📍 Brasil - Goiânia - Go.
DEZESSETE DE MARÇO.
SEGUNDA-FEIRA.
>>> Marília Mendonça.
02:51
O quarto parecia pulsar com o eco dos nossos gemidos, o ar pesado com o cheiro de suor e desejo, e eu ainda sentia os tremores do prazer correndo pelo meu corpo como ondas depois de uma tempestade. Murilo estava sobre mim, o peso dele um conforto possessivo, a respiração ofegante contra meu pescoço enquanto ele traçava beijos preguiçosos pela minha clavícula. A minha lingerie estava jogada no chão, esquecida, e eu me sentia exposta, vulnerável, mas ao mesmo tempo invencível nos braços dele. Cada toque, cada sussurro, tinha sido uma provocação que nos levava mais fundo, e agora, com o coração ainda disparado, eu não queria que a noite acabasse.
— Murilo... — sussurrei, minha voz rouca, quase quebrada, enquanto deslizava as unhas pelas costas dele, sentindo os músculos se contraírem sob meu toque. — Você acha que a gente pode parar agora? Porque eu tô... tô querendo mais.
Ele ergueu o rosto, os olhos escuros e intensos fixos nos meus, um sorriso torto curvando os lábios enquanto ele se inclinava para roçar a boca na minha, um beijo lento, quase torturante.
— Mais? — repetiu, a voz grave, carregada de um tom provocador que me fazia arrepiar. — Você tá me pedindo ou exigindo, amor? Porque se for exigência, eu obedeço... mas vou te fazer pagar por isso.
Eu ri, baixo e provocador, arqueando o corpo contra o dele, sentindo o calor dele pulsar contra mim de novo, a tensão voltando a crescer como se nunca tivesse diminuído.
— Exigindo — retruquei, mordendo o lábio inferior dele de leve antes de puxá-lo para um beijo mais profundo, nossas línguas se encontrando em um ritmo urgente. Minhas mãos desceram pelo abdômen dele, traçando os músculos definidos, descendo mais até encontrá-lo, envolvendo-o com firmeza, sentindo-o endurecer sob meu toque. — Me mostra o que você faz quando eu exijo, Huff. Ou vai ficar só na ameaça?
— Porra, amor, você não facilita — ele gemeu, os quadris se movendo contra minha mão, o corpo inteiro se tensionando enquanto ele capturava meus pulsos, prendendo-os acima da minha cabeça com uma mão, a outra descendo devagar pelo o meu corpo, os dedos traçando a curva do meu quadril antes de encontrar o calor entre minhas pernas. — Tá brincando com fogo, amor. Quer que eu te faça implorar de novo?
Eu gemi, o toque dele elétrico, me fazendo arquear as costas, o prazer se acumulando rápido demais.
— Implorar? — provoquei, a voz entrecortada, os olhos fixos nos dele enquanto me contorcia sob o peso dele. — Você que vai implorar quando eu te montar, moreno. Me solta... deixa eu te mostrar.
Ele riu, um som gutural que vibrava contra minha pele, mas soltou meus pulsos, rolando para o lado e me deixando subir sobre ele, as pernas entrelaçando as dele enquanto eu me posicionava, sentindo-o entrar devagar, preenchendo-me completamente — oque é bastante dolorido, Murilo pau muito grande e um tanto grosso — O prazer era avassalador, a tensão nos consumindo enquanto eu começava a me mover, lento no início, os quadris ondulando em um ritmo que o fazia gemer.
— Assim? — perguntei, as mãos no peito dele para me apoiar, os movimentos ganhando intensidade. — Me diz, amor... tá gostando?
— Gostando? — Ele rosnou, as mãos nos meus quadris, guiando o ritmo, os olhos escuros de desejo enquanto se sentava um pouco, puxando-me para um beijo faminto. — Você tá me destruindo, Marília. Mais rápido... por favor.
Obedeci, acelerando, os corpos se chocando em uma dança selvagem, os gemidos se misturando aos sussurros — "Te amo assim", "Não para", "Você é minha" — até que o clímax nos atingiu de novo, eu vindo com um grito abafado contra o ombro dele, o corpo tremendo, e ele me seguindo, as mãos apertando a minha cintura com força.
Ficamos assim por um tempo, ofegantes, entrelaçados, o suor grudando nossas peles enquanto o cansaço finalmente começava a se instalar. Ele me deitou ao lado dele, puxando o lençol sobre nós, os braços me envolvendo como se não quisesse me deixar ir.
— Pronto, amor... agora a gente dorme — murmurou, beijando minha testa, a voz suave, mas ainda rouca.
Eu ri, fraca, tentando me mexer, mas sentindo as pernas moles, o corpo exausto de um jeito delicioso.
— Dormir? Murilo, eu não consigo nem ficar em pé depois dessa noite — reclamei, o tom provocador, virando-me para encará-lo com um sorriso malicioso. — Olha o que você fez comigo... tô destruída. Como vou explicar isso amanhã?
Ele riu, os olhos brilhando com satisfação enquanto traçava os dedos pelo meu braço.
— Destruída? — repetiu, inclinando-se para roçar os lábios nos meus. — Boa notícia, porque eu tô do mesmo jeito. Mas, ei, se você não consegue ficar em pé, eu te carrego. Ou melhor... a gente fica aqui o dia todo amanhã.
— Tentador — sussurrei, aninhando-me contra o peito dele, o cansaço vencendo enquanto eu fechava os meus olhos. — Mas você sabe que eu vou cobrar mais, né?
— Pode cobrar — ele murmurou, a voz baixa e os seus dedos brincando com o meu cabelo. — Te amo, meu amor.
— Eu te amo muito mais — respondi, o sono me levando.
Mas o calor dele me mantendo ancorada, como se a noite nunca precisasse acabar.
Fico desenhando círculos no peito dele com a ponta dos dedos, tentando relaxar, mas o sono simplesmente não vem. O corpo está cansado, mas a mente… a mente parece presa em alguma coisa. Sinto um peso na garganta, uma sensação estranha.
💭 “Será que é por causa da caipirinha de ontem?”, penso, franzindo o cenho.
De repente, a náusea me domina. Levanto rapidamente e corro até o banheiro. Abro a tampa do vaso e vomito, sentindo o corpo inteiro estremecer. Logo atrás de mim, Murilo aparece — ele segura o meu cabelo com cuidado, prendendo num coque improvisado, e fica ali comigo em silêncio, me apoiando do jeito mais terno possível.
Quando termino, escovo os meus dentes e volto pra cama, um pouco envergonhada, mas aliviada.
— Tá melhor? — ele pergunta baixinho. Balanço a cabeça afirmando.
— Tô sim. — murmuro, ainda fraca e cobrindo os nossos corpos.
— Tem certeza? — ele insiste, acariciando o meu rosto.
— Tenho, vida. Acho que foi só a caipirinha mesmo. — respondo, e ele apenas sorri, voltando a passar os dedos entre o meu cabelo.
— Eu te amo. — sussurro, deitada sobre o peito dele.
— Eu te amo mais ainda. — ele responde, beijando meus cabelos.
Volto a desenhar círculos no seu peito, agora num ritmo mais lento, sentindo o calor e o coração dele bater sob a minha mão. Aos poucos, o sono finalmente vem, e tudo o que resta é a sensação de paz — de estar exatamente onde eu deveria estar.
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Meta: 40 ✨
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Palavras: 1.118
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Continua....
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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶
FanficDesde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
