Capítulo 59

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Passaram-se praticamente uma semana após o termino com Didô, e eu ainda não consigo acreditar no que ele fez comigo, a forma como agiu foi a pior impossível, não esperava que ele aceitasse com um sorriso no rosto, mas, se me amasse tanto como dissera por que não me apoiou? Por que não tentou resolver isso de uma forma pacifica? Ele me decepcionou, no entanto, eu o amo demais e não quero perdê-lo. Didô não me ligou e nem sequer veio aqui buscar suas coisas, e isso me deu uma pequena esperança de que ele ira voltar me pedindo desculpas.

Eu não vou à escola desde semana passada, logo eu que nunca deixei de faltar um dia sequer as aulas e aqui estou deitada na cama em plena segunda choramingando pela minha vida estar uma zona. Queria que meu pai estivesse aqui, talvez me sentisse mais forte e confiante, ou pelo menos alguém que eu possa despejar todos os meus problemas e mesmo assim continuaria ao meu lado me apoiando e ajudando. Eu tenho a minha amiga Camile, mas agora tudo mudou, a mesma está se preparando para o casamento que será em breve e a Tia Drica está toda animada com o casamento da filha e não era pra menos. Eu as amo muito, mas eu estou cansada dos meus problemas, imaginam elas? Não quero levar meus problemas pra ninguém, eu mesma tenho que resolver, aliás, já sou uma mulher adulta e tenho que organizar minha vida e vou começar por agora.

Levanto-me e vou para o banheiro tomar um banho, tomo um banho rápido e escovo os dentes, vou para o quarto e visto um short jeans desfiado, apesar de que quase já não está cabendo em mim, estou ficando redondinha e daqui a pouco minhas roupas não caberá em mim nem rezando. Visto uma blusa cinza larguinha, ajeito meu cabelo em um coque. Passo uma base no rosto para esconder as olheiras que me causaram e calço uma rasteirinha.

Decido não tomar café, já que são quase dez horas da manhã e logo será a hora do almoço, e ultimamente ando comendo irregularmente, saio de casa e vou caminhando entre as vielas e indo de encontro à escadaria. Estava indo para casa de Didô, sei que ele que deve vim até mim me pedir desculpas, mas eu o amo e passarei por cima do meu orgulho só para tê-lo de volta. Quero poder sentir seus braços ao redor do meu corpo, seus lábios juntos aos meus, quero poder dizer o quanto o amo e avistar aquele sorriso largo que eu tanto amo. Não vou tirar meu filho, não mesmo, isso estar fora de cogitação. Eu terei esse bebê se Deus quiser, e nada irá me impedir até mesmo Didô não poderá, mesmo que seja a condição dele.

A nossa ultima briga que tivemos ele pediu para que eu tirasse o bebê, mas a gente não conversou direito para chegarmos a um acordo, no entanto, algo me diz que hoje vou conseguir conversar com ele e o mesmo vai entender e me apoiar como sempre faz. O sentimento dele por mim é maior que seu ego, e disso eu não tenho duvidas.

Ando pela favela em passos largos e sinto os olhares de algumas pessoas sobre mim, acho que esse povo já sabe que não estou mais com Didô por isso não me lança mais aquele ''sorrisinho'' que antes me dava. Povo falso.

Quando ando mais rápido encontro Lorraine e seu bando de piriguete, todas estavam com um short quase no útero de tão curto que era e umas usavam um top e outras cropped. Lorraine me olhava espantada e caminhava em minha direção parando em minha frente, tento desviar da mesma e ela segura em meu braço. Inferno. Tudo oque eu não quero é ficar de briguinha com a Lorraine, não que eu tenha medo dela, na verdade eu tenho dó dela por se rebaixar a tanto já que ela é bonita e tem de tudo pra encontrar alguém melhor que esses homens da favela que só quer sexo com a mesma.

-''Olha eu não quero ficar de briguinha com você entendeu? Solta o meu braço agora. '' Digo alto e ela me solta ainda me olhando de cima a baixo.

-''Se você acha que essa blusa larga esconde a sua barriga está muito enganada, tá ligada? '' Ela diz abrindo um sorrisinho.

-''Não coloquei essa blusa pra esconder minha barriga sua anta. Agora saia da minha frente senão... ''

PÔR DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora