𝐎 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨! - 𝑀𝓊𝓇𝒾𝓁𝒾𝒶

•|𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚂𝚒𝚡𝚝𝚢-𝙴𝚒𝚐𝚑𝚝|•

📍 Brasil - São Paulo - SP.

TRINTA E UM DE DEZEMBRO.
QUARTA-FEIRA.

>>> Murilo Huff.

10:12

Depois que eu terminei de dar uma surra histórica no Mathias no FIFA — coitado, o garoto tentou, mas não deu pra mim —, o Léo já tava roncando nos braços da Marília, com aquela carinha de anjo que derrete qualquer um. Ela colocou ele no carrinho com cuidado, como se fosse a coisa mais frágil do mundo, e tentou ir pra cozinha ajudar no almoço e na ceia da virada. Mas a Ruth, a tia Jéssica e a Nayara não deixaram.

— Marília, minha filha, vai curtir o Murilo e o Léo! — a Ruth disse, com uma colher na mão, mexendo uma panela. — Aqui a gente dá conta.

— Isso mesmo! — a tia Jéssica completou, cortando ervas. — Você tá de mãe recente, deixa a gente mimar vocês três.

A Marília riu, balançando a cabeça, e voltou pra varanda, onde eu tava zoando o Mathias por ainda tentar recuperar o controle do jogo.

— Tá vendo, loira? Elas te expulsaram da cozinha! — falei, rindo, enquanto puxava ela pra sentar no meu colo por um segundo.

— Elas que mandam, né? — ela respondeu, me dando um selinho rápido antes de se sentar ao lado do carrinho do Léo.

A Mariana chegou logo em seguida, com uma garrafa de vinho na mão, cumprimentando todo mundo com abraços e beijos. Ela passou pela Ruth, pelo meu pai, pelo João Gustavo e a Iollanda, pelo Silveira, Nayara e Laurinha, pelo Mathias, que tava vermelho de tanto rir do jogo, e até deu um cheirinho no Léo antes de vir pra gente.

— Pri, olha esse vinho! — ela disse, entregando a garrafa pra tia Jéssica. — E o Léo? Meu Deus, tá cada dia mais lindo!

— Né, Mariana? — a Marília respondeu, rindo, enquanto ajeitava a manta no carrinho. — Ele tá dormindo agora, mas já já acorda.

A Laurinha veio correndo, puxando a mão da Mariana.

— Tia Maliana, olha o Léo! Ele é meu pliminho! — ela disse, com os olhinhos brilhando.

— É sim, pequena! — a Mariana respondeu, abaixando pra fazer carinho na Laurinha. — E você, vai ajudar ele a abrir os presentes do Papai Noel ano que vem?

— Vou! — a Laurinha gritou, pulando, e a Nayara riu, balançando a cabeça.

O pessoal chamou pra almoçar, e a mesa tava um espetáculo: assado com batatas, risoto de parmesão, salada com manga, farofa com bacon, e um suco de uva que a tia Jéssica fez pra criançada. A Marília colocou o carrinho do Léo do lado dela, e eu me sentei ao lado dela, de olho nele caso resmungasse. A conversa fluiu solta, com todo mundo falando ao mesmo tempo.

— Dagmar, esse assado tá uma delícia! — o Silveira elogiou, com a boca cheia. — Você ajudou?

— Eu? Só provei! — o Dagmar respondeu, rindo. — O mérito é da Jéssica e da Ruth.

— Equipe vencedora! — a Ruth disse, erguendo o copo de suco. — Mas, ó, o Léo e a Laura é o rei e a rainha da mesa hoje.

— Rei e futuro craque! — o João Gustavo zoou, com a Iollanda rindo do lado. — Né, amor?

— Com certeza! — a Iollanda respondeu, piscando pra Marília. — Ele já tem o charme da mãe.

— Charme da mãe, é? — brinco, olhando pra Marília. — Cuidado, amor, que o Léo vai te superar!