CAPÍTULO 116

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-....?

" O que é isso?"

Ao abrir os olhos, me vi cercada por uma escuridão densa demais para ser natural, como se fosse uma névoa negra que engolia tudo ao redor. Não conseguia ver um palmo à minha frente, e a sensação de opressão que essa escuridão trazia era sufocante. Tentei esticar a mão, mas só havia o vazio à minha frente. Por um momento, pensei que estava sonhando, mas algo na realidade daquele espaço parecia palpável demais para ser apenas um sonho.

Tentei beliscar minha própria pele, e como esperado, a dor foi bem real.

" Que inferno, o que diabos é isso... espera..."

Senti meu coração acelerar quando um pensamento repentinamente cruzou minha mente, me lembrei da última coisa que vi antes de apagar, uma rosa negra brilhando no escuro.

" Não pode ser... talvez..."

- Rey...?

Mas não houve resposta. Talvez eu estivesse pensando de mais, afinal, não havia sentido sua presença.

" Mas...por via das dúvidas..."

- Reynald...?!

Mal terminei de pronunciar o nome e uma voz familiar e irritantemente provocativa ecoou ao meu redor.

- Já disse para não me chame assim.... Realmente gosta de me provocar, não é e mesmo, Mestra?

-...!

Meus olhos se arregalaram e por um segundo senti meu coração parar. Antes que eu pudesse responder, senti braços ao redor de mim, me puxando para um abraço por trás. Era um abraço que eu estava completamente familiarizada, um abraço que desejei todos os dias. A sensação de ter seus braços ao redor de mim era reconfortante e ao mesmo tempo ameaçador, uma presença envolvente que me cercava trazia uma mistura de conforto e apreensão.

- Rey...!

Não consegui me conter, rapidamente me virei para ele, o puxando sem hesitar e selando nossos lábios. A necessidade de senti-lo, de confirmar que ele estava realmente ali, era esmagadora. Ele retribuiu sem hesitação, seus braços apertando minha cintura enquanto aprofundava o beijo. Meus dedos foram direto para seu pescoço, enquanto meu coração parecia querer pular para fora de meu peito.

" Ele está mais alto...?"

Mesmo que estivesse absorta no beijo, minha mente não podia deixar de notar as diferenças em seu corpo. Ele estava mais alto, seu corpo parecia mais robusto, e o braço que envolvia minha cintura transmitia uma força que não se lembrava de sentir antes. Até mesmo sua voz parecia um pouco mais grave, mais firme.

Enquanto pensava, ele interrompeu o beijo, tocando meu rosto com a mão.

- Mestra....

Senti um arrepio percorrer minha pele, mas logo toquei seu rosto também, entretanto, me surpreendi um pouco, o motivo é que seus traços pareciam um pouco diferentes também, mesmo que fosse uma mudança mínima, eu conhecia cada detalhe se seu rosto, não tinha como não notar.

- Rey... Eu quero te ver.

-....

- Sei que você pode se livrar dessa escuridão...

- Iris... Eu ... estou um pouco... diferente...

- E daí? Ainda é você, mesmo que estivesse careca, não mudaria o que sinto.

-....

Sentindo sua hesitação, o abracei forte, então levei uma mão até sua cabeça, acariciando seu cabelo, mas logo senti suas orelhas, então subconscientemente as toquei.

Como Sobreviver Sendo A Vilã De Um Romance De Hárem Reverso?!Onde histórias criam vida. Descubra agora