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(...)

Hoje é dia da primeira ultrassom do bebe. Eu estava saindo do trabalho mais cedo, no horário de almoço para ser exata. O que significa que meus colegas estão saindo junto a mim.

-- Por culpa dela vamos ter que trabalhar muito mais hoje -- Escuto Rick resmungando atras de mim.

-- Cala a boca, ela resolveu um caso praticamente sozinha, e era seu caso. O mínimo que pode fazer agora é segurar as pontas -- Mike retruca, e quando chegamos do lado de fora, vejo S/n em pé em frente a delegacia, com três girassóis em mãos.

Eu não consigo evitar sorrir ao ver S/n ali, com os girassóis em mãos. Eu me aproximo rapidamente.

-- Eu traria um buquê, se um cara não tivesse comprado praticamente todos os girassóis antes... É a quinta vez que ele faz isso comigo -- S/n diz parecendo chateada por ter conseguido apenas três girassóis.

Eu rio baixinho, pegando os girassóis de suas mãos e admirando o gesto, mesmo que ela estivesse chateada.

-- Três girassóis são perfeitos. Obrigada, babe -- respondo com um sorriso sincero. Eu selo nossos lábios delicadamente, sorrindo ao faze-lo.

-- Eu ainda vou conseguir o buquê...-- Ela diz determinada. -- Eu estava com saudades de você, minha princesa

-- Vocês são tão boiolas -- escuto a voz de Chris

-- Umas fofuxas -- Mike diz suspirando de forma exagerada.

Eu rio da reação deles, balançando a cabeça em descrença enquanto seguro os girassóis com carinho.

-- Ciúmes, rapazes?-- Provoco, olhando para Chris e Mike com um sorriso divertido. S/n envolve meu ombro com o braço, me puxando um pouco mais para perto, o que só aumenta as risadas deles.

-- Vocês nem fazem ideia -- Chris responde, rindo, enquanto Mike finge enxugar uma lágrima de emoção.

-- Bom, podem continuar aí com o show. A gente tem uma ultrassom para ir -- S/n diz, piscando para eles antes de me guiar em direção ao carro. Eu sigo com um sorriso no rosto, sentindo uma mistura de nervosismo e empolgação crescer conforme o momento da ultrassom se aproxima.

Enquanto caminhamos, sinto o calor do braço de S/n ao meu redor e, por um breve momento, todas as preocupações parecem desaparecer. Hoje, tudo o que importa é esse pequeno momento nosso, em que vamos ver nosso bebê pela primeira vez.

S/N
P.O.V

Eu abro a porta do carro para Billie entrar. Quando ela ja esta acomodada em seu lugar, eu fecho a porta e me encaminho para o assento do motorista.

-- Por que esta chorando?-- Pergunto preocupada

-- V-Você me deu flores...-- Diz chorosa -- N-Nós vamos ver o bebê agora e... Você é tão perfeita para mim...

Assim que Billie diz isso, meu coração se derrete. Ela está sentada no banco do passageiro, enxugando as lágrimas com as costas da mão, e eu não posso deixar de sorrir ao vê-la tão emocionada.

-- Ei, amor...-- digo, estendendo a mão para segurar a dela. -- Você não precisa chorar... Eu só queria que você soubesse o quanto eu te amo e o quanto estou feliz por estarmos vivendo isso juntas.

Ela sorri, ainda enxugando os olhos, e eu me inclino um pouco para acariciar sua bochecha com o polegar.

-- Eu sou a sortuda por ter você ao meu lado, Billie.

Ela balança a cabeça, parecendo incapaz de conter as lágrimas, mas agora há um sorriso sincero em seus lábios.

-- Você é incrível, sabia?

-- Você é muito mais -- respondo, beijando suavemente sua mão antes de ligar o carro. -- Agora, vamos ver nosso bebê, antes que você desidrate de tanto chorar, né?

Ela ri baixinho, e o som é tão doce que me faz sorrir ainda mais enquanto saímos em direção à clínica, prontos para esse momento que vai mudar nossas vidas para sempre.

Quando chegamos na clínica, logo fomos encaminhadas para a sala de ultrassonografia.

-- Boa tarde mamães, ansiosas?-- A doutora pergunta sorridente

-- Bastante -- Bill responde

-- Então vamos rapidinho. Pode se deitar na maca... Hoje vamos conseguir ver o bebê, que ainda esta em formação, poderemos ja escutar o coraçãozinho batendo também... É um momento unico, eu garanto -- explica enquanto prepara as coisas.

Minha namorada, ja deitada na cama, ergue sua camisa, mostrando sua barriguinha não muito aparentemente ainda.

-- Licença -- A doutora diz antes de começar a espalhar um gel pela barriga de Billie.

Eu seguro a mão de Billie enquanto a doutora espalha o gel. Ela me olha com um sorriso meio nervoso, e eu retribuo, apertando sua mão de leve para dar apoio.

-- Vai dar tudo certo -- murmuro, tentando acalmar tanto a ela quanto a mim.

Quando a doutora começa a mexer o aparelho sobre a barriga de Billie, ficamos em silêncio, prestando atenção à tela. O som baixo e rítmico de batidas preenche a sala, e eu sinto meu coração acelerar junto com o do nosso bebê.

-- Esse é o som do coraçãozinho do seu bebê -- diz a doutora com um sorriso. Billie aperta minha mão um pouco mais forte, seus olhos marejados. Eu mal consigo desviar o olhar da tela, tentando absorver tudo.

-- Ali -- a doutora aponta -- podemos ver o bebê, ainda bem pequenininho, mas perfeito.

Eu sinto uma onda de emoção me dominar, e quando olho para Billie, vejo que ela está chorando de novo, mas dessa vez com um sorriso radiante no rosto.

-- É o nosso bebê -- ela sussurra, como se não acreditasse no que estava vendo.

-- Sim, é -- respondo baixinho, inclinando-me para beijar sua testa. -- Nosso bebê.

-- Ele esta se desenvolvendo perfeitamente... Ainda é bem pequenininho, mas é normal dado a idade gestacional... Doze semanas, em outras palavras: três meses... Acredito que na próxima consulta, ja seja possível ver o sexo do bebê...-- A doutora explica

Billie sorri ainda mais ao ouvir as palavras da doutora, e eu posso ver o alívio em seus olhos.

-- Três meses... parece que está passando tão rápido e tão devagar ao mesmo tempo -- ela murmura, ainda olhando para a tela.

-- Na próxima consulta, o sexo do bebê?-- pergunto, e a doutora confirma com um aceno.

-- Sim, já será possível identificar com mais clareza. Vocês têm algum palpite ou preferências?

Billie ri baixinho e responde:

-- Só queremos que venha com saúde.-- Eu concordo, sorrindo também. -- Se for menino ou menina, não importa... vamos amar de qualquer jeito.

Eu passo minha mão pelo cabelo de Billie, mantendo esse momento entre nós, enquanto a doutora finaliza o exame.

-- Parece que tudo está caminhando perfeitamente até agora. Vocês estão fazendo um ótimo trabalho.

(...)

Quando chegamos em casa, Billie corre e se larga no sofa. Nós ja iniciamos a mudança dela. O que era meu apartamento, aos pouquinhos esta virando nosso lar.

-- Eu tô com tanta preguicinha hoje -- Billie comenta suspirando pesadamente.

Eu sorrio ao ver Billie largada no sofá, completamente à vontade.

-- Preguicinha merecida -- digo, me aproximando e me sentando ao seu lado. -- Hoje foi um dia cheio. Acho que você merece relaxar um pouco.

Ela se estica e suspira novamente, de olhos fechados.

-- Entre a ultrassom, o trabalho e essa mudança... Eu tô exausta.

-- Você trabalhou duro hoje. Acho que é justo aproveitar um pouco de preguiça -- comento, acariciando seus cabelos. -- Quer que eu faça alguma coisa pra gente comer ou só descansar juntas?

Ela abre os olhos, olhando para mim com um sorriso preguiçoso.

-- Só quero ficar assim... com você. Nada mais.

Silent Obsession (Billie/You G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora