Capítulo 11

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Analua

Recebi uma mensagem da Camile dizendo que não ia vim hoje porque o Murilo chegou lá de surpresa. Murilo não mora na favela. Ele tem um apartamento e trabalha com arquitetura. Fiquei esperando meu pai chegar. Ainda estava deitada no sofá, só que ouvindo musica. Estava escutando aquela música JOÃO DE BAIRRO- Renato Vianna. Música linda.

''Oh meu Deus me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro eu te entendo agora
Por favor, me ensine como guardar meu amor
Meu amor''

Estava cantando, quando meu pai chegou e me deu um beijo na testa. -''Oi paizão, como foi o dia?'' Nem percebi a hora passar. Meu pai sempre chega ás 18h.

-''Oi filhota, foi bem cansativo e o seu?'' Ele disse, indo para cozinha guardar as coisas que ele comprou no mercado e depois bebeu água. Não quero mentir para o meu pai, sobre eu ter aceitado sair com o Gustavo. Não gosto de mentiras, mas se eu falar é ai que ele não deixa. É melhor não falar, vai ser só dessa vez.

-''Foi bem também... Hoje na escola foi bem legal. '' Ele abriu um sorriso e passou a mão na minha cabeça

-''Que bom filhota, vou subir pra tomar banho. Comprei uma pizza congelada no mercado, depois coloco no micro-onda pra a gente comer.'' Disse

A gente comeu a pizza assistindo TV, meu pai esta vendo jornal. Acabei de comer e fui subir para tomar banho e cair na cama. Dei um beijo no meu pai de boa noite e subi. Depois de banho tomado e dentes escovados, deitei na cama e fiquei ouvindo música. Queria falar com a minha amiga sobre o tal convite, mas como a conheço bem sei que ela irá dizer que o Gustavo está afim de mim. E isso não é verdade. Acabei pegando no sono...

Acordei com o meu alarme despertando-me e logo levantei. Fui tomar banho. Depois passei meu hidratante de corpo. Coloquei uma calça, a melhor calça que eu tinha. Essa realçava a minha bunda. Coloquei a blusa da escola, passei perfume. Penteei meus cabelos, e por algum milagre eles estavam lindos hoje. Calcei minha sapatilha azul escuro. Fiz uma maquiagem bonita, não queria nada chamativo, mas mesmo assim eu estava arrasando. Desci para tomar café com meu pai. Comi uma fatia de bolo de cenoura, era o meu preferido, e foi meu pai que fez. Depois tomei leite com toddy e comi uma banana. Depois desse café reforçado, subi para escovar os dentes e já estava pronta para ir.

Meu pai como sempre me levou ao ponto e se despediu com um beijo em meu rosto. Peguei o ônibus, lotado como sempre, mas eu não estava ligando. Dessa vez eu estava tão feliz que a ideia de virar sardinha enlatada me fez rir. Isso tudo porque iria sair com o Gustavo.

Cheguei à escola, cedo como sempre, e fiquei sentada no mesmo banco do pátio esperando dar a hora de entrar na sala. Só que para minha surpresa o Gustavo chegou cedo hoje. Eu o avistei, e ele estava me olhando. Meu coração estava acelerado. Nossa ele estava muito lindo. Ele estava de calça, sapatênis dar cor marrom, com a camisa da escola, seus cabelos estavam desgrenhados, mas de uma forma sedutora. Ele estava caminhando em minha direção. Levantei-me e ele parou na minha frente. Estava ofegante e não parava de olhar para mim. Seus olhos pareciam duas piscinas de tão azul. Ele é lindo demais.

-''Analua... eu preciso disso... '' Ele nem sequer terminou a frase e já selou nossos lábios colocando a mão em meu rosto. Puta que pariu como ele beija bem. Sua língua explorava minha boca por completo. Ele puxou meu corpo para perto de si e apertou minha bunda. Uma mão estava na minha bunda e a outra na minha nuca. Ele estava me deixando louca com seu toque e seu beijo. Eu estava incendiada por ele. Coloquei a mão em seu peito, e ele me beijava com muita vontade. Mordia meus lábios e beijava o canto da minha boca, o meu queixo e foi até o meu pescoço me beijando e passando a língua. Esse homem sabe me deixar excitada em apenas em segundos. Eu estava tocando em sua nuca e puxando seu cabelo de leve. Eu já não estava pensando em nada, mas não podia deixar me levar. Eu estava na escola, e se alguém nos vir, e resolve contar para diretora eu estou fodida.

-''Para Gustavo... Por favor, sem alguém ver a gente, eu estarei ferrada... '' digo sem fôlego. Ele ainda estava beijando meu pescoço e me puxando para mais perto dele. Ele era tão gostoso. Consegui sentir sua ereção crescendo por debaixo de sua calça. A essa altura molhei a minha calcinha toda.

-''Que se dance... Se alguém... Ver a gente... Eu só quero você. '' Disse com um pouco de dificuldade, pois não largava meu pescoço e já estava voltando para beijar minha boca.


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