segunda parte do capítulo 7

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Gargalhei alto com aquela cena. -''Amiga, ele não esta afim de mim coisa nenhuma. Só quis se desculpar... Nada demais'' Falei sem jeito. Até parece que o Gustavo estaria afim de mim. Minha amiga diz isso porque não o conhece. Eu não faço o tipo dele.

-''Lógico que tá, só você que não ver isso. '' Disse ela com um sorrisinho no rosto.

-''Ta, chega de falar nisso. Você não sabe da pior..''

-''Oque''? Perguntou assustada.

-''Hoje quando estava esperando o ônibus para vim pra casa, recebo uma mensagem do Didô. Sério, esse homem não larga do meu pé. Ontem mesmo ele me beijou a força. '' Revirei os olhos e peguei meu celular e mostrei a ela. Ela leu a mensagem e fez cara de espanto.

-''Nossa amiga.. Didô é louco por você ainda. Eu pensei que ele já tinha desencanado de você há anos. Faz tempo que vocês ficaram pela ultima vez..'' Disse ela com aparência um pouco preocupada.

-''Nem me lembra disso. Se eu pudesse voltar no tempo, não teria ficado com ele. '' Eu fiquei com o Didô quando tinha 14 anos, era bem nova e ele vivia dando em cima de mim. Eu não frequento baile funk, mas antes, eu e Camile íamos umas vezes só pra descontrair. A gente ia pra dançar e se divertir. E a última vez que fui ao baile funk, o Didô insistiu tanto que acabei cedendo. Não vou dizer que o beijo foi ruim, porque não foi mesmo. Ele beija bem, mas ele não queria só beijo. Ele sempre queria sexo comigo e eu não estava preparada. Ficamos praticamente uma semana juntos, mesmo meu Pai não aceitando, mas eu dizia para ele não se preocupar porque eu não seria influenciada pelo Didô.

Antes

-''coe Analua, larga de ser careta, todo mundo transa é normal porra'' Eu estava na casa do didô, sentada na cama com os pés no chão e ele estava sentado atrás de mim, me olhando e tentando fazer eu mudar de ideia. Ele estava sem camisa e sem a bermuda, só estava apenas de cueca e dava pra ver sua ereção sobre a cueca. Ele tinha preparado tudo. O quarto dele tinha algumas flores e no chão, pétalas de rosas, e tinha até champagne e duas taças de vidro ao lado. Eu estava apenas de sutiã e calcinha. Levantei-me e peguei o meu short. Não queria transar, mesmo que tudo estivesse perfeito, aliás, tudo estava do jeito que eu imaginei. Ele fez tudo isso pra mim... Só pra mim. Só não estava pronta pra isso e não iria fazer isso. -''Desculpa Didô, eu não posso... '' Peguei a blusa que estava no chão, pôde ver em sua face que ele estava nervoso. Ele veio até mim, me puxou pela cintura e me beijou, retribui o beijo com toda intensidade possível. Eu não queria magoa-lo. Queria que ele entendesse essa situação. -''Eu te amo porra, tu mexe comigo pra caralho. Ninguém nunca sequer me deixou tão apaixonado assim como você me fez ficar. Fiz isso tudo por você e tu sabes que eu não faço isso..'' Ele gesticulou com a mão pelo quarto. -''Pra eu foder alguém basta ligar ou chamar a pessoa.. Só que fiz tudo pra você, porque tu é especial pra mim...'' Ele disse olhando em meus olhos e sabia que ele estava sendo sincero. Mas não poderia fazer sexo com ele... Já estava decidida e ele teria que respeitar minha decisão.

-''Não dá, por favor, tenta me entender..'' Falei olhando em seus olhos, ele me soltou e jogou as taças e a champagne no chão, oque fez muito barulho. Fiquei assustada e tive medo da sua reação. Por um lado eu até entendo, mas ele devia entender e ter paciência.

-''Por favor, para. Você está me assustando'' Tentei acalma-lo e foi em vão

-''Eu não sou bom o suficiente para você transar comigo, Caralho?'' Disse gritando

-''Chega, se você não entende minhas razões então é melhor a gente nem insistir nisso. Você só pensa em sexo.. Sempre fica me cobrando. Quer saber? ... Deixa pra lá, eu vou indo... '' Estava caminhando em direção à porta e ele me prensou contra a parede por trás. Nossos corpos estavam colados um no outro e eu senti sua respiração ofegante. Ele cheirou meu cabelo e falou bem baixinho perto do meu ouvido, -''Eu não quero só sexo, Analua.. Eu quero que você seja minha por completo. Eu não irei desistir de você, eu amo você Analua.. Porra.. '' Ele puxou minha cintura pra mais perto do seu corpo e sua ereção estava roçando a minha bunda.

-''Chega Didô.. Deixa-me ir. '' Tentei puxar a maçaneta, mas ele segurou a porta e me virou de frente para ele. Encostei a mão em seu peito e tentei empurra-lo, mas ele nem do lugar saía. Ele é lindo, tem os olhos castanhos claros e seu corpo é bem definido e ele tem tatuagem pelos braços, no peitoral, nas mãos. -''Por fav...'' Ele nem deixou eu terminar e selou nossos lábios com um beijo quente e feroz. Ele pôs a mão na minha cintura, me puxando com força. Ele mordeu de leve meus lábios e sugou minha boca com força. Estava ficando sem ar e ele parou de beijar e foi direto para o meu pescoço beijando-lhe, e mordendo e chupando o lóbulo da orelha. Ele parou e me abraçou. Ouvi-o fungar o nariz e ele parecia estar chorando... MEU DEUS, Didô estava chorando.

-''Didô?... Você esta.. Chorando?'' falei sem jeito. Eu não acredito que ele estava chorando. Tentei ver o seu rosto, mas ele não desgrudou do meu pescoço. Quando por fim ele me soltou, e virou de costas pra mim, andando em direção à janela. -''Pode ir embora, porra. Já que você não quer, então mete o pé. '' Ele me tratou friamente, mas sei que ele só disse isso, porque estava magoado. Fui embora e nunca mais eu e Didô tivemos algo, apesar de que depois de uma semana ele ficou insistindo pra dar mais uma chance. Eu não sentia amor por ele, eu gostava dele sim, mas não era amor. Eu sabia disso. Eu não guardava nenhum sentimento ruim dele, até que ele tentou me agarrar à força no beco e tentou... Estuprar-me... Ele queria transar comigo de qualquer jeito. Ele estava cheirando a bebida e aposto que ele havia usado droga, mas mesmo assim isso não justifica o que ele tentou fazer comigo.

Agora

Pensar naquilo me fazia arrepiar. Não gosto de lembrar-se daquele dia e tentei desviar de assunto com a Camile. Ficamos um tempo conversando e depois à gente se despediu. -''Mais tarde vou à sua casa, viu amore?'' disse Camile me beijando no rosto e me abraçando.

-''Ta bom minha gata. '' Disse abraçando forte. -''Tchau tia Dricaaa.'' Gritei, pois ela estava lá em cima no terraço. E ela me respondeu acenando pra mim lá de cima.

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