•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚃𝚑𝚒𝚛𝚝𝚢-𝙾𝚗𝚎|•

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📍 Brasil - Goiânia - Go.

DEZESSEIS DE MARÇO.
DOMINGO.

>>> Murilo Huff.

12:09

Meu coração ainda tava disparado, mesmo com Marília nos meus braços, o gosto do beijo dela ainda nos meus lábios. O quintal da casa das gêmeas tava uma bagunça de vozes, risadas e música, com nossos amigos nos cercando, gritando parabéns e fazendo piadas.

O buquê de rosas que eu tinha dado pra ela tava nas mãos da Maiara agora, que balançava as flores como se fosse uma líder de torcida. Mas eu só conseguia focar em Marília, no jeito que ela sorria, os olhos brilhando com lágrimas que ela tentava disfarçar, e, principalmente, na aliança que eu tinha colocado no dedo dela. Ver aquele anel ali, brilhando na luz das lanternas penduradas no quintal, fazia tudo parecer ainda mais real.

E no meu dedo, a aliança que ela colocou em mim — um momento que quase me derrubou de emoção — parecia pulsar com o mesmo calor que eu sentia no peito.

— Tô te olhando, amor, e ainda não acredito que você armou tudo isso — Marília disse, a voz meio embargada, mas com aquele tom provocador que eu amo. Ela tá agarrada no meu braço, o corpo colado ao meu, e levantou a mão pra admirar a aliança de novo, a luz refletindo no anel simples, mas perfeito. — Olha isso, amor. Tô noiva de você agora. Como assim? — Eu ri, puxando-a pela cintura e beijando a testa dela.

— Noiva, é? — provoquei, levantando minha mão pra mostrar a aliança no meu dedo. — Então eu também sou seu noivo, Mendonça. E, olha, acho que fiz um bom trabalho com esse anel, hein?

Ela riu, roçando o nariz no meu ombro antes de olhar pra mim, os olhos brilhando.

— Você sabe que sim. Mas, sério, quando você planejou isso? — perguntou, girando a aliança no dedo, como se ainda estivesse se acostumando com o peso dela. — E como convenceu as gêmeas a não me contarem nada?

Antes que eu pudesse responder, Maraísa se meteu na conversa, aparecendo com uma cerveja na mão e um sorriso de quem tava adorando a bagunça.

— Ó, Marília, foi difícil, viu? — disse, apontando pra mim. — Esse cara aí me fez jurar segredo. Quase explodi segurando essa surpresa!

— Verdade — Maiara completou, se aproximando com Gustavo logo atrás. — Ele tava um nojo de tão nervoso, Marília. Ligando toda hora, perguntando se tava tudo certo, se o buquê tava bonito. Parecia que ia pedir o Brasil inteiro em namoro, não só você. Eu revirei os olhos, rindo.

— Tá, tá, podem parar de me zoar. O importante é que ela disse sim — falei, apertando a cintura da Marília e puxando-a pra mais perto. — E, ó, Maraísa, Maiara, vocês arrasaram na organização. Mas não contem pra ela que eu quase derrubei o buquê no caminho pra cá.

Marília riu alto, dando um tapinha no meu peito.

— Sério, amor? Você quase estragou minha surpresa? — Ela levantou a mão de novo, olhando a aliança com um sorriso que parecia iluminar o quintal inteiro. — Ainda bem que você se salvou. Porque esse anel... nossa, tá perfeito.

— Perfeito como você — murmurei, baixo o suficiente pra só ela ouvir, roubando um beijo rápido que fez ela corar. Mas, claro, Gustavo e Lucas não perderam a chance de zoar.

— Meu Deus, vocês dois são melosos demais! — Fernando exclamou, levantando a cerveja como se brindasse à nossa cara. — Tô quase pedindo um balde pra vomitar aqui. Cadê o João Gustavo pra ver essa cena?

𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora