📍Brasil - São Paulo. - Vila Olímpia.
DOIS DE MARÇO.
DOMINGO.
>>> Marília Mendonça.
07:28
Eu ainda tremia, o meu corpo envolto numa onda de calor que parecia não ter fim, mesmo depois de me perder no clímax que Murilo arrancou de mim. Ele estava sobre mim, dentro de mim, preenchendo cada espaço, cada vazio, com uma intensidade que faz o meu coração disparar. Seus olhos, castanhos escuros e ardentes, não desgrudavam dos meus, como se ele pudesse ver cada pedaço da minha alma. O peso do corpo dele, firme e quente, era uma âncora, me mantendo ali, naquele momento onde só existíamos nós dois. Minha respiração ainda está descompassada, e eu ainda sinto ele pulsar dentro de mim, cada movimento lento e deliberado me levando de volta à beira do abismo.
— Murilo... — sussurrei, a voz fraca, quase um gemido, enquanto minhas mãos deslizavam pelas costas dele, sentindo os músculos tensos sob a pele quente. Ele sorriu, aquele sorriso torto e perigoso que sempre me desmontava, e se inclinou para roçar os lábios nos meus, um beijo suave, mas carregado de promessas.
— O que foi, amor? — ele murmurou contra a minha boca, a voz grave e rouca, como se ele também estivesse lutando para se segurar. — Quer mais? — Havia um tom de provocação ali, mas também algo mais profundo, algo que faz o meu peito apertar.
— Sempre quero mais de você — respondi, as palavras escapando antes que eu pudesse segurá-las, minha voz tão cheia de desejo quanto de verdade. Minhas pernas, ainda entrelaçadas nas costas dele, o puxaram mais para mim, querendo sentir cada centímetro dele. — Não para... por favor.
Ele soltou um som baixo, quase um rosnado, e começou a se mover de novo, lento no início, como se estivesse saboreando cada segundo. Cada estocada era profunda, precisa, me fazendo arquear as costas e cravar as unhas na pele dele.
— Assim? — ele perguntou, os lábios roçando na minha orelha, a sua respiração quente enviando arrepios pela minha espinha. — Me diz como você gosta, branquinha.
— Assim... exatamente assim — ofeguei, meus dedos se enterrando no cabelo úmido dele, puxando com força enquanto meus quadris acompanhavam o ritmo dele. O prazer era quase insuportável, uma corrente que subia pelo o meu corpo, me deixando à mercê dele. — Você... me deixa louca, sabia?
Ele riu baixo, o som vibrando contra meu pescoço enquanto ele mordiscava a pele ali, deixando uma trilha de calor.
— Boa notícia, porque você tá fazendo a mesma coisa comigo — ele disse, uma das mãos deslizando pelo o meu quadril, segurando-me com firmeza enquanto acelerava o ritmo, cada movimento mais intenso, mais urgente. — Olha pra mim, amor. Quero te ver.
Obedeci, encontrando os olhos dele, e o que vi ali me tirou o fôlego. Não era só desejo. — era algo cru, íntimo, como se ele estivesse se entregando tanto quanto eu. Minha mão subiu até o rosto dele, traçando a linha do seu maxilar, e eu puxei ele para um beijo, nossas línguas se encontrando num ritmo que acompanhava o movimento dos nossos corpos.
— Eu te amo — murmurei contra os lábios dele, as palavras saindo sem aviso, carregadas de tudo o que eu sentia.
— Te amo mais — ele respondeu, a voz entrecortada, os movimentos ficando mais rápidos, mais profundos, como se quisesse gravar aquelas palavras em mim. Ele segurou minhas coxas, ajustando o ângulo, e eu soltei um gemido alto, o prazer me atravessando como uma onda. — Isso, amor... se deixa levar — ele sussurrou, os lábios roçando os meus entre beijos famintos. — Quero te sentir gozar de novo.
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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶
FanficDesde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
