•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚃𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢-𝚂𝚒𝚡|•

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📍Brasil - São Paulo - Vila Olímpia.

DOIS DE MARÇO.
DOMINGO.

>>> Marília Mendonça.

13:04

A luz suave da manhã se infiltrava pelas frestas da cortina, aquecendo o quarto e me puxando lentamente do sono. Eu sentia o peso reconfortante do braço de Murilo ao redor da minha cintura, o calor do corpo dele contra minhas costas, a respiração lenta e profunda dele roçando minha nuca. Por um momento, fiquei ali, apenas sentindo ele, o jeito que os nossos corpos se encaixavam mesmo dormindo, como se o mundo inteiro pudesse esperar. Mas então ele se mexeu, um gemido baixo escapando enquanto ele se aconchegava mais, os seus lábios roçando no meu ombro.

— Boa tarde, amor — murmurei, a voz ainda rouca de sono, virando-me para encará-lo. Seus olhos, meio fechados, brilhavam com aquele misto de preguiça e malícia que sempre me desarma.

— Boa tarde, minha tentação — ele respondeu, o sorriso torto já aparecendo enquanto esticava o braço para me puxar pra mais perto, nossos rostos a centímetros um do outro. — Dormiu bem ou tava sonhando comigo? — Eu ri, dando um tapinha leve no peito dele.

— Sonhar? Depois de ontem, acho que você já me deu material suficiente pra um mês — provoquei, traçando os dedos pelo contorno do maxilar dele, sentindo a barba rala sob minha pele.

— Um mês? — Ele arqueou uma sobrancelha, fingindo indignação enquanto rolava para ficar sobre mim, o peso dele me prendendo contra o colchão. — Tô fazendo meu trabalho errado, então. Porque hoje eu quero te deixar pensando em mim por um ano. — Ele inclinou o rosto, roçando os lábios nos meus, mas sem me beijar, só deixando a promessa pairar.

— Grande coisa — retruquei, empurrando-o de leve, mas sem nenhuma vontade real de afastá-lo. — Vamos ver se você aguenta o ritmo, Huff. Porque eu tô com energia de sobra hoje. — Levantei-me da cama, sentindo os olhos dele me seguirem enquanto caminhava até o banheiro, deixando a porta entreaberta de propósito. — Vem, vamos tomar um banho. Ou tá com medo de não dar conta?

Ele riu, aquele som grave que fazia meu estômago dar um salto, e em segundos estava atrás de mim, o calor do corpo dele já familiar contra o meu enquanto abria o chuveiro. A água quente começou a cair, o vapor subindo, e eu senti as mãos dele na minha cintura, me puxando para debaixo do jato.

— Medo? De você? — ele murmurou, os lábios roçando minha orelha enquanto a água escorria pelos nossos corpos. — Cuidado, Mendonça. Tô te dando uma chance de sair inteira desse banho.

— Inteira? — retruquei, virando-me para encará-lo, a água pingando dos meus cabelos enquanto eu deslizava as mãos pelo peito dele, sentindo os músculos se tensionarem. — E quem disse que eu quero sair inteira? Talvez eu queira que você me desmonte de novo. — Meus dedos desceram pelo abdômen dele, parando bem na borda onde a pele ficava mais sensível, só para vê-lo cerrar os dentes.

— Porra Mendonça, você é perigosa - ele disse, segurando meu pulso com uma mão enquanto a outra subia para meu pescoço, os polegares traçando a linha da minha clavícula. — Tá me desafiando assim logo quando acorda? Sabe que eu não resisto, né?

— Espero que não resista mesmo - provoquei, inclinando-me para roçar os lábios nos dele, um beijo leve, mas cheio de intenção. — Porque eu tô contando com você pra começar o meu dia... com emoção.

𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora