📍 Brasil - Goiânia - Go
QUATORZE DE OUTUBRO.
TERÇA - FEIRA.
>>> Murilo Huff.
13:48
A festa do meu aniversário tava rolando solta na chácara, com a galera toda animada, rindo e conversando alto, o som sertanejo ecoando ao fundo e o clima de alegria tomando conta. Eu tava nas nuvens, não só por ser meu dia, mas por ter a Marília do meu lado, nossa família e amigos por perto, e nosso Léo, nosso leãozinho, crescendo na barriga dela.
A tatuagem que fiz pro Léo - um leão com uma rosa e o nome dele - ainda tava fresca no meu braço, e a reação emocionada da Marília quando viu foi o melhor presente que eu podia querer. A gente tava sentado, ela no meu colo, e eu sentia ele chutando toda vez que punha a mão na barriga dela. Era como se o Léo já soubesse que a festa era pra mim.
A galera tava espalhada pela chácara, com Gustavo, Fernando, Iago, João Gustavo, Maiara, Maraísa, Analu, Iollanda e a Mariana, prima da Marília, conversando e zoando sem parar.
Meu pai, a mãe da Marília e a Mazé, o João Gustavo, tavam ali também, contando histórias e rindo com a gente. Gustavo, como sempre, tava puxando as melhores piadas.
— Mano, tu viu que o Murilo agora é homem tatuado? - Gustavo disse, rindo, apontando pro meu braço. - Tá virando galã de novela mexicana, cuidado, Marília!
— Não tem novela mexicana que tire ele de mim - Marília retrucou, rindo, enquanto me dava um selinho rápido e apertava minha mão. - Esse aqui é meu, tatuagem e tudo.
— Isso, loira, marca território! - Fernando zoou, enquanto tomava um gole de cerveja. — Mas, sério, Murilo, essa tatuagem ficou braba. O Léo vai pirar quando crescer e ver isso.
— Tomara, né? — falei, sorrindo, enquanto acariciava a barriga da Marília. — Fiz pro nosso leãozinho, pra ele saber que o pai já tá na dele desde antes de nascer.
— Ai, que lindo! — Iollanda disse, com aquela cara de quem tava quase chorando. — Vocês dois são o casal mais fofo, juro.
— Fofo, né? — Marília brincou, olhando pra mim com aquele sorriso que me desmontava. — Ele acha que é galã, mas no fundo é só um bobo apaixonado.
— Bobo por você, amor — respondi, piscando pra ela, o que fez a galera rir e soltar um “ownn” coletivo.
De repente, Marília se mexeu no meu colo, ajeitando o vestido.
— Amor, vou no banheiro rapidinho — disse, me dando um selinho breve, mas cheio de carinho, antes de se levantar com cuidado, a mão na barriga. — Já volto.
— Tá bom, loira. Qualquer coisa, me chama — falei, enquanto ela se afastava, sorrindo pra mim antes de sumir na direção da casa.
Continuei na roda com a galera, ouvindo as histórias do meu pai sobre quando eu era criança e zoando o Iago, que tava tentando imitar um passo de dança e quase caiu da cadeira.
— Mano, tu é um perigo dançando — falei, rindo. — Deixa isso pro Léo, ele já tá treinando na barriga da mãe.
— Se o Léo puxar a mãe, ele vai ser tremenda de um cantor — João Gustavo disse, rindo. — Mas se puxar o pai, coitado, vai ser só charme.
— Charme é o suficiente, irmão — retruquei, enquanto a Mazé, rindo, contava uma história de quando o João Gustavo era pequeno e tentou cantar uma música do Zezé Di Camargo.
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𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶
FanficDesde cedo, a vida os marcou com a dor da perda. O pai de Marília e a mãe de Murilo faleceram quando eles ainda eram crianças, deixando em cada um um vazio que parecia impossível de preencher. O destino, porém, traçou outro caminho: a mãe de Marília...
