•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝙴𝚒𝚐𝚑𝚝𝚢-𝚃𝚑𝚛𝚎𝚎|•

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📍 Brasil - Goiânia - Go

VINTE E TRÊS DE JULHO.
QUINTA - FEIRA.

>>> Marília Mendonça.

00:26

O relógio no criado-mudo marcava 00:26, mas eu não via a hora. Só via ele. O Murilo deitado de costas, o braço sob minha cabeça, o peito subindo e descendo devagar. A calcinha de renda branca ainda no lugar — única coisa que sobrou. O resto? No chão. Camisola, robe, short, cueca. Tudo jogado.

Eu estou de lado, o corpo colado no dele, a cabeça no peito, o meu cabelo espalhado no travesseiro. Ele passa a sua mão devagar nas minhas costas, traçando as linhas das minhas estrias que eu tanto odeio. Pra ele, eram mapas. Mapas do nosso filho.

— Amor… — ele sussurrou, beijando o topo da minha cabeça. — Você tá acordada?

Eu mexi, levantei o rosto. Olhos inchados de sono, mas brilhando.

— Tô. — respondi, a voz rouca, gostosa. — Não consigo dormir depois disso. — Ele riu baixo.

— Depois de o quê? — brincou, apertando minha bunda de leve.

Eu mordi o meu lábio inferior, rindo.

— Depois de você me comer como se eu fosse a última mulher do mundo.

Ele virou de lado, ficando cara a cara. Nossos narizes se tocaram.

— Você é a última mulher do mundo, loira. Pra mim, pelo menos. — Eu passei a mão no rosto dele, traçando a barba.

— Você fala cada coisa… — sussurrei. — Eu juro que às vezes acho que você tá mentindo.

— Mentirosa é você. — Ele beijou a ponta do meu nariz. — Mentindo pra si mesma quando diz que tá gorda. Que tá feia. Que não merece. — Eu baixei os olhos.

— Murilo…

— Não. — Ele segurou meu queixo, levantando o rosto. — Olha pra mim. — Eu olhei.

— Eu te vi hoje. — continuou, a voz firme. — No meio da surpresa. Com o Léo no colo. Cantando “Leão” com a Maiara e a Maraísa. Rindo com a sua. Você tava brilhando, Marília. Brilhando como estrela. E eu pensei: “essa mulher é minha. Minha namorada. Mãe do meu filho. Minha parceira de vida.” — Uma lágrima escorreu.

— Eu não mereço isso… — eu disse, a voz tremendo. — Eu sou só… eu.

— Você é tudo. — ele respondeu, limpando a lágrima com o polegar. — Você é a mulher que me faz acordar às 3 da manhã pra ver se o Léo tá respirando. Que me manda áudio cantando no camarim. Que me liga depois do show pra dizer “cheguei em casa, te amo”. Você é a mulher que me deu um filho. Que me deu um motivo pra viver.

Eu o beijei. Devagar. Profundo. A língua dançando na dele.

— Me faz de novo. — pedi, a voz baixa. — Mas agora… devagar. Só pra sentir. — Ele obedeceu.

Puxou minha calcinha pra baixo, devagar. Eu abri as pernas, puxando ele pra cima. Ele entrou em mim sem pressa, sentindo cada centímetro.

— Assim… — eu gemi, os olhos fechados. — Devagar… me sente…

Ele se moveu devagar, beijando o meu pescoço, o ombro, o seio.

— Você é gostosa pra caralho, sabia? — sussurrou no meu ouvido. — Essa buceta… essa cintura… esse cheiro… eu sou viciado em você. — Eu ri, gemendo ao mesmo tempo.

𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora