📍 Brasil - São Paulo - Vila Olímpia.
DOIS DE MARÇO.
DOMINGO.
>>> Murilo Huff.
06:47
Marília estava me destruindo, e eu não queria que parasse. O jeito que ela me olhava, com aqueles olhos castanhos que pareciam enxergar tudo o que eu tentava esconder, fazia o meu sangue ferver. A forma como o corpo dela se moldava ao meu, pressionado contra a parede, com as pernas entrelaçadas na minha cintura, era como se ela tivesse sido feita especialmente para mim. Cada toque, cada suspiro que escapava dos lábios dela, é uma corrente elétrica que atravessa o meu corpo, me puxando para um lugar onde existia só nós dois.
Eu sentia as mãos dela no meu cabelo, puxando com aquela mistura de urgência e delicadeza que só ela sabe fazer. Cada vez que ela dizia o meu nome — aquele sussurro rouco, quase desesperado — era como se jogasse lenha na fogueira que já ardia dentro de mim. Minha boca traçava o contorno do pescoço dela, descendo até a sua clavícula, e eu podia sentir o pulso dela acelerado sob meus lábios, o calor da pele dela contra a minha. Cada mordida suave que eu dava arrancava um som dela, baixo e entrecortado, que me fazia querer mais, sempre mais.
— Marília — murmuro o nome dela contra a pele dela, a voz tão carregada de desejo que mal parecia minha.
Eu queria gravar aquele momento, o jeito que ela se entregava, o jeito que nossos corpos falavam o que as palavras não conseguiam. Minha mão, que ainda segurava a barra da blusa dela, terminou de puxá-la para cima, e eu a tirei com um movimento lento, quase reverente, deixando-a exposta ao ar fresco do quarto. A visão dela, a pele macia iluminada pela luz suave, os olhos brilhando com aquela mistura de desafio e rendição, quase me fez perder o controle.
Eu a segurei mais firme, minhas mãos deslizando pelas curvas da cintura dela, subindo até as costelas, sentindo cada centímetro dela sob meus dedos. Ela arqueou o corpo contra mim, e eu não consegui segurar o gemido baixo que escapou. A toalha na minha cintura ainda estava lá, mas era uma barreira insignificante agora, e eu sabia que ela sentia o mesmo. O jeito que ela se movia, pressionando-se contra mim, era uma provocação que me deixava à beira do abismo.
— Você tá me matando, Mendonça. — sussurrei, minha boca roçando a dela antes de capturá-la num beijo que era puro fogo.
Minha língua encontrou a dela, e o ritmo era intenso, quase selvagem, como se estivéssemos tentando nos consumir um ao outro. As mãos dela desceram pelas minhas costas, as suas unhas me arranhando de leve, e eu senti o meu corpo inteiro responder de um jeito que não dava pra ignorar. Cada toque dela era uma chama, cada movimento uma promessa.
Eu a levantei um pouco mais, afastando-nos da parede, e a carreguei até a cama sem querer quebrar o contato. Deitei-a com cuidado, mas sem perder a urgência, o meu corpo pairando sobre o dela enquanto eu a olhava nos olhos. Havia algo ali, algo tão íntimo e cru que fazia o meu peito apertar. Não era apenas desejo — era ela, Marília, com toda a força e vulnerabilidade que ela carregava, e eu queria cada pedaço disso.
— Me diz que você quer isso tanto quanto eu — murmurei, minha voz quase um rosnado, enquanto minha mão traçava o contorno do quadril dela, subindo lentamente, explorando cada curva. Meus lábios encontraram o lóbulo da orelha dela, mordiscando de leve, e eu senti o corpo dela estremecer sob o meu.
Ela não me respondeu com palavras, mas o jeito que ela puxou o meu rosto para um outro beijo, faminto e sem reservas, foi a resposta suficiente. Suas mãos encontraram a borda da toalha enrolada em mim, hesitando por um segundo antes de puxar, e eu senti o tecido ceder, deixando nada além de nós dois, pele contra pele, calor contra calor. O mundo se reduziu a esse instante, a essa necessidade que nos consumia, e eu sabia que não havia volta.
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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶
ФанфикшнDesde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
