Desde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
O quintal ainda tava animado, com risadas ecoando e o cheiro do churrasco misturado com a brisa do fim de tarde. Eu e Murilo passamos horas conversando com nossos amigos, as gêmeas fazendo planos malucos pro chá revelação, enquanto Gustavo e Fernando zoavam o Murilo sobre ser pai.
A energia deles era contagiante, mas, conforme o sol começava a baixar, o cansaço da gravidez foi apertando. Um a um, os amigos foram se despedindo, com abraços apertados e mais parabéns pelo bebê. Só João Gustavo e Iollanda ficaram, ajudando a gente e a Mazé a organizar a bagunça do churrasco.
— Mano, esse almoço foi épico — João disse, empilhando pratos na cozinha enquanto Iollanda guardava as sobras na geladeira. — Mas, sério, Marília, você tá brilhando. Esse bebê já tá te deixando mais diva ainda.
— Diva com uma barriga que não para de crescer — retruquei, rindo, mas com um toque de mau humor que não conseguia evitar. — Valeu, João. Agora ajuda a Mazé direito, que você é lerdo pra caramba. — Mazé riu, dando um tapinha no ombro do João.
— Deixa comigo, minha filha. Vocês dois vão descansar, que o dia foi cheio.
Olhei pro Murilo, que tava enxugando as mãos num pano de prato, e fiz sinal com a cabeça.
— Amor, vamos subir? Tô morta — falei, já sentindo o peso do dia.
— Vamos, loira — ele respondeu, com aquele sorriso que me desarmava, mesmo quando eu tava irritada.
Despedimo-nos da Mazé, do João e da Iollanda, e subimos pro meu quarto.
Lá, comecei a tirar as jóias, jogando os brincos e o colar na penteadeira, e arranquei a rasteirinha branca, sentindo alívio nos pés. O vestido branco, que já tava começando a apertar, saiu logo em seguida, e eu marchei pro banheiro, precisando da água quente pra relaxar.
Murilo, sem perder a chance, veio atrás, com aquela cara de quem sabia exatamente o que tava fazendo.
— O que foi, Murilo? — perguntei, fingindo braveza enquanto abria o chuveiro, mas já sentindo o calor subir com o olhar dele.
— Nada, amor. Só vim te ajudar a relaxar — ele disse, a voz grave, entrando no box comigo, as mãos já na minha cintura enquanto a água caía. O banho virou uma mistura de tensão e provocações, com ele me puxando pra perto, beijando meu pescoço, os dedos traçando minha pele. — Tá brava, loira? Porque assim você fica ainda mais gostosa - ele murmurou, mordendo de leve minha orelha, me fazendo rir e gemer ao mesmo tempo.
— Para de me provocar, Murilo — retruquei, mas me virei, beijando ele com força, o desejo tomando conta enquanto a água escorria entre nós.
O momento foi intenso, cheio de toques, sussurros e aquela conexão que só a gente tinha. Saímos do banheiro enrolados em toalhas, ofegantes, mas rindo como dois bobos.
Ele vestiu um short leve de tecido, e eu coloquei uma lingerie preta, simples, mas que eu sei que o deixava louco.
Murilin
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