•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚂𝚎𝚟𝚎𝚗𝚝𝚢-𝚂𝚒𝚡|•

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📍 Brasil - Goiânia - Go

DEZESSEIS DE MARÇO.
SEGUNDA - FEIRA.

>>> Murilo Huff.

09:21

Depois de receber os presentes da Marília, eu agradeci muito — de coração, porque cada detalhe era perfeito, como se ela tivesse lido minha alma. A Marília é a melhor pessoa do mundo. Ela é linda, educada, amiga de todos, ama o nosso leãozinho como se ele fosse o centro do universo. Tá se tornando uma mãe incrível — a melhor mãe que o Léo poderia ter. Ele é um grude com ela, ciumento não, todo! Mas é muito fofinho esse ciúme dele com a Marília.

Até eu tenho ciúme dessa mulher, o nosso filho não ia ter? Diria que foi trocado no berçário de tanto que puxou a mãe nessa questão: nos olhos castanhos curiosos, no sorriso largo, no ciúmes então....

Nós estávamos deitados no sofá da sala ampla, luz do sol entrando pelas janelas grandes, o Léo no meu peito agarrado na minha correntinha prateada com as mãozinhas gordinhas, balançando a cabeça tentando olhar tudo ao redor — o lustre brilhante, os quadros na parede, o buquê de rosas azuis na mesa —, mas fixamente pra mamãe dele, que tá deitada ao meu lado, fazendo graça pro lado dele: dando língua, piscando os olhos pra ele, fazendo caretas engraçadas, soprando beijinhos no ar, imitando um leãozinho rugindo baixinho com “grrr” fofo.

Ele sorrir largo, com suas gengivas banguelas à mostra, gorgolejando feliz como se respondesse, as perninhas chutando minha barriga, e eu pros dois, completamente apaixonado, com o meu coração transbordando de amor por eles.

— Filho, fala pa.pai. — digo sorrindo, balançando ele devagar no meu peito, a minha voz baixa e carinhosa com o meu dedo traçando a bochecha macia dele. — Pa-pai, vai, filhote. Pa-pai. Repete pro papai, leãozinho. Você consegue, hein? Olha pra mim, fala pa-pai.

O Léo me olha cambaleando a cabecinha, olhinhos castanhos brilhando, gorgolejando um “ah-goo” que soa quase como tentativa.

A Marília me olha sorrindo, olhos marejados de amor, mão no peito dele.

— Amor, ele só tem três meses, ele não vai falar agora. — ela ri suave, beijando a mãozinha gordinha do Léo com estalos leves. — E quando ele for falar, é mamãe, primeiro, né, filho? Né, gordo da mamãe? Mamãe é a rainha, né? Você ama a mamãe mais que tudo, fala pra ele. — Léo olha pra ela sorrindo largo, gorgolejando alto como se concordasse, e com a mãozinha esticada no rosto dela. — Te amo, coisa linda da minha vida. Meu bebê perfeito, meu leãozinho ciumento. Você é o amor da mamãe e do papai, sabia?

— E eu amo vocês, sabiam? — Léo me olha cambaleando a cabecinha de novo, e eu beijo a bochecha dele que sorri mais largo, cheirinho de bebê me invade. — É papai, eu sou completamente apaixonado na família que o papai formou e ainda vai formar com a sua mamãe. Olha pra gente, filhote: a mamãe é linda, perfeita, e papai aqui, louco por vocês dois. Vamos te dar irmãozinhos pra você brincar, hein? Uma família bem grande e cheia de amor.

— Lá na frente, filho, a mamãe e o papai te dar um irmãozinho ou irmãzinha, tá? — olho pra ela, piscando. — Quê?

— Só um? — pergunto indignado, fingindo drama com a minha mão no peito. — Oxe, loira, só um? Não, amor, mais três. Pelo menos!

— Não vida, só mais um e tá de bom tamanho. — ela diz crente do que fala, rindo, balançando a cabeça. — Você quer mais três? Tá louco, Murilo? Meu corpo aguenta mais um, no máximo!

— Sim. — afirmo sorrindo, beijando a testa do Léo. — Por favor, vida, dois meninos e duas meninas. Aí se você quiser colocar DIU, ou algo assim, tudo bem, mas só três! Imagina, loira: mais leãozinhos correndo pela casa, você grávida de novo, eu te mimando… momento perfeito.

𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora