Oi pessoal, desculpa pela demora. Eu ando um tanto atarefada. Eu ia postar esse cap. ontem, mas, estava passando muito mal. Espero que gostem do novo cap. Se puderem compartilhar com seus amigos e votar no capítulo de hoje, eu agradeceria muito. Obrigada desde já. <3
P.S; Se tiver algum erro ortográfico, ignorem. :)
Caminhei até ele e percebi que seus olhos estavam vermelhos e marejados.
-''Didô... Dê-me isso, por favor. '' Falei referindo a sua arma que estava em seus punhos.
Ele não parava de olhar para mim. –''Didô, por favor. '' Peguei em sua mão tentando soltar a arma dele. Ele acabou cedendo e me deu. Coloquei sua arma em cima da mesa de centro.
-''o que você está fazendo aqui?'' O indagou. Não conseguia decifrar sua expressão. Parecia sério e bastante frio, mas, havia algo mais.
-''Eu não sei, nem devia estar aqui. No entanto, eu estou. '' Digo sincera olhando em seus olhos. Ele virou de costas para mim e bebeu o resto do uísque que sobrou da garrafa.
-''Veio pra brigar? Porque se for, é melhor vazar daqui. '' Disse em um tom grosseiro.
Eu não sabia oque fazer. Acabei fazendo algo que eu nunca pensei em fazer desde quando Didô tentou me agarrar à força. Eu simplesmente abracei-o e lembrei-me de quando eu tinha 14 anos e eu e Didô ainda éramos namorados.
Quatro anos atrás.
Eu e Didô tínhamos um lugar na favela que era só nosso, chamávamos de nosso ''cantinho''. Era no alto do morro e de lá dava para ver além da favela. Víamos o mar, as casas e apartamentos das pessoas ricas e dava para ver a favela por completo. Estávamos sentados na grama vendo o pôr do sol. Nem eu e nem Didô falamos nada, até que ele quebrou o silêncio.
-''Bonito né?'' Disse se referindo ao pôr do sol. Dou-lhe um sorriso e dou uma olhada de canto e vejo que ele esta olhando para mim. Meu coração acelerou. Eu gostava muito do Didô. Ele se aproximou de mim e colocou seu braço ao redor de meus ombros. Eu adorava isso. Virei meu rosto para perto do dele e depositei um beijinho em sua bochecha. Apoio minha cabeça em seu ombro e ele puxam-me para mais perto, me abraçando mais forte e beijando o topo da minha cabeça. Amo sentir o seu perfume, era tão bom. Gostava de ficar em seus braços. Ele me passava confiança e dizia me amar muito. Era um sonho estar em seus braços.
Agora.
Didô ficou surpreso com o meu abraço, mas, deixou que eu o abraçasse. Virou de frente para mim e me abraçou também. Era um abraço puro, sem segundas intenções. Ficamos abraçados por alguns longos minutos. Depois olhei para o seu semblante e pode ver que já estava mais sereno.
-''Você tem que descansar. Bebeu demais. '' Digo gesticulando com as mãos para ele sentar no sofá. Ele senta, apoiando sua cabeça no sofá e colocando seu braço em cima da cabeça e mordendo os lábios. Meu Deus ele continua lindo, pra falar a verdade sempre foi. Balanço a cabeça em negativa. Não posso pensar em Didô desse jeito. Meu coração é do Gustavo.
-''Oque foi?'' pergunta ele olhando para mim preocupado.
-''Nada, vou fazer um café para você. Você precisa beber algo forte para melhorar. '' Digo e ele acena a cabeça. Vou para cozinha preparar o café levando comigo a arma e escondendo-a
Didô
Ao ver a Analua adentrar a sala eu não acreditei que fosse ela. Nunca imaginei que ela viesse aqui sem que eu implorasse ou a raptassem, apesar de que eu nunca a raptaria. Já fiz coisas ruins demais com ela e não quero pisar mais na bola com ela. Vou tentar ser melhor para ela. Eu estava tomando o café que ela havia preparado para mim. Nossa isso esta horrível. Tento engolir aquele liquido que mais parecia água de esgoto. Santa mãe de Deus.
-''Gostou?'' Ela pergunta sorrindo. Porra eu amo esse sorriso, é o mais lindo do mundo.
-''Muito bom. Delicioso. '' Minto, pois quero que ela acredite que fez algo muito bom.
-''Eu sei que não esta, mentiroso '' Ela ri e abre um sorriso lindo. Eu rio junto com ela e coloco a xicara de café na mesa de centro.
Encaro-a e percebo que ela continua a mesma menina que eu conheci há quatro anos. Minha menina-mulher.
-''Que foi?'' Pergunta ela com a sobrancelha arqueada. Adoro quando ela faz essa expressão.
-''Nada. '' Respondo
-''Estou de olho em você, viu?'' Ela joga a almofada na minha direção e eu agarro.
-''Você não devia ter feito isso, mocinha. '' Faço uma expressão vingativa e pego uma almofada e jogo nela e ela revida.
Ficamos brincando de guerra de almofadas. Eu estava em pé em um sofá e ela no outro.
-''Chega, chega... Eu desisto você venceu Analua. '' Digo e ela dá um sorriso largo que fez meu coração ir a mil. Ela tinha um efeito sobre mim que era inexplicável. Ela pode até me pedir para desistir dela, mas, eu nunca irei desistir de ter de volta esse sorriso em minha vida de novo.
Analua
A guerrinha de almofadas foi muito boa. Ficar perto do Didô sem brigar foi a melhor coisa que me aconteceu hoje, pode sentir e presenciar de verdade o Didô que eu conheci há quatro anos. Sai de cima do sofá e ele fez o mesmo. Ficamos frente a frente. Olhei para seus olhos cor de mel claro, Deus, como eram lindos seus olhos.
-''Tenho que ir agora Didô... '' Digo ainda o encarando. Ele olha para baixo e depois volta a me olhar. Sei que ficou triste.
-''Obrigada por ter vindo. Foi divertido e bom ter você perto de mim... De novo. '' Ele diz. Pensei que ele fosse pedir para eu ficar e começarmos uma briga depois de termos ficado numa boa, mas, ele me surpreendeu. Ele disse tão calmo que eu fiquei admirada.
-''Me promete uma coisa?'' Digo olhando em seus olhos que me fitava sem desviar o olhar.
-''Sim, eu prometo qualquer coisa para você. '' Ele fala e eu sorrio e olho para baixo. Volto a olhar para ele.
-''Nunca tente fazer uma loucura... Eu não quero perder você, ouviu bem? Senão vou te dar uma voadora que você irá parar em outro planeta, entendeu bem mocinho? '' Digo e ele ri da minha ameaça.
-''Sim, senhora '' Diz em tom brincalhão, imitando um soldado me fazendo cair na gargalhada.
Ficamos parados um em frente a outro, sem dizer mais nada. Ele por fim me beijou, na bochecha. Fiquei feliz por ele não ter tentado nada, há não ser um beijo na bochecha. Eu abracei-o e devolvi o beijo na bochecha e eu fiquei olhando para sua boca. Aquela boca carnuda e perfeita. Acho que ele percebeu e passou a língua pelos lábios e em seguida mordeu-o. Afastei-me de seu corpo e ele me levou até a porta
-''Volte sempre minha princesa. '' Ele disse com um sorrisinho de canto. Ai senhor, como resistir a isso. Devolvi o sorriso e fui para casa. O Didô até insistiu em me levar para casa, mas, me recusei, pois, se meu pai sabe que eu estive na casa dele e que ele me levou de volta para nossa casa é capaz de ele me deixar de castigo para sempre.
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PÔR DO SOL
RomanceAnalua uma jovem dedicada, amorosa, inteligente e bonita. Estuda em uma escola no bairro nobre do rio, pois se esforçou para entrar, é moradora do morro do macaco, aonde é comandada por Didô, traficante da área, o mesmo tem uma paixão descontrolada...