•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚃𝚑𝚒𝚛𝚝𝚢|•

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📍 Brasil - Goiânia - Go.

DEZESSEIS DE MARÇO.
DOMINGO.

>>> Marília Mendonça.

11:01

O café da manhã com nossos pais e o Murilo ainda ecoava na minha cabeça enquanto estávamos esparramados no sofá da sala, o sol da tarde entrando pelas janelas e aquecendo o ambiente.

Eu estou com as pernas jogadas sobre as dele, uma xícara de café já fria na mão, enquanto ele me provocava com aquele sorriso torto que me faz querer ao mesmo tempo beijá-lo e dar um tapa. A conversa com minha mãe e meu padrasto tinha sido tensa, mas, com o Murilo ao meu lado, segurando minha mão, parecia que nada podia nos abalar.

— Sabe, amor, você foi bem convincente lá na mesa — provoquei, cutucando o peito dele com o pé. — Quase acreditei que você é mesmo um cara responsável.

Ele riu, segurando meu pé e deslizando os dedos pela sola, me fazendo rir e tentar puxar a perna de volta.

— Responsável? Eu sou um anjo, minha vida. Você que tá tentando me corromper desde que chegou de viagem — disse, o tom grave e brincalhão, os olhos brilhando com aquela malícia que me deixa com o coração acelerado.

— Eu? Corromper você? — retruquei, inclinando-me mais pra ele, o rosto perto o suficiente pra sentir o calor da respiração dele. — Quem tava me agarrando no quarto hoje cedo, hein? Não venha com essa de anjo agora.

— Tá me chamando de mentiroso? — Ele arqueou uma sobrancelha, puxando-me pela cintura até eu estar praticamente no colo dele, as mãos firmes nos meus quadris. — Porque eu posso te provar que sou bem convincente, amor.

Eu ri, roçando os lábios nos dele, mas antes que o beijo pudesse se aprofundar, o celular dele vibrou no bolso. Ele pegou o aparelho rapidinho, olhou a tela, e guardou de volta com uma pressa que não passou despercebida. Franzi a testa, o ciúme brincalhão subindo enquanto eu cruzava os braços.

— Quem era, Murilo? — perguntei, o tom leve, mas com um toque de provocação. — Tá escondendo alguma coisa de mim?

Ele riu, balançando a cabeça, mas notei um brilho diferente nos olhos dele, como se estivesse segurando um segredo.

— Calma, ciumenta. Era só os meninos, chamando a gente pra uma resenha na casa das gêmeas. — Ele se inclinou, beijando o meu pescoço de leve, provavelmente pra me distrair. — Topa ir? — Eu franzi a testa, pegando o meu celular pra checar.

— As gêmeas? — murmurei, estranhando. — Engraçado, elas não me mandaram nada. — Olhei pra ele, desconfiada, mas o sorriso dele era tão displicente que não insisti. — Tá, eu topo. Mas se for cilada, você se vira comigo depois.

— Cilada? Comigo? — Ele riu, levantando-se e me puxando com ele. — Nunca, amor. Vamos lá, vai ser legal.

Fomos falar com meus pais antes de sair. Minha mãe ainda parecia meio ressabiada, mas Dagmar só deu um aceno de aprovação, dizendo pra gente se divertir. Subi pro meu quarto e peguei meus óculos de sol e, por via das dúvidas, os de grau, caso a noite se estendesse e eu precisasse ler alguma coisa. Quando desci, Murilo já estava pronto, trocado e os seus óculos de sol no seu rosto. Ele me olhou de cima a baixo, o sorriso crescendo.

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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora