•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝙵𝚘𝚛𝚝𝚢-𝙵𝚒𝚟𝚎|•

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📍 Brasil - Goiânia - Go.

VINTE E QUATRO DE JUNHO.
TERÇA - FEIRA.

>>> Murilo Huff.

14:07

O quintal tava um caos bom, do jeito que a gente gosta. O sol brilhava forte, o cheiro do churrasco ainda pairava no ar, e as risadas dos nossos amigos enchiam tudo com uma energia que fazia o dia parecer perfeito. As caixinhas com as chupetas tinham causado a maior comoção, e eu ainda tava tentando processar a felicidade de ver todo mundo surtando com a notícia do nosso bebê.

A Marília está ao meu lado, toda linda no seu vestido branco, a barriguinha começando a aparecer, e eu não conseguia tirar os olhos dela. Cada vez que ela ria ou respondia às zoações, meu coração dava um salto. Era ela, nosso bebê, nossa vida juntos.

— Mano, um bebê Mendonça Huff?! — Gustavo repetiu, ainda com a cerveja na mão, balançando a cabeça como se não acreditasse. — Murilo, tu já tá imaginando como vai ser correr atrás desse moleque no estúdio? Ou, sei lá, uma menininha cantando com a Marília?

— Tô imaginando tudo, Gustavo — respondi, rindo enquanto virava um espeto na churrasqueira, a mão livre na cintura da Marília. — Mas, ó, já vou avisando: se for menina, nada de moleque chegando perto. E se for menino, vou ensinar ele a tocar violão antes mesmo de andar.

— Padrinho, hein? Me coloca na lista! — Gustavo brincou, apontando pra mim. — Esse bebê vai precisar de um tio que ensine as melhores zoeiras.

— Tio zoeiro, é? — Marília retrucou, rindo enquanto se ajeitava na cadeira, o cansaço da gravidez aparecendo nos olhos, mas o sorriso firme. — Vamos ver se você aguenta o choro de madrugada, Gustavo.

Nayara, que tava com a Laurinha no colo, se aproximou, sorrindo.

— Marília, Murilo, sério, que bênção — disse, acariciando a mão da Marília. — A Laurinha já tá doida pra brincar com o priminho. Né, filha?

— Sim! — Laurinha exclamou, os olhinhos brilhando enquanto apontava pra barriga da Marília. — Dinda, o bebê já suta?

Marília riu, puxando a Laurinha pro colo com cuidado.

— Ainda não, Laurinha, mas quando chutar, te chamo pra sentir, tá? — Ela olhou pra mim, o sorriso tão doce que quase me desmontei ali.

Silveira, gritou do outro lado do quintal:

— Murilo, esse bebê vai puxar quem? A voz da Marília, a sua ou a teimosia da Marília? Porque se for teimoso que nem a mãe, coitado de tu! — Ele riu alto, e todo mundo caiu na gargalhada.

— Teimosia? — retruquei, fingindo ofensa enquanto passava mais uma carne pro prato. — Silveira, esse bebê vai ser um fenômeno. Vai cantar que nem a mãe e ter o charme do pai. Anota aí.

Maiara, que tava quase pulando de ansiedade, se intrometeu:

— Marília, já pensaram no chá revelação? Porque eu e a Maraísa já temos um plano. Balões cor-de-rosa e azuis, a surpresa do sexo, vamos deixar em off e confetes surpresa! — Ela gesticula tanto que quase derrubou o copo do Fernando.

— Calma aí, Maiara! — Marília disse, rindo, mas balançando a cabeça. — A gente quer simples, tá? Não transforma nosso chá num Rock in Rio. Mas, sim, a gente tá pensando em fazer, né, amor? — Ela olhou pra mim, e eu assenti, puxando ela pra mais perto.

— Tô dentro, loira — falei, beijando o ombro dela. — Algo nosso, com a nossa cara. Mas as gêmeas podem ajudar, desde que não chamem um circo inteiro.

— Simples, ele diz! — Maraísa zoou, pegando outro pedaço de carne. — Marília, deixa com a gente. E, me diz, já escolheram nomes? Porque esse bebê precisa de um nome poderoso.

— Marcela se for menina, Léo se for menino — respondi, olhando pra Marília, que sorriu, confirmando com a cabeça. — O que acham?

— Marcela? Léo? — Iago repetiu, dando um tapa no ombro do Fernando. — Mano, é chique. Léo é bruto, Marcela é classuda. Combina com vocês.

— Pois é, a mãe já tá impondo respeito — João Gustavo disse, rindo enquanto Iollanda, dava um beliscão de leve no braço dele.

— João, para de zoar a Marília! — Iollanda disse, sorrindo pra Marília. — Sério, Marília, vai ser lindo. Já tô imaginando você cantando pra esse bebê dormir. Ele vai crescer com a melhor trilha sonora.

— Ai, Iollanda, não me faz chorar agora — Marília respondeu, os olhos marejando enquanto apertava minha mão. — Mas, galera, de verdade, a gente tá tão feliz de contar pra vocês. Era importante que soubessem antes da internet.

— Por falar em internet — Fernando disse, apontando pra nós com o garfo. — Como vocês vão soltar essa bomba nas redes? Porque, ó, se vazar antes, os fofoqueiros vão fazer a festa.

— A gente quer algo simples — Marília explicou, inclinando-se contra mim. — Talvez uma foto com a ultrassom, nós dois de mãos dadas, sei lá. Algo que seja a nossa cara, sem firula. E pros amigos, queríamos essa energia de hoje, contar assim, olhando no olho.

— Boa, mana — João Gustavo disse, levantando o copo. — Mas, ó, se for menino, ele vai aprender violão comigo. Se for menina, coitado de você, Murilo, vai ter que virar segurança.

— Segurança? — exclamei, rindo enquanto eu abraçava a Marília mais forte. — João, já falei, se for menina, nada de namoradinho. Ela vai ser nossa princesinha pra sempre, ponto.

Marília riu alto, o cansaço parecendo sumir por um segundo enquanto olhava pra mim.

— Vocês são demais — disse, a voz embargada, a mão na barriga. — Esse bebê já é tão amado, vocês não têm ideia.

O churrasco seguiu com mais risadas, a música rolando ao fundo, e as gêmeas já planejando o chá revelação como se fosse o evento do século. Eu olhava pra Marília, com a minha mão na barriga dela, e pensava que não tinha nada melhor do que isso: ela, o nosso bebê, os nossos amigos. Tudo tá se encaixando, e eu mal posso esperar pra ver o que vem pela frente.

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Continua.....

𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora