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DEZESSETE DE DEZEMBRO.
QUARTA-FEIRA.
>>> Marília Mendonça.
12:01
A casa ficou silenciosa depois que todo mundo foi embora, e aquele silêncio parecia quase mágico, como se o mundo tivesse parado pra nos deixar curtir nosso primeiro dia em casa com o Léo.
A sala ainda tava com alguns confetes azuis espalhados pelo chão, e a faixa com o nome dele, “Léo Mendonça Huff”, brilhava na parede, me fazendo sorrir toda vez que eu olhava. Meu coração tava tão cheio — de amor, de gratidão, de uma felicidade que parecia transborda.
Mas, meu Deus, como eu tava cansada! O corpo ainda doía do parto, e as emoções do dia tinham me deixado exausta, mas feliz como nunca.
— Amor, bora subir? Você precisa descansar, e o Léo também — o Murilo disse, com aquela voz carinhosa que sempre me acalma, enquanto me ajudava a levantar do sofá.
— Tô morta, mas tô tão feliz, Murilo. Olha nosso menino, ele tá aqui com a gente — falei, olhando pro Léo, que dormia no carrinho, com a chupeta na boquinha, parecendo um anjinho.
Ele sorriu, daquele jeito que fazem os meus joelhos tremerem, ele segurou minha mão com cuidado, como se eu fosse de porcelana. Subimos as escadas devagar, eu com uma mão na cintura, sentindo o corpo pedir trégua, e o Murilo segurando o carrinho do Léo com a outra mão, garantindo que nosso menino tava seguro.
Quando chegamos no quarto, ele estacionou o carrinho do lado da nossa cama, onde o berço do Léo já tava arrumadinho, com um móbile de leõezinhos girando devagar.
— Me dá ele, amor — pedi, estendendo os braços, querendo sentir o peso do Léo no meu colo mais uma vez.
O Murilo pegou ele com todo cuidado, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo — e era. Ele me entregou o Léo, e eu o aninhei contra meu peito, sentindo aquele cheirinho de bebê que parecia o melhor perfume do universo. O Murilo se abaixou, beijou minha testa e depois deu um cheirinho na cabecinha do Léo, que resmungou, mas continuou dormindo.
— Pronto, amor, agora deixa eu colocar o nosso leãozinho no berço pra você descansar — ele disse, com um sorriso.
Com cuidado, ele pegou o Léo dos meus braços e o colocou no berço, ajeitando a mantinha com estampa de leõezinhos sobre ele. Fiquei olhando, com o coração apertado de amor, enquanto o Murilo arrumava tudo com uma delicadeza que eu nem sabia que ele tinha. Ele virou pra mim, com aquele olhar de quem tá vivendo o melhor momento da vida.
— Vai, loira, se troca. Eu fico de olho nele — ele falou, apontando pro berço.
Entrei no closet, ainda sentindo o meu corpo pesado, e tirei o vestido que eu usei pra sair do hospital. Fiquei só de calcinha e sutiã, peguei um pijama confortável, e deixei em cima da cama.
Antes de me trocar, decidi que precisava de um banho pra relaxar. Fui pro banheiro, e o Murilo, claro, veio atrás, com aquele sorrisinho travesso que eu conheço tão bem.
— Tô só te acompanhando, amor. Não confio em você sozinha nesse banheiro com esse cansaço todo — ele brincou, enquanto tirava a camisa, o short, e a cueca.
— Sei, Murilo. Você só quer uma desculpa pra tomar banho comigo — retruquei, rindo, enquanto abria o chuveiro.
Ele entrou atrás de mim, e a água quente começou a cair, aliviando cada músculo tenso do meu corpo. De repente, senti os braços dele me envolvendo por trás, o peito quente contra minhas costas, e ele começou a beijar o meu pescoço, com aqueles beijos lentos e cheios de carinho que sempre me fazem derreter. Fechei os meus olhos, suspirando, e coloquei a minha mão na nuca dele, sentindo os cabelos dele molhados entre meus dedos.
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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶
FanficDesde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
