estivesse absorvendo tudo ao redor. Eu o balancei suavemente enquanto caminhava pelo quarto, deixando Billie descansar mais um pouco. Ela havia acordado tantas vezes durante a noite, e agora era minha vez de cuidar do nosso pequenino.
-- Vamos dar um passeio pela casa, deixar a mamãe descansar um pouquinho -- sussurrei para Théo, que continuava a se mexer em meus braços, curioso com tudo. Eu me senti tão completa naquele momento, vendo como a vida havia mudado de maneira tão linda desde a chegada dele.
Enquanto caminhávamos pelo corredor, ele voltou a resmungar, seu pequeno corpo agitando-se em busca de algo.
-- O que acha de deitar aqui comigo?-- Pergunto, me deitando no sofá.
Eu alinho o pequenino corpinho sobre o meu, logo colocando a chupeta de Théo na boca do pequenino. Ele aceita de imediato, resmungando baixinho a princípio, mas logo se acalmando.
-- É... Acho que podemos ficar assim até a mamãe acordar -- Digo acariciando as costinhas de Théo.
Conforme me acomodei no sofá, senti o corpinho pequeno e quente de Théo se ajustando contra o meu. Seus resmungos suaves diminuíram aos poucos, substituídos por aquele silêncio tranquilo e confortável que só um recém-nascido pode trazer. A chupeta em sua boca fazia pequenos estalos de vez em quando, mas ele parecia satisfeito, finalmente relaxando por completo.
Enquanto ele repousava sobre mim, comecei a acariciar suas costinhas, traçando com delicadeza cada pequena curva de seu corpo. Era surreal pensar em como nossa vida tinha mudado tão rápido e de maneira tão bonita com a chegada dele. Os dias de sono interrompido, as fraldas, as trocas rápidas de roupas... tudo parecia pequeno diante do imenso amor que crescia mais a cada momento.
Fiquei observando seu rostinho tranquilo, seus olhinhos fechados, as bochechas macias e aquela expressão pacífica que só os bebês têm quando estão em paz.
-- Você trouxe tanta alegria pra gente, sabia?-- murmurei baixinho, sabendo que ele não entenderia minhas palavras, mas sentindo a necessidade de dizer aquilo mesmo assim.
Ali, naquele momento, só nós dois, eu senti uma onda de gratidão. Olhei em direção ao quarto, onde Billie ainda descansava, e pensei em como éramos sortudos.
-- Vamos deixar a mamãe dormir mais um pouco, não é, Théo?-- sussurrei de novo, continuando a acariciar suavemente suas costinhas. Fechei os olhos por um instante, me permitindo aproveitar aquela paz, enquanto o som suave de sua respiração enchia o espaço ao nosso redor.
(...)
Assim que entrei no quarto com o almoço, não consegui conter o sorriso ao ver a cena. Billie estava concentrada, trocando a fralda de Théo, e falava com ele de uma maneira tão adorável que era impossível não se encantar. Ela estava séria, mas com aquele toque de brincadeira que eu sabia que era típico dela.
-- E aí você puxa meu cabelo, e a mamãe fica triste!-- Ela disse, como se realmente estivesse tendo uma conversa séria com ele. Théo, por sua vez, olhava para Billie com seus grandes olhos curiosos, absorvendo cada palavra, como se realmente estivesse entendendo tudo. -- Se puxar meu cabelo mais uma vez vai ficar no cantinho do pensamento -- ela acrescentou, e foi aí que Théo, em toda sua inocência, fez aquele biquinho que indicava que as lágrimas estavam prestes a cair.
Eu ri baixinho, colocando a bandeja com o almoço na mesinha ao lado.
-- Ah, amor, acho que você pegou pesado com o 'cantinho do pensamento'. Olha só, ele já está prestes a chorar!-- brinquei, me aproximando deles.
Billie sorriu para mim, balançando a cabeça.
-- Ele precisa aprender desde cedo, né?-- Mas então, suavizou a voz, inclinando-se sobre Théo e beijando sua testa. -- Não precisa chorar, amorzinho. Mamãe só estava brincando.
Théo, ainda com o biquinho, pareceu relaxar um pouco ao sentir o carinho de Billie, e eu não pude deixar de admirar o quão perfeita ela era como mãe.
-- Vocês dois são tão fofos juntos -- comentei, me sentando na cama. -- Trouxe seu almoço, você deve estar faminta depois dessa 'conversa séria' com o nosso pequeno.
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Silent Obsession (Billie/You G!p)
FanfictionRecém-chegada a um bairro perigoso de New York, a detetive Billie enfrenta seu primeiro grande caso: o brutal assassinato de um homem que deixa a cidade em alerta. Enquanto mergulha na investigação, Billie encontra refúgio inesperado em sua nova viz...