📍Brasil - São Paulo - Vila Olímpia.
DOIS DE MARÇO.
DOMINGO.
>>> Murilo Huff.
08:21
Marília estava me levando à loucura, e ela sabia disso. O jeito que ela me encarava, com aqueles olhos brilhando de provocação, os lábios entreabertos num sorriso que era ao mesmo tempo doce e perigoso, ela faz o meu sangue ferver. A água quente escorria entre nós, o vapor nos envolvendo como se o mundo lá fora tivesse desaparecido, deixando só ela, eu, e esse fogo que não apagava. As mãos dela, segurando o sabonete, deslizavam pelo meu peito com uma lentidão calculada, os dedos traçando cada linha dos meus músculos, descendo devagar, perigosamente devagar, até onde eu já estava duro de novo, pulsando só com o toque dela.
— Tá gostando de me torturar, é? — perguntei, a voz saindo mais rouca do que eu queria, enquanto segurava o pulso dela, só pra sentir o controle escorregar um pouco mais.
Ela riu, um som baixo e provocador que reverberou no meu peito, e se aproximou, o corpo molhado colando no meu, a pele escorregadia sob a água.
— Torturar? — ela repetiu, inclinando a cabeça, os cabelos molhados grudados no pescoço de um jeito que me fazia querer beijar cada centímetro ali. — Tô só te dando um gostinho do que você faz comigo, Murilo. — Os dedos dela desceram mais, envolvendo-me com uma firmeza que me fez soltar um gemido baixo, os quadris se movendo instintivamente contra a mão dela. — E aí? Quem tá torturando quem agora?
— Você, sua peste — respondi, rindo entre dentes, mas o som virou um grunhido quando ela apertou de leve, os movimentos precisos, como se soubesse exatamente como me levar ao limite. Eu segurei o rosto dela com as duas mãos, puxando-a para um beijo faminto, nossas línguas se encontrando num ritmo que era puro desejo. — Tá vendo o que você faz comigo? — murmurei contra os lábios dela, mordendo o inferior de leve antes de descer os beijos pelo o seu queixo, seu pescoço, sentindo o pulso dela acelerar sob minha boca.
— Acho que tô vendo... e sentindo — ela retrucou, a voz carregada de malícia enquanto continuava a me provocar com as mãos, a água tornando tudo mais intenso, mais escorregadio. — Quer que eu pare, então? — perguntou, os olhos brilhando com um desafio que eu conhecia bem demais.
— Parar? — Eu ri, segurando os quadris dela e puxando-a contra mim, deixando ela sentir exatamente o quanto eu não queria que ela parasse. — Nem sonhe, Mendonça. Quero você me levando até onde eu não aguento mais. — Minhas mãos desceram pelas coxas dela, levantando uma das suas pernas para envolver a minha cintura, o que nos deixou ainda mais próximos, o calor dela contra mim me fazendo cerrar os dentes para não perder o controle ali mesmo.
— Então me mostra — ela sussurrou, os lábios roçando os meus, a voz um convite que eu não podia ignorar. — Me mostra o que você faz quando não aguenta mais, Huff. — Ela se moveu contra mim, os quadris ondulando de um jeito que era pura provocação, e eu senti meu autocontrole se desfazer como fumaça.
— Você pediu — murmurei, pressionando-a contra a parede do box, o azulejo frio contra as costas dela enquanto eu me posicionava, entrando nela com um movimento lento e profundo que nos fez gemer juntos. A água caía sobre nós, amplificando cada sensação, cada roçar da pele. — Sente isso, amor? — perguntei, a voz rouca, enquanto começava a me mover, cada estocada um pouco mais forte, mais intensa. — Sente como você me deixa louco?
— Sinto... sinto tudo — ela ofegou, as unhas cravando nos meus ombros, os olhos semicerrados enquanto se entregava ao ritmo. — Mais forte, amorr... quero te sentir mais. — A voz dela era um misto de súplica e comando, e eu obedeci, acelerando, os movimentos se tornando mais urgentes, nossos corpos colidindo sob o jato quente.
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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶
FanficDesde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
