•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝙵𝚘𝚛𝚝𝚢-𝚃𝚑𝚛𝚎𝚎|•

65 10 21
                                        

📍 Brasil - Goiânia - Go.

VINTE E QUATRO DE JUNHO.
TERÇA - FEIRA.

>>> Murilo Huff.

10:12

Uma semana se passou desde aquele dia intenso da consulta, e, caramba, parecia que tudo tinha mudado e ao mesmo tempo se encaixado. Marília e eu estávamos mais felizes, mais conectados, como se a ideia de sermos pais estivesse finalmente se assentando nos nossos corações. Cada dia era uma mistura de euforia e aquele nervosismo bom de quem tá prestes a viver algo gigante.

Eu acordava todo dia olhando pra ela, pra barriguinha que já começava a aparecer, e sentia um orgulho que não explicava. Era nosso bebê ali, crescendo, e a gente tava cada vez mais acreditado que isso era real.

Marília já tinha falado com o escritório dela, a WorkShows, e com o Wander, o empresário dela. Eu tava com ela quando ela ligou, e dava pra ouvir a animação do outro lado da linha. Wander ficou eufórico, desejou mil felicidades, disse que o bebê já era a estrela do pedaço.

“Marília, você vai ser uma mãe incrível, e o Murilo já tá com cara de pai babão”

Ele brincou, e ela riu alto, o rosto iluminado. Eu também já falei com meu escritório, que tá cuidando do começo da minha carreira. Eles foram super de boa, me parabenizaram, disseram que era pra eu focar na família, mas que o DVD tava ficando um espetáculo. A internet e os amigos, por enquanto, estão no escuro, mas a gente tá planejando contar tudo direitinho. Hoje, a gente resolveu organizar um almoço em casa, com um churrasco pra depois, pra chamar os amigos e contar a novidade. A cozinha tá uma bagunça organizada, com a Mazé comandando os preparativos e a Marília cortando legumes pra salada, mesmo com aquele humor oscilante que vinha com a gravidez.

Eu estou na churrasqueira no quintal, acendendo o carvão, mas não parava de olhar pra ela pela janela. Ela tava linda, mesmo com uma camiseta larga e um short que, segundo ela, era “o único que ainda servia”. A barriga dela tá começando a aparecer, uma curva suave que me fazia sorrir toda vez que via, mas as roupas... bom, elas tavam virando um problema.

— Murilo, olha essa droga de camiseta! — ela reclamou, entrando no quintal com uma faca na mão e uma cara de quem tava pronta pra brigar com o mundo. — Não entra direito, tá apertando meus seios, e esse short? Aperta minhas coxas. Tô me sentindo um balão!

Eu ri, deixando o espeto de lado e me aproximando, puxando-a pela cintura com cuidado.

— Um balão? Amor, você tá é linda pra caralho — disse, beijando a testa dela. — Essa barriguinha é a coisa mais fofa que já vi. E, ó, se as roupas não tão servindo, a gente vai comprar outras. Quer ir amanhã? Escolhe tudo novo, bem confortável.

Ela bufou, mas se aninhou no meu peito, o mau humor amolecendo um pouco.

— Tô feliz com a barriga, juro, Murilo. É nosso bebê. Mas essas roupas... me irritam. Tô parecendo que vou explodir. E meus peitos? Meu Deus, nem te conto como tão doloridos.

— Eu sei, amor — falei, rindo baixo, a mão descendo pra barriga dela, acariciando de leve. — Mas olha, você tá radiante. E, sério, a gente vai resolver isso. Que tal uns vestidos soltinhos? Ou aquelas calças de gestante? A gente acha algo que te faça se sentir a rainha que você é.

— Rainha, sei — ela retrucou, mas sorriu, dando um tapinha no meu peito. — Tá, vai, volta pra sua churrasqueira antes que queime tudo. E não vem com mãos bobas agora, que eu tô ocupada.

— Sem mãos bobas, prometo — menti, piscando enquanto voltava pro carvão, mas não resisti e dei uma olhada pra ela voltando pra cozinha, o rebolado ainda me deixando louco, mesmo com o short apertado.

Na cozinha, ela tava cortando cebolas com a Mazé, resmungando sobre o cheiro, mas rindo de algo que a Mazé contava.

— Mazé, se esse bebê nascer com fome de cebola por minha causa, eu culpo você — ela brincou, e a Mazé riu alto, balançando a cabeça.

— Minha filha, esse bebê vai nascer com fome de churrasco, isso sim, com o pai que tem — Mazé retrucou, apontando pra mim pela janela.

— Verdade — Marília disse, olhando pra mim com um sorriso que misturava carinho e provocação. — Murilo, não deixa queimar a carne, hein? Nosso filhote merece o melhor.

— Pode deixar, amor. Tô caprichando pro nosso Léo ou nossa Marcela — respondi, girando o espeto.

O meu coração super aquecido com o pensamento nos nomes que escolhemos.

....

12:16

A tarde passou rápido, com a gente terminando de preparar tudo pro almoço. Marília tava mais leve, apesar do mau humor que vinha e ia, e eu não parava de admirar o jeito que ela se movia, mesmo reclamando da roupa.

A barriga dela era um lembrete constante do que tava por vir, e eu mal podia esperar pra contar pros amigos. Sentei ao lado dela na varanda, enquanto esperávamos o pessoal chegar, e puxei a mão dela pra minha, beijando a aliança.

— Tá animada pra contar pros nossos amigos, loira? — perguntei, traçando círculos na palma da mão dela.

— Tô, sim. Mas nervosa também — ela admitiu, ajeitando a camiseta que insistia em subir. — Quero que seja especial, sabe? Nada de fofoca vazando antes. E quero ver a cara da Maiara e da Maraísa quando souberem que vão ser titias.

— Elas vão surtar — ri, imaginando as gêmeas gritando e planejando o chá revelação na hora. — Mas vai ser perfeito, amor. A gente tá construindo a nossa família, e todo mundo que importa vai estar com a gente.

Ela sorriu, inclinando-se pra me beijar, o gosto dos lábios dela me fazendo esquecer o mundo por um segundo.

— Te amo, amor. Mesmo com essas roupas me traindo.

— Te amo mais, vida. E você tá perfeita, com ou sem roupa — provoquei, ganhando um tapinha dela.

Um sorriso cresceu nos seus lábios e ele dizia que ela tava pronta pra encarar tudo comigo.
.

.

.

Meta: 40 ✨

.

.

.

Palavras: 1.004

.

.

.

Continua.....

𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora