Capítulo 25

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Gustavo

Estava ligando toda hora para a minha... Para Analua. Eu precisava ouvir a voz dela. Eu necessitava disso, no entanto a mesma não atendia oque me deixava com muita raiva. Posso até entender que ela esteja com raiva de mim, mas poupei-a de passar por uma humilhação. Ela tem que me perdoar senão eu não sei oque farei.

Ainda sinto o gosto dela em meus lábios e o cheiro de seu corpo não sai de mim. Porra estou viciado nela, eu preciso dela do mesmo jeito que necessito de oxigênio. Quero sentir de novo aquele corpo, mas dessa vez quero que ela esteja consciente.

Eu não fiz sexo com ela, eu fiz amor e foi com todo carinho possível, mesmo que pela circunstância não pareça. Agora estou eu aqui deitado em minha cama e não paro de pensar na minha Analua, faz uns vinte minutos que cheguei da casa do Pedro. Parece que a festa na casa da Sayra passou para casa de Pedro, pois lá tinha muita gente e foi até difícil conversar com ele. Em todo caso ele sabe que se ele fizer algo que não esteja combinado eu acabo com ele.

Tentei ligar novamente para Analua, mas não atendeu como sempre, mas se ela não me atender eu juro que irei subir aquela favela a onde mora ela só para tentar conversar com a mesma. Fui então tomar banho e descansar um pouco.

Sayra

Até agora a Analua não respondeu minha mensagem. Eu estou muito preocupada com ela, fui irresponsável em deixa-la sozinha naquela festa, porém ela estava em companhia do Gustavo e a mesma me disse que estava tudo bem. Gustavo estava muito estranho ontem quando eu o vi na cozinha. Perguntei o que era, mas o mesmo me olhava com uma expressão séria e preocupado e eu até iria insistir em saber mais o Pedro chegou com mais dois amigos. Parecia estar se divertindo com algo que eu não sabia. Não dei importância e acabei indo de volta para sala e continuei a me divertir com a galera.

Analua

Dormi muito e quando acordei já era 20h da noite, fui ao banheiro joguei água no rosto e desci. Meu pai estava dormindo no sofá e a TV estava ligada, como sempre, eu a desliguei e fiquei com dó de acordar meu pai. Fui à cozinha e fiz um miojo para eu comer, depois de ter feito, esperei esfriar um pouco. Acho que meu pai sentiu o cheiro do miojo e levantou-se e foi até a cozinha.

-''Oi preguiçoso. '' Digo sorrindo sem mostrar os dentes. Esfriava o miojo e ele puxou o prato para si. –''Ei devolve é meu viu? '' Digo

-''Você acha que eu vou deixar você comer isso? Miojo não faz muito bem e eu já disse pra tu que só iria deixar você comer quando eu não tivesse em casa ou se você precisasse se alimentar rápido. '' Ele disse já iniciando seu discurso. Ai Deus.

-''Já sei pai, mas estou com fome ué. '' Digo tentando reverter à situação.

-''Vou preparar algo pra você. '' Disse beijando minha cabeça. Meu pai era sem duvida o melhor pai do mundo. Ele fez uma macarronada e eu quase devorei a panela inteira, a comida dele era muito boa. Estava na sala mexendo no celular e bloqueando todas as mensagens do Gustavo que por sinal eu não fazia nem questão de abrir. Didô me enviou outra mensagem e eu abri. ''Analua, estou em frente a sua casa, vem aqui pra eu te ver '' Ai Deus se meu pai sabe disso ele não ira gostar nem um pouco, só que dessa vez eu não irei mentir se caso ele perguntar. Subi e escovei os dentes e desci o mais rápido possível antes que o Didô entra aqui em casa. Quando estava abrindo a porta meu pai saiu da cozinha me encarando.

-''A onde você vai? Já está tarde para ir à rua. '' Disse sério

-''Eu vou... Aqui na frente de casa... Didô veio aqui pra conversar comigo... Não se preocupa vou e volto rapidinho. '' Digo prestando atenção em seu semblante que não estava muito bom. Ele estava bastante sério.

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